Banco do Vaticano publica comunicado: “transparência e progressos”
O Instituto para as Obras de Religião (IOR) publicou em seu site, comunicado que informa os passos que têm sido dados no processo de reforma acompanhado pela Comissão de inquérito nomeada pelo Papa Francisco.
“Até o final de 2013, o IOR examinou aproximadamente 55% dos clientes, cerca de 10 mil, e entrou em contato com todas as pessoas cujos dados estavam incompletos”, diz a nota.
“Trabalhamos muito duro para melhorar o cumprimento, a transparência e os processos internos da Instituição e embora ainda haja muito a ser feito em termos de implementação, não há dúvida de que estamos nos movendo na direção certa e conseguimos cumprir progressos significativos”, afirma o Presidente, Ernst von Freyberg.
Durante 2013, o IOR ofereceu a todo o pessoal um plano obrigatório de formação geral e especializada no campo da luta contra a lavagem de dinheiro, com a finalidade de manter um nível adequado de formação e preparação do pessoal.
Nos últimos meses, o IOR começou uma obra sistemática de otimização da gestão do risco financeiro. Entre as intervenções estão a quantificação da adequação patrimonial, a definição de um novo procedimento para monitorar os limites financeiros e a implementação de indicadores para medir o risco de mercado.
Em 1º de outubro de 2013, o IOR publicou pela primeira vez em seu site www.ior.va um informe anual que oferece à Igreja, aos clientes, bancos e à opinião pública informações sobre os fatos públicos no Instituto, seus serviços, princípios de ação e governo.
O “Banco” administra aproximadamente 18.900 contas. As ordens religiosas representam metade dos clientes, seguidas pelos funcionários da Santa Sé e das nunciaturas (15%); cardeais, bispos e clero (13%); dioceses (9%). Entre 2011 e 2012, foram fechadas mais de 2.000 contas “inativas”.
O Instituto para as Obras de Religião foi fundado em 1942 por decreto papal e o seu objetivo é “servir a Santa Sé e a Igreja Católica em todo o mundo”, destaca o Vaticano.
Em junho de 2013, Papa Francisco criou a Comissão de inquérito para o IOR, que deve coletar informações precisas sobre a situação jurídica e as várias atividades do Instituto.