ATO DE CONFIANÇA
Ó minha doce Mãe, eu não queria
Ter essa triste e morna covardia,
Ter essa torpe falta de coragem
Que enlaça e mata aqueles que não agem.
Eu não queria amar Nosso Senhor
Com um mesquinho, tíbio e fraco amor,
Com um amor que só dá por medida,
Que pesa o dom e poupa a própria vida,
Mas com amor ardente e valoroso,
Constante, forte, puro e generoso,
Que, solitário, assim me enchesse a alma
De paz fremente, santa, sábia e calma.
Mas Vós sabeis, ó Mãe doce e clemente,
Quão miserável, quão estultamente,
Em minha alma abri largas feridas
E como foram rotas e perdidas
As graças – tantas – dadas por piedade
E quantas vezes foi minha maldade
Capaz de ser mais forte e poderosa
Que o bem que Vós me dáveis, Mãe bondosa,
E como tanto mal acumulado,
Tanta fraqueza vil, tanto pecado,
Não vence a vossa graça sem violência,
Nem vence sem lutar vossa clemência.
Mas Vós, Senhora, sois e Virgem Pura,
Que faz filhos de Deus da pedra dura
E eu espero – firme e confiante –
Em vossa onipotência suplicante.
Pois, se esmagastes já o vil dragão,
Com vossa imaculada conceição
E o mundo, tão falaz e movediço –
O tende sob os pés preso e submisso,
De mim bem fácil Vós tereis vitória,
Que essa derrota só tenho por glória.
Eis todo o meu alento e confiança,
Sois vós, ó minha Mãe, minha esperança.
M.I.P.M.Fedeli
M. I. P. M. Fedeli – "Ato de Confiança"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=oracoes&subsecao=oracoes&artigo=ato_confiança&lang=bra
Online, 20/01/2010 às 21:14h