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Carro do Papa Francisco é cercado por fiéis no Centro do Rio de Janeiro

Paramentos Litúrgicos

No trajeto do Papa Francisco para a Catedral Metropolitana do Rio, no Centro da cidade, fiéis cercaram o carro, deixando os seguranças em apuros na tarde desta segunda-feira. O Papa seguiu em carro fechado, mas de janela aberta. Quando o veículo desacelerou devido ao trânsito, dezenas de fiéis que estavam fazendo um corredor humano se aproximaram na tentativa de tocar o Sumo Pontífice. 

O carro foi cercado, mas o Papa continuou com a janela aberta, cumprimentando as pessoas e até segurando uma criança. O clima foi de euforia entre os fiéis, mas a segurança do Papa tentou controlar sem sucesso a população.

O carro do Papa seguiu numa via da Avenida Presidente Vargas que não estava fechada para o trânsito. Por isso, o veículo enfrentou engarrafamento, inclusive ao lado de ônibus, táxis e carros de passeio. Estranhamente, a via central da Presidente Vargas estava livre, mas o carro do Papa seguiu em via sem tráfego fechado.

Os fiéis aproveitam o momento para cumprimentar o Papa e até jogar presentes pela janela do veículo. No tumulto, um carro da comitiva do Papa bateu num veículo da Guarda Municipal, que estava também no cortejo.

O secretário de Conservação e Serviços Públicos do Rio, Carlos Roberto Osório, se mostrou surpreso com a mudança do trajeto do carro do Papa feito, segundo ele, pela Polícia Federal. De acordo com Osório, o veículo deveria ter seguido pela via central da Avenida Presidente Vargas, que estava fechada para o tráfego.

No Papamóvel

Da Catedral, o Papa Francisco seguiu por ruas do Rio, no papamóvel. O arcebispo da cidade, Dom Orani Tempesta, acompanhou o Papa. O veículo não tem vidros, o que permite maior contato do Papa com os fiéis que lotam as ruas da cidade.

No trajeto milhares de fiéis, entre eles muitos argentinos, acenaram para o Papa com bandeiras do país. Enquanto o pontífice percorria o Centro da cidade, os ícones da Jornada Mundial da Juventude chegavam ao Palácio Guanabara.

Chegada

O papa Francisco chegou à Base Aérea do Galeão por volta das 15h45, 15 minutos mais cedo do que o previsto pela organização da Jornada Mundial da Juventude.

Bem disposto, o Pontífice desceu as escadas do avião sorridente e foi recebido pela presidente Dilma Rousseff, pelo governador Sérgio Cabral, pelo prefeito Eduardo Paes, várias autoridades e pelo arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta.

Roteiro

Em seguida, o Papa ouviu um coro de crianças e seguiu de carro fechado até a Catedral Metropolitana. Em seguida,  Francisco vai sair da Catedral Metropolitana, em carro aberto, pela Avenida Chile, passando pela Avenida Rio Branco, Rua Araújo Porto Alegre, Av. Graça Aranha, Avenida Nilo Peçanha e Avenida Rio Branco, onde segue até o Theatro Municipal.

Depois disso, o papa vai para o Terceiro Comando Aéreo Regional, onde vai pegar um helicóptero em direção ao Palácio Guanabara, sede do governo do estado. Às 17h, está prevista a cerimônia do pontífice com a presidente Dilma Rousseff e o governador Sergio Cabral.

O secretário municipal de Transportes, Carlos Osório, informou que o público não terá acesso às proximidades do Palácio Guanabara, em Laranjeiras, nesta segunda-feira.

Em conversa com jornalistas, a bordo do avião que o trouxe ao Brasil, o papa Francisco disse que está muito preocupado com a geração de jovens sem trabalho. O pontífice alertou que a crise mundial está provocando muitos danos à juventude. "Corre-se o risco de haver uma geração que nunca teve trabalho", lamentou.

"A crise mundial não gerou boas coisas para os jovens. Na semana passada, examinei a porcentagem de jovens sem trabalho. Corremos o risco de ter uma geração que jamais teve um trabalho", disse Francisco.

"Esta primeira viagem é para encontrar os jovens, a quem quero encontrar não isolados, mas em meio ao tecido social. Em sociedade, pois quando isolamos os jovens, fazemos uma injustiça, pois lhe retiramos o sentido de pertencimento", acrescentou.

O papa também também condenou a 'cultura de rejeição aos idosos', que geralmente impera no mundo e disse que a sociedade precisa da "sabedoria" dos mais velhos. 

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