Bíblia condena claramente o “espiritismo”
O chamado espiritismo é a doutrina supostamente psicografada pelo médium Allan Kardec, por decisão consensual dos espíritos superiores, na forma de uma nova revelação à humanidade; seus princípios encontram-se reunidos nas obras: O Livro dos Espíritos publicada em 1857, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.
Cabe registrar a existência de correntes espíritas que não partilham as idéias de Allan Kardec. Portanto, o kardecismo não é sinônimo de espiritismo na sua expressão completa.
A Bíblia condena a reencarnação, a incorporação de espíritos e a comunicação com os mortos, a chamada necromancia, portanto condena o espiritismo em geral e o kardecismo em particular.
Nada há de novo no espiritismo kardecista, que impeça a sua condenação, seja com base no Antigo Testamento seja no Novo Testamento.
Não tem, rigorosamente, nenhuma importância se a palavra original da bíblia que expressa a condenação à doutrina espírita, foi traduzida para um termo novo, posterior ao tempo bíblico, pois o conceito que a palavra espiritismo encerra, na máxima amplitude da sua acepção, está condenado amplamente no Antigo Testamento.
O que os espíritas querem afirmar é que a doutrina supostamente codificada pelo médium Allan Kardec, após decisão consensual dos espíritos, era algo desconhecido dos homens dos tempos bíblicos, e ,consequentemente, o termo espiritismo não poderia ser empregado em relação ao fenômeno mediúnico do passado, porque até a obra de Kardec, não havia uma decisão consensual dos espíritos sobre o que deveria ser informado aos homens, não desencarnados; e aquilo que aconteceu no passado poderia ser informação falsa transmitida por espíritos enganadores, menos desenvolvidos em termos morais.
Nós, católicos, como não aceitamos a doutrina espírita, consideramos os fenômenos relacionados à mediunidade, como a necromancia e a reencarnação, impossibilidades espirituais estabelecidas por Deus.
Ou, talvez, obra dos demônios, conforme o próprio Kardec alertara!
Não há rigorosamente nada na doutrina de Kardec que a torne compatível com o cristianismo como eles gostam de afirmar, desmerecendo a verdade evangélica, e construindo um outro evangelho, segundo os princípios espíritas, no qual, Cristo não é Deus, no qual, não há céu, nem inferno, nem sacramentos, nem, tampouco, a redenção!
Sobre a divindade de Cristo lemos em João 10,30 : "Eu e o Pai somos um" e também em João 14, 9 e 10 "Então não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim?".
Jesus Cristo afirma ser Deus e não um espírito superior; segundo o kardecismo, os espíritos superiores não mentem, logo, Cristo é, verdadeiramente, Deus encarnado, pois, como Espírito superior, não pode mentir.
Os espíritas alegam que os evangelhos não são documentos verdadeiros sobre o Cristo e sua missão na terra, esta é, para eles, a única via de solução do paradoxo criado; ocorre que, com essa negação, todas as tentativas de encontrar fatos ligados ao espiritismo no NT, também são invalidadas.
Sobre a vida eterna, lemos na Bíblia:
"Mas a todos aqueles que o receberam aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus? (Jo 1,12).
Somos participantes da natureza divina (2 Pe 1,4), diz São Pedro, logo, somos herdeiros do céu."]
"Se somos filhos, também somos herdeiros." (Rom 8,17).
Na Bíblia fica proibido interrogar os mortos, interrogar os espíritos adivinhos, médiuns, simples espíritos e fantasmas sobre a verdade e sobre o futuro.
Citações Bíblicas condenando a comunicação com os mortos e a reencarnação:
"Não se ache entre vós quem purifique seu filho ou sua filha pelo fogo, nem quem consulte adivinhos ou observe sonhos ou agouros, nem quem use malefícios, nem quem seja encantador, nem quem consulte nigromantes, ou adivinhos, ou indague dos mortos a verdade. Porque o Senhor abomina todas estas coisas, e por tais maldades exterminará estes povos à tua entrada" (Dt 18, 9-14).
"Se uma pessoa recorrer aos espíritos, adivinhos, para andar atrás deles, voltarei minha face contra essa pessoa e a exterminarei do meio do meu povo". "Qualquer mulher ou homem que evocar espíritos, será punido de morte" (Lev 20, 6 – 27).
Em Isaias, cap. 8, 19, lemos a queixa de Deus "Acaso não consultará o povo o seu Deus? Há de ir falar com os mortos acerca dos vivos"?
Em Jeremias: "Não vos seduzam os vossos profetas, nem os vossos adivinhos… eu não os enviei" (19, 8,9).
No Levítico (20, 27), Deus ordena a pena de morte de lapidação contra os pitões e adivinhos , também em Isaías 47, 13.
No Deuteronômio (13, 1 a 5) Deus torna-se irado contra os que instituem religiões falsas:
"Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e te der um sinal ou prodígio e suceder tal sinal ou prodígio… não ouvirás as palavras de tal profeta e sonhador, porquanto o Senhor vosso Deus vos prova se amais o Senhor vosso Deus… E aquele profeta sonhador de sonhos morrerá, pois falou rebeldia contra o Senhor vosso Deus."
“Se alguém se dirigir àqueles que evocam os espíritos e aos adivinhos para se prostituir com eles, eu me voltarei contra essa pessoa e a eliminarei do meio de seu povo". Leviticos 20 6,7
Reencarnação:
Sobre a reencarnação lemos : "Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o Juízo" (Heb 9,27).
Somos salvos pelo Sangue do Senhor, pela graça justificadora, e não por sucessivas reencarnações purificadoras.
Jesus disse a São Dimas , o bom ladrão: "Hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23,43). Jesus eliminou nitidamente, nessa expressão, a chance de qualquer reencarnação. Dimas não reencarnaria muitas vezes para ser salvo.
Toda a pregação da Igreja é baseada na esperança da ressurreição.
O Apóstolo afirma : "Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a nossa fé" (1 Cor 15,14).
Por outro lado, se a nossa esperança do Céu é pequena, a nossa vida cristã terrena perde todo o sentido e se esvazia. São Paulo fala sobre isso:
"Se é só para essa vida que temos colocado a nossa esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de lástima? (1 Cor 15,19).
Orar e não mediunidade:
Nós, cristãos, não necessitamos interrogar ninguém sobre a verdade, porque a verdade já nos foi revelada.
Nós não estamos em busca da verdade, já a encontramos em Cristo Jesus e na Sua Igreja, sob a guia do Espírito Santo – o Espírito de Verdade.
O Espírito Santo ilumina, guia, e defende a Sua Igreja; derramando Seus dons sobre os fiéis.
Os dons proféticos, por seu turno, são de todos os batizados, que sabem e por isso anunciam o Reino de Deus, a Sua glória e o Seu poder na terra e no céu.
Quando Deus deseja transmitir alguma revelação particular, essa verdade deve ser comunicada a todos; e, até a Segunda Vinda do Cristo, não há nenhuma nova revelação a ser feita!
As revelações particulares servem para reforçar a mensagem original revelada pelo Cristo, elas nada acrescentam, nem aperfeiçoam o conteúdo da doutrina que constitui o depósito da fé. Destinam-se a mostrar o caminho para vivermos melhor como cristãos.
Tampouco há controle sobre o modo como uma revelação privada se dará – o caso de Lourdes, Fátima e outros.
Os adivinhos fazem revelações de interesse exclusivamente pessoal e de forma regular, sistemática; deixando claro que a soberania sobre o fenômeno não é divina, mas sim, do médium em questão.
O modo cristão de comunicação com os mortos, com as almas santas, é sempre através da oração, na comunhão do Espírito Santo.
No espiritismo, as culpas são pagas em sucessivos processos de encarnação. Não há céu, nem inferno, apenas orbes mais elevadas nas quais habitam os espíritos mais evoluídos. Pagamos penas pretéritas que ignoramos.
Voltam a viver os bons e os maus! Os que sofrem pagam culpas de vidas pretéritas.
Nossas culpas são perdoadas, verdadeiramente, pela misericórdia divina no batismo e no sacramento da confissão para quem volta a pecar.
No espiritismo não há sacramentos, nem redenção, nem juízo, nem o Cristo é o Filho de Deus, apenas um espírito mais evoluído.
Os espíritos são feitos ignorantes por Deus, e, por isso, aprendem e evoluem moralmente, nas sucessivas encarnações.
Além desses aspectos referidos existem outros, que alinho abaixo.
Um indivíduo que tenha encarnado na Índia, e um outro que tenha encarnado na China, muito provavelmente seguirão o bramanismo e o budismo, consequentemente , não conhecerão as leis de Deus , transmitidas a Moisés, e, portanto, não poderão ser julgados por seus atos , pelo Deus cristão.
A rigor, não há, no espiritismo, uma lei geral que possa definir o que é certo e o que é errado para cada um dos contextos religiosos.
Observa-se também a total perda da identidade individual mediante as sucessivas encarnações nas quais podemos ser até filhos dos nossos filhos.
A unidade corpo e alma é insuperável no cristianismo, o corpo não é uma roupa que pode ser substituída por outras infinitas vezes.
O corpo é o templo do Espírito Santo e deve ser reverenciado pelos homens, porque é vontade de Deus.
Se é tão frequente a chamada encarnação, por que as pessoas apresentam tanta dificuldade para lembrar as vidas pretéritas?
O espiritismo na verdade é uma gnose, muito mal elaborada, que tenta restabelecer o princípio da auto-iluminação e da salvação pelo esforço pessoal sem a intervenção da graça justificadora.
Além disso, o livre-arbítrio é totalmente desrespeitado tendo em vista o fato dos homens serem obrigados a encarnar para expiar culpas de outras vidas que eles próprios ignoram.
Deus no espiritismo é extremamente mau e injusto, ele cria seres ignorantes condenados a sofrer para aprender, sem o auxilio de uma mensagem revelada, e condena os bons e os maus a voltarem a viver infinitas vezes.
Curas espirituais:
Por que os chamados espíritos iluminados não trazem as respostas científicas para as doenças, ao invés de operarem supostas curas espirituais?
Alguém conhece o nome de um grande cientista que tenha feito uma descoberta importante em qualquer campo do conhecimento, e atribuído essa descoberta ao espiritismo?
Eu conheço, muito ao contrário, um grande cientista católico Louis Pasteur que descobriu a vacina contra a hidrofobia e o modo de enfrentar as doenças bacterianas, algo que era por completo ignorado entre os cientistas de seu tempo.
Autor: Prof Everton Jobim