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AMOR E ÓDIO – O QUE É A REPREENSÃO JUSTA

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Palavras de São João Crisóstomo:

“(…) paciência sem razoabilidade é incubadora de muitos vícios; encoraja a negligência e incita não somente o mal, mas até o bom a cometer erros. Ira quando tem uma causa não é ira, mas julgamento.

(…) A paixão da ira como todos os outros movimentos dos sentidos é útil, como sendo condutora a mais pronta execução dos ditados da razão…”

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Deus manda os homens “odiar o mal” (Salmos 96, 10), “odiar grandemente a abominação” (Eclo. 17, 23) e “odiar a maldade” (Provérbios 8, 7).

"O homem que adula seu próximo estende redes aos seus pés." (Pr. 29, 5)

“O coração dos sábios está na casa do luto, o coração dos insensatos na casa da alegria. É melhor ouvir a reprimenda de um sábio que a canção de um tolo, porque qual o crepitar dos espinhos na caldeira, tal é o riso do insensato. E isso é ainda vaidade” (Ecl. 7, 4-6).

“Uma repreensão causa mais efeito num homem prudente do que cem golpes num tolo.” (Pr. 17, 10). "Homens livres serão os súditos de um escravo sensato. Repreendido, o homem prudente e bem educado não murmura, e o ignorante não será honrado." (Eclo 10, 28) "Aquele que ama a correção ama a ciência, mas o que detesta a reprimenda é um insensato" (Pr. 12, 1) "O que rejeita a correção faz pouco caso de sua vida; quem ouve a repreensão adquire sabedoria." (Pr. 15, 32) "Como é bom que o corrigido manifeste o seu arrependimento! Pois assim se evita um pecado voluntário". (Eclo 20, 4)

"Aquele que odeia a correção segue os passos do pecador, aquele que teme a Deus volta ao seu próprio coração". (Eclo 21, 7) "Aquele que ama a correção ama a ciência, mas o que detesta a reprimenda é um insensato." (Pr. 12, 1) "Um filho sábio ama a disciplina, mas o incorrigível não aceita repreensões". (Pr. 13, 1) "Porquanto todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas." (Jo. 3, 20) "O pecador foge da censura, e encontra precedentes segundo o seu desejo." (Eclo 32, 21).

O Rei Salomão ensina que "tristeza vale mais que riso, porque a tristeza do semblante é boa para o coração." (Ecl. 7, 3)

São João Crisóstomo diz:

“Aquele que está irado sem causa estará em perigo. Mas aquele que está irado com razão, não estará em perigo; pois, sem ira, ensinar será inútil, julgamentos serão instáveis, crime incontrolado. Aquele que não fica irado, quando há razão para isso, peca!

Pois, paciência sem razoabilidade é incubadora de muitos vícios; encoraja a negligência e incita não somente o mal, mas até o bom a cometer erros. Ira quando tem uma causa não é ira, mas julgamento. Pois ira propriamente falando, denota um movimento de paixão; e quando um homem está irado com razão, sua ira não mais brota da paixão; conseguintemente ele é dito julgar, não ficar irado. A paixão da ira como todos os outros movimentos dos sentidos é útil, como sendo condutora à mais pronta execução dos ditados da razão; de outra forma o apetite sensitivo no homem seria sem qualquer propósito, apesar da natureza não fazer nada sem propósito”.

Na justiça e com ira justa, Deus amaldiçoa certos homens. Ele amaldiçoa homens que desobedecem a Seus mandamentos. Falando por Deus, Moisés diz: "Maldição, se não obedecerdes aos mandamentos do Senhor… Maldito o que não conserva as palavras desta lei e não a cumpre! E todo o povo dirá: Amém!" (Dt. 11, 28; 27, 26) E Davi ensina: “malditos os que se apartam de vossos mandamentos.” (Sl. 118, 21).

São Paulo ensina que todos que ensinam outro evangelho são malditos, anatematizados. Ele diz: "Mas, ainda que alguém —- nós ou um anjo baixado do céu — vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema". (Gl. 1, 8).

São Paulo diz: "Os pagãos, que não têm a lei, fazendo naturalmente as coisas que são da lei, embora não tenham a lei, a si mesmos servem de lei; eles mostram que o objeto da lei está gravado nos seus corações, dando-lhes testemunho a sua consciência, bem como os seus raciocínios, com os quais se acusam ou se escusam mutuamente" (Rm. 2, 14-15). Violações da lei sob o coração incluem a adoração dos falsos deuses e prática de falsas religiões. E todos aqueles que apostatam da verdadeira fé e Igreja ou cometem heresia ou cisma também incorrem em maldições automáticas. A lei da Igreja decreta que “todos os apóstatas da fé cristã, e todos os hereges e cismáticos: estão automaticamente (ipso facto) excomungados…” (Cânon 2314, § 1 do Código de Direito Canônico de 1917).

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