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América Latina: rumo ao compromisso cidadão dos leigos

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TUPARENDA, sexta-feira, 6 de maio de 2011.  Os participantes do seminário "Papel do leigo nos processos de participação cidadã e democracia na América Latina e no Caribe", organizado pelo Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) e pela Fundação Konrad Adenauer, reunidos Tuparenda (Paraguai), enviaram uma mensagem aos fiéis leigos e a todo o povo do continente americano, na qual os convidam a assumir um compromisso ativo como cristãos na vida política e social.

 

Bispos, leigos, sacerdotes e religiosos se reuniram em 27 e 28 de abril, convocados pelo Departamento de Justiça e Solidariedade do CELAM, em sua seção "Leigos Construtores da Sociedade", informa a ZENIT  o Pe. Enrique Quiroga, do citado organismo.

 

Os participantes constataram uma maior "participação da juventude na consolidação da democracia a partir da perspectiva dos direitos humanos", bem como o "aumento da participação das mulheres e dos jovens impulsionando a economia popular, as PME, o sector privado" e a existência de experiências de economia social e solidária, "na perspectiva de forjar um desenvolvimento inclusivo que, ao longo do tempo, vá abrindo caminho e recebendo reconhecimento".

 

No entanto, observam situações que interpelam e desafiam, como "o uso da política como instrumento de dominação e poder a partir de visões e interesses; a corrupção e a desconfiança nas instituições democráticas; uma forte polarização política e sistemas exclusivos de participação; o desconhecimento dos direitos humanos por parte de setores importantes da cidadania e das autoridades; a impunidade e utilização da lei para negar o legítimo e esconder a justiça; os messianismos políticos, que enfatizam o centralismo e o assistencialismo, empregando a desqualificação e exclusão do pensamento diferente para impor-se".

 

Iluminados pela Palavra de Deus e pela Doutrina Social da Igreja, os participantes consideram "necessário e essencial humanizar a política e restabelecer o seu sentido original".

 

Assim, comprometem-se e convidam outras pessoas, entre outras propostas, a "criar espaços e cenários possíveis de discernimento evangélico dos sinais dos tempos, a fim de promover o desenvolvimento de uma verdadeira cultura democrática e a participação com consciência, atitude profética, senso ético e aberta à pluralidade".

 

"Projetar criativamente espaços e métodos de formação integral dos Leigos Construtores da Sociedade, favoráveis ao desenvolvimento da sua missão no mundo", bem como "promover o diálogo fecundo no mundo intercultural e secular, com abertura para buscar consensos na fidelidade ao Evangelho".

 

"Atuar nos novos espaços (areópagos), inclusive em meios totalmente públicos não-confessionais, encarnando a Palavra de Deus e a Doutrina Social da Igreja como vozes proféticas de anúncio, denúncia e proposta de novos estilos de vida, em consonância com o projeto do Reino de Deus."

 

E, finalmente, "promover a participação dos leigos em associações civis e democráticas, bem como em espaços de diálogo e acordo, convidando os políticos que têm papéis na administração pública, para promover a democracia honesta e verdadeira, representativa e participativa, que se oriente ao bem comum, à garantia dos direitos humanos e ao desenvolvimento humano integral e solidário".  (Zenit)

 

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