A ausência de filhos no casamento e a desculpa da falta de recursos

A verdade é que uma quantidade muito maior do que se pensa de casais podem constituir famílias numerosas, sem a desculpa da falta de recursos.

Em outros períodos, vivia-se com muito menos, as privações e dificuldades eram maiores, e as famílias criavam e viam crescer inúmeros filhos. As comodidades, os progressos técnicos e materiais deveriam ter no mínimo colaborado para manter um padrão numeroso de famílias; mas, a despeito, inúmeros casais procuram ter apenas um ou dois filhos, no máximo. Se o problema é a situação financeira, como explicar esse fato?

É óbvio que, dentre outras coisas, os casais estão se deixando levar por preocupações burguesas e ideais de uma sociedade consumista, de poder dar a cada um dos filhos um padrão de vida repleto de coisas supérfluas, de luxos, de bens prescindíveis, de fraldinhas Pampers, de Danoninho, brinquedos legais, colégios privados, várias roupas e calçados para cada criança, plano de saúde, dentista, festinhas de aniversário, viagem nas férias, faculdade… As crianças passaram toda a história sem essas coisas, e muitas famílias e indivíduos sobreviveram, foram formados na virtude e na fé, conseguiram superar ou lidar com as mais espinhosas privações, puderam ser felizes e ainda colaboraram para povoar o céu de almas e a concretizar o projeto de Deus, sendo o caráter numeroso das famílias um fator preponderante para a felicidade das mesmas, tanto na terra como no céu.

(Equipe Catolicismo Romano)