BEATIFICAÇÃO E CANONIZAÇÃO: DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS
A história do Convento do Beato remonta ao século XV, quando a Rainha D. Isabel obtém autorização para construir na ermida de S. Bento um hospício para a congregação dos ‘frades azuis’ ou ‘loios’. Antes de poder cumprir o seu desejo, em 1455, a Rainha D. Isabel morre, deixando em testamento 8.000 coroas de ouro para edificar o hospício.No século XVI, Frei António da Conceição incentiva a construção do Convento. Reza a história que com apenas 7 tostões que recebera de esmolas, conseguiu dar início à construção do esplendoroso Convento. Esta obra milagrosa veio aumentar a sua fama e em 1602 o povo eleva-o a santo (tendo sido reconhecido como tal pela Igreja apenas no séc. XVIII), passando a tratá-lo por Beato António e a sua magnífica obra como Convento do Beato. Cedo toda a freguesia onde fora edificado o Convento, passa a ser conhecida como freguesia do Beato.
Os materiais usados na construção do Convento do Beato, predominantemente mármores brancos com laivos de jaspes vermelhos de origem nacional, conferem-lhe não só características únicas como também uma forte resistência, como se comprovou aquando do terramoto de 1755. Nessa altura, o Convento do Beato foi abrigo dos frades do Convento dos Lóios que consigo trouxeram várias relíquias de valor inestimável que resgataram dos escombros e das chamas.No final do séc. XVIII, uma das alas do Convento passa a ser utilizada como Hospital Real Militar e em 1834 o negociante João de Brito compra parte das edificações entretanto parcialmente destruídas por um incêndio de grandes dimensões.Assim se deu início à utilização do Convento para fins industriais, instalando-se uma moderna unidade fabril onde funcionou pela primeira vez em Portugal uma máquina a vapor. 15 anos mais tarde, em 1849, a Rainha D. Maria II concede autorização para a utilização da marca “Nacional” nos produtos daquela empresa, como reconhecimento ao industrial João de Brito.Reconhecido ao longo dos anos pela sua magnífica construção, o Convento do Beato foi em 1984 classificado pelo IPPAR como Património de Interesse Público, tendo sido utilizado para a realização de vários eventos de cariz cultural.Em 1999, o Grupo Cerealis, vocacionado para a transformação de cereais, com produção de massas alimentícias, farinhas, cereais para pequeno-almoço e bolachas, adquire a “Nacional“. Ciente do valor inestimável que o Convento do Beato tem, tanto para a cidade de Lisboa, como para o país, imprime uma gestão mais dinâmica a este espaço, com projectos e obras de beneficiação que proporcionaram uma maior notoriedade nacional e internacional a este espaço para a realização de eventos.
A beatificação é quando o Papa declara alguém Beato (ou Bem-aventurado), a canonização é quando o Papa declara que um beato é Santo, com aconteceu com Santa Paulina (de Beata Paulina passou a ser chamada Santa Paulina; o mesmo deverá acontecer um dia com os outros nossos beatos).