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Carta assinada por mais de 1.500 pessoas acusa Papa Francisco de ”delito canônico de heresia”

A reportagem é de Maria Benevento, publicada em National Catholic Reporter. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

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Um grupo de estudiosos e padres católicos escreveu uma carta aberta ao Colégio dos Bispos, acusando o Papa Francisco de heresia.

A carta, publicada no site LifeSiteNews no dia 30 de abril, acusa Francisco de uma “rejeição abrangente do magistério católico sobre o matrimônio e a atividade sexual, sobre a lei moral e sobre a graça e o perdão dos pecados” e é enquadrada como o terceiro passo de um processo que começou com uma carta privada enviada aos cardeais e aos patriarcas católicos orientais em 2016.

 
Embora a carta de 2016 de um grupo similar apontava para “heresias e outros erros sérios” promovidos pela exortação apostólica Amoris laetitia, de Francisco, e uma “correção filial” de 2017 afirmava que Francisco havia “sustentado” sete posições heréticas, esses signatários não chegaram a afirmar que o papa era culpado de heresia.
 
A carta do dia 30 de abril vai além, acusando Francisco de “delito canônico de heresia”, o que os escritores definem em seu resumo como o ato quando alguém “consciente e persistentemente nega algo que ele sabe que a Igreja ensina como revelado por Deus”.
 
Eles pedem aos bispos admoestem Francisco publicamente a “abjurar” dessas heresias, incluindo “repudiar e reverter” ações que manifestaram heresia, como a “nomeação de bispos e cardeais que apoiaram essas heresias por meio de suas palavras e ações”.
 
Se Francisco não se arrepender, a carta pede que os bispos declarem que ele cometeu heresia e “sofra as consequências canônicas desse crime”. Essas consequências devem incluir a remoção do cargo, argumentam os escritores em uma seção após as assinaturas que discute o direito canônico e a teologia relacionada à heresia papal.
 
Os 19 signatários da carta incluem o padre dominicano Aidan Nichols; Georges Buscemi, presidente da Campagne Québec-Vie e membro da Academia João Paulo II para a Vida Humana e a Família; Maria Guarini, da Pontifícia Universidade Seraphicum de Roma; Brian McCall, professor de direito e editor-chefe do Catholic Family News; Anna Silvas, pesquisadora adjunta da Universidade da Nova Inglaterra; John Rist; Robert Cassidy; Pe. Thomas Crean; Pe. John Hunwicke; Peter Kwasniewski; e John Lamont.
 
Um abaixo-assinado no Change.org convidando assinaturas adicionais somou mais de 1.500 nomes até o meio da manhã do dia 1º de maio.
 
Assim como a correção filial de 2017, a carta acusa Francisco de sete heresias, incluindo o fato de que as pessoas podem romper intencionalmente a lei divina em uma questão séria sem cometer pecado mortal, que os atos sexuais entre pessoas divorciadas e em segunda união “às vezes podem ser moralmente corretos” e que “Deus não apenas permite, mas também deseja positivamente o pluralismo e a diversidade das religiões”.
 
Como prova, eles oferecem uma lista das declarações públicas de Francisco sobre as verdades da fé, muitas delas da Amoris laetitia, assim como uma lista de ações que o papa adotou que indicam a crença nas heresias que eles listam.
 
Muitas das “ações” estão relacionadas a indivíduos que Francisco designou para cargos importantes ou que eles alegam que ele apoiou de alguma outra forma. Eles incluem as pessoas acusadas de cometer ou encobrir atos de abuso sexual, como o ex-cardeal Theodore McCarrick (que Francisco recentemente laicizou por abuso de menores) e o bispo chileno Juan Barros Madrid (cuja renúncia foi aceita por Francisco em junho).
 
Indivíduos que expressaram apoio aos católicos LGBT ou disseram que os católicos divorciados e em segunda união deveriam receber permissão para receber a Comunhão também são listados como evidência da heresia de Francisco. Eles incluem o padre jesuíta James Martin, o cardeal Blase Cupich e o cardeal Kevin Farrell.

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