Após ver Papa Francisco, líder sunita pede luta contra extremismo
Após a histórica reunião com o papa Francisco nesta última segunda-feira (24), o imã Ahmed al-Tayeb, da mesquita al-Azhar, pediu o fim do "banho de sangue" provocado por grupos de extremistas e cobrou que a comunidade internacional "assuma as próprias responsabilidades" sobre o problema.
Pedindo a união dos líderes políticos mundiais e também das mais variadas religiões, o líder sunita fez um apelo para que todos "se empenhem em opor-se ao terrorismo" sobretudo nos enfrentamentos "contra os mais fracos, contra as mulheres e as crianças".
"Quero expressar mais uma vez os meus agradecimentos, de apreço e de esperança que levarei comigo ao trabalhar juntos, muçulmanos e cristãos, al-Azhar e Vaticano, para elevar o ser humano onde quer que esteja, antes de sua religião e de seu credo, e salvá-lo das guerras destrutivas, da pobreza, da ignorância e das doenças", disse al-Tayeb sobre o encontro com o líder católico.
Ao falar sobre o rompimento das relações com o Vaticano, ocorrida em 2006 após um discurso de Bento XVI afirmar que a violência era ligada ao Islã, o líder sunita comentou sobre a retomada das conversas entre as duas das maiores religiões do mundo.
"Al-Azhar tinha um diálogo, ou melhor, uma comissão de diálogo inter-religioso que havia sido suspensa após circunstâncias momentâneas. Mas, agora, essas circunstâncias não existem mais.
Nós retomamos o caminho do diálogo e desejamos que seja melhor do que antes", ressaltou o religioso.(Ansa)