Afinal, qual é a verdadeira caridade de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco?
Sem dúvida alguma, Papa Francisco, jesuíta, faz um trabalho de caridade relevante voltado ao assistencialismo, porém, a essência de sua caridade está ao amor à Cristo, no seguimento de seus preceitos e na evangelização. Na sua primeira homilia, Francisco alertou para a Igreja não correr o risco de se converter em uma "Ong Piedosa". (por sinal muito bem colocado).
A verdadeira caridade é primeiramente "amar a Deus sobre todas as coisas" para amar ao homem, exercendo consequentemente a caridade, através da palavra e de possíveis "bens materiais". A dita caridade apenas destinada a ajuda material, não é a caridade católica, e sim, a filantropia, que nada mais é, do que a ajuda do homem para o homem.
O voluntariado é reconhecido universalmente como um elemento da cultura moderna, mas sua origem está na preocupação cristã de salvaguardar, sem discriminação, a dignidade da pessoa humana criada à imagem de Deus.
Se esta raiz espiritual é negada ou obscurecida por critérios puramente utilitários, pode colocar em risco o voluntariado católico, em detrimento de toda a sociedade.
A imprensa atual ressalta no atual Papa Francisco sua preocupação com a "justiça social". Expressão dúbia tão frequentemente para justificar a luta de classes. Melhor será se o Papa for conhecido por sua caridade.
Em tempos de crise religiosa e eclesiástica – principalmente quando ela atinge as mais altas autoridades da Igreja – é normal aparecerem duas tentações opostas.
A primeira – e mais grave – é a revolta contra a autoridade do Papa, que pode levar ao cisma e à heresia.
A segunda – mais sutil – é a de, por respeito à autoridade, aceitar em silêncio os erros, ou fechar os olhos para os pecados de escândalo em que a autoridade possa a vir a incorrer.
Esperamos que Francisco não incorra aos erros e tenha a sabedoria de comandar com pulso firme a "barca de Pedro".