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A divisão da Igreja, a pressa gay e a desorientação entre os fiéis

Paramentos Litúrgicos

A divisão já está estabelecida. Não se trata de uma eventualidade futura, mas de um desastre consumado, cujas consequências precisam ser minoradas, pressupondo que isso seja de algum modo possível.

A divulgação do trecho censurado da entrevista de Francisco em que ele faz a desastrosa declaração de que se deve aprovar uma lei de união civil para duplas de homossexuais já produziu confusão entre os fiéis e causou uma ferida de difícil cicatrização: em outras palavras, contrariando o senso comum, a lei moral natural e a doutrina da Igreja, ele simplesmente sustenta que o reconhecimento (união, convivência, ou qualquer outro  nome que quisesse dar) das uniões gays é de direito natural.

Os fiéis responderam de modo enfático em sua rejeição a este ensino flagrantemente oposto a tudo aquilo que a razão e a fé sempre sustentaram em profunda harmonia. O ensino da Igreja é claro: o respeito aos homossexuais não deve jamais pressupor nem uma aprovação às suas condutas ilícitas nem tampouco danificar o bem comum da sociedade, fundada sobre a família natural.

A reação dos fiéis, porém, provocou uma nova reação ainda mais violenta por parte da hierarquia: a culpabilização das críticas feitas contra as declarações polêmicas do Papa Francisco. Mas…, se o que ele quis causar não foi polêmica, o que foi, então?

Na Rede Vida de Televisão, “O canal da família”, como eles usam se autointitular, o Padre Juarez de Castro, com aquela sua conversinha de comadre, permitiu que se fizesse uma aberta apologia das uniões civis para ajuntamentos homossexuais, chegando a entrevistar um senhor, gay declarado, com o qual o padre manteve um diálogo muito bem entabulado, e que se lamentava de que no Brasil a união civil de homossexuais ainda é só uma resolução judicial, não uma lei do Estado (embora ele mesmo tenha declarado que o número de “enlaces” celebrados por juízes-de-paz tenham chegado a 127 mil). E tudo com grandes elogios e anuências do Padre!

Eles não perdem tempo! Há uma pressa gay instalada e em aceleração. Enquanto o povo fica atônito, perdido, desorientado, sem entender como se pode chegar a tamanho absurdo.

Os papólatras atacam o povo, dizem que Francisco apenas declarou uma obviedade… Óbvio aqui é este fingimento cínico! Como é que um papa se permite dizer o oposto daquilo que sempre ensinou a sua Igreja, censurar a sua própria fala e, depois, divulgar a própria fala censurada num documentário laico? Óbvio aqui é que não é assim que se faz Magistério, óbvio aqui é que o papa não é um pároco rural que pode dizer qualquer coisa, óbvio aqui é que a sua fala tem consequências na vida de milhões de pessoas. O próprio fato de eles terem de dizer que isso “é óbvio” já desmente a alegada obviedade.

Mas também é óbvio que a defesa apaixonada de Bergoglio, este fervor papal que se nota em alguns eclesiásticos, não passa de entusiasmo por uma causa nada desinteressada: o fenômeno da homossexualidade no clero deixou de ser assunto de bastidores há muito tempo. Por isso, os fiéis agora vão ter que suportar mais essa: a defesa desta abominação nos púlpitos de suas Igrejas, dada a impetuosidade, a labareda, a excitação com que a causa gay reverbera no ânimo de alguns de seus pastores!

Enquanto isso, os homossexuais já lançaram aqui no Brasil o primeiro “quadrisal gay”, ou seja, um quarteto de homens que se amalgamam sexualmente. É isso: se dois homens podem se associar numa união análoga ao matrimônio, ainda que não idêntica, a instituição matrimonial em si está dessignificada, pois já não tem mais nenhum fundamento objetivo e natural, não está mais fundamentada na conjunção dos sexos e se esvaziou num mero arranjo, passível de toda e qualquer configuração. Daí é quadrisal, qüinqüísal, cinquentisal ou qualquer outra orgia que a mente humana inventar…

O argumento vale pra tudo! Qualquer união merece o respaldo da lei visto que o fundamento não é mais a realidade, mas aquilo que o próprio Francisco já denunciou como “bonismo”, ou seja, a ideologia do bem.

(Por Fratres in Unum)

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