Agenda do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude, poderá mudar por possíveis protestos
As manifestações nas ruas do país e, principalmente, do Rio de Janeiro levaram os responsáveis pela segurança da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) a discutir mudanças na agenda do papa Francisco. O pontífice chega ao Rio, no dia 22 de julho. O tema foi debatido em duas reuniões na última semana, na cidade.
O papa Francisco chega ao Rio, no próximo dia 22, para a II Jornada Mundial da Juventude.
Todos temem que o momento possa ser aproveitado por algum grupo para um ato contra o papa. No Rio, os órgãos de inteligência detectaram que grupos radicais e traficantes se infiltrariam entre os manifestantes para criar pânico.
Além da preocupação dos responsáveis em evitar que isso aconteça, o receio ainda maior é que, caso haja algum problema, o papa fique em uma situação de risco. A discussão principal foi se vale a pena manter a agenda diante dos atos ocorridos na Copa das Confederações.
O consenso foi que sim, pelo pouco tempo para qualquer mudança até o dia 22, mas serão necessários ajustes. O principal deles é na visita do papa à favela de Varginha, em Manguinhos, zona norte da cidade. A ideia é reduzir o tempo de permanência de Francisco no local e restringir sua caminhada.
A ida do pontífice ao Theatro Municipal para um encontro com políticos, empresários, artistas e representantes de outras religiões marcada para o sábado, dia 27, também está em discussão. O encontro está previsto para depois de uma missa na catedral metropolitana, a cerca de 650 m do teatro.
O trajeto seria feito de carro, mas os responsáveis pela segurança querem evitar que o papa faça percursos desse tipo. As Forças Armadas informaram que o planejado está mantido, mas, segundo o coronel Alberto Corrêa, da 1ª Divisão do Exército, serão feitos "pequenos ajustes".
Um desses ajustes é a designação de um general para cuidar do palco onde ficará o Papa, em Guaratiba, na zona oeste do Rio. No palco, o Papa ficará isolado. Nessa área restrita, militares de terno acompanharão o pontífice em tempo integral.