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Bispos portugueses se manifestam sobre legislação da barriga de aluguel

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A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), reunida em Fátima desde 30 de abril para a 184ª plenária da instituição, manifestou total desacordo com a legalização da maternidade de substituição ou barriga de aluguel. A proposta legislativa está sendo discutida na Assembleia da República do país e vem recebendo inúmeras críticas da Igreja.

Dom Manuel Clemente, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, não quer que a proposta legislativa seja aprovada. Para ele, a relação estabelecida na gestação não é algo superficial. "A relação uterina entre aquela que gera e aquele que está a ser gerado é muito forte”, sublinhou.

De acordo com nota publicada pelo episcopado, é ilusório pensar que a proposta legislativa vai trazer benefícios para os envolvidos:

A natural aspiração à maternidade e paternidade não pode traduzir-se num pretenso direito ao filho, como se este pudesse ser reduzido a instrumento. A criança nascida de uma mãe contratualmente obrigada a abandoná-la não pode deixar de sofrer com o trauma desse abandono, conhecidos que são, cada vez mais, os laços que se criam entre mãe e filho durante a gestação.

A mãe gestante não pode, também ela, ser instrumentalizada e reduzida a uma incubadora, como se a gravidez não envolvesse profundamente todas as dimensões da sua pessoa e a obrigação de abandono do seu filho não contrariasse o mais forte, natural e espontâneo dos deveres de cuidado. A experiência revela que só o desespero de mulheres gravemente carenciadas as leva a aceitar tão traumatizante prática, sendo ilusório pensar que o fazem de bom grado ou gratuitamente.

 

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