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Boato sobre possível doença do Papa é para influenciar Sínodo, diz cardeal alemão Walter Kasper

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O cardeal alemão Walter Kasper, um dos expoentes da ala progressista da Igreja Católica, disse que os recentes boatos sobre a saúde do papa Francisco são uma tentativa de condicionar os trabalhos do Sínodo dos Bispos sobre a Família, que discute eventuais aberturas a gays e divorciados.

Segundo o religioso, o caso é semelhante ao do monsenhor Krzysztof Charamsa, que confessou ser homossexual pouco antes do início da reunião episcopal, e ao da divulgação de uma carta de 13 cardeais conservadores endereçada ao Pontífice, supostamente o acusando de favorecer liberais.

"O Papa com câncer? É só uma desastrada tentativa de influenciar os trabalhos do Sínodo. Mas o Santo Padre e os padres do Sínodo não serão condicionados por ninguém", afirmou Kasper, em entrevista aos jornais italianos "Corriere della Sera" e "la Repubblica".

Além disso, ele acrescentou que quem lança dúvidas sobre a saúde de Francisco o faz por "outros motivos". "Certas pessoas estão nervosas e olham com apreensão o êxito do Sínodo", disse, sem citar nomes.

O jornal italiano "Quotidiano Nazionale" publicou que Jorge Bergoglio está com um tumor benigno no cérebro, informação que foi desmentida mais de uma vez pelo Vaticano.

O rumor surgiu na reta final dos trabalhos do Sínodo, que termina no dia 25 de outubro e tem revelado grandes divisões em relação a possíveis aberturas da Igreja a homossexuais e divorciados.

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