A Culpa é da Escada – Por Padre Jerome Brown
Muitas mulheres que sofrem violência doméstica, por mil razões, acobertam seus algozes com várias desculpas. Certa vez, uma policial me falou que finalmente pôde ajudar uma senhora que umas duas vezes por semana “caía da escada”, embora morasse numa casa de apenas um andar… Enquanto lia os comunicados oficiais que o Opus Dei e seu Prelado escreveram sobre o último Motu Proprio de Francisco, como sempre com um lindo nome — Ad Charisma tuendum — e um efeito devastador, sentia-me como alguém vendo uma mulher de braço quebrado e olho roxo, que com um sorriso envergonhado dizia ter caído da escada e que seu marido é muito bom para com ela. Pois bem, a perpétua memória da Ut sit de João Paulo II durou pouco. Aliás, parece que todas as “perpétuas memórias” encontram um ponto final em Francisco. Não há nada que ele não queira mudar. Até mesmo à memória do “lava pés” Bergoglio quis dar seu ar pessoal introduzindo também mulheres. Se até algo instituído por Cristo pode ser “aperfeiçoado” por Bergoglio, quanto mais o que foi feito pelos Vigários de Cristo dos quais Bergoglio parece ser o supremo moderador, reformador, inventor. O que acontece com a “Obra” é apenas um canapé do que espera os institutos tradicionais que buscam a todo o custo os “green cards” eclesiásticos.
Resta saber se eles dirão que caíram da escada.