Cerca de 400 mil pessoas acompanharam a abertura oficial da Jornada Mundial da Juventude
Começou oficialmente nesta terça-feira a 28ª edição da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Às 19h20, a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora – símbolos do evento – foram levados ao palco montado na praia de Copacabana, dando início à cerimônia, com a missa comandada pelo arcebispo dom Orani Tempesta. O público acompanhava a celebração empolgado, enquanto tremulavam bandeiras do mundo todo. Segundo a Polícia Militar, cerca de 400.000 pessoas se reuniram sob chuva, no dia mais frio do ano na cidade. A organização do evento, porém, fala em mais de 1 milhão. Pela manhã, a apresentação oficial de dados da JMJ revelou número de inscritos abaixo do esperado.
"A paz esteja convosco. Sejam muito bem-vindos", começou dom Orani, muito aplaudido ao colocar a missa em intenção aos jovens vítimas da violência urbana, como a Chacina da Candelária, que acaba de completar 20 anos, e a tragédia da boate Kiss, em Santa Maria (RS), em janeiro. "Celebro por todos aqueles que acreditam que um mundo novo é possível, que estão aqui no Rio de Janeiro, ou nos acompanham pelos meios de comunicação ou com as orações, em unidade com esse grande momento mundial aqui vivido."
No início de sua homilia, o arcebispo lembrou o papa emérito Bento XVI, que foi quem escolheu a capital fluminense como sede desta jornada. "O Rio vive uma revolução de amor. Saiam pela cidade dando testemunho e compartilhando a paz de Cristo. Não tenham medo de abrir o coração para Cristo. O mundo precisa testemunhar nossa solidariedade", declarou, sendo atentamente ouvido em silêncio pelo público. "Sejam protagonistas de um mundo novo. Cristo vai a nossa frente", acrescentou, muito aplaudido ao final.
Na comunhão, hóstias foram levadas à areia, onde os fiéis se aglomeravam próximo às grades de isolamento. O ritual durou cerca de meia hora. Ao longo da orla, prédios residenciais e hotéis tinham as janelas enfeitadas por cruzes iluminadas. Nos ritos finais, o arcebispo lembrou aos jovens que as catequeses da JMJ terão início nesta quarta-feira, e passou a palavra ao cardeal Stanislaw Rylko, presidente do Pontifício Conselho para os Laicos, que deu as boas-vindas aos jovens. "Ide em paz e Deus os acompanhe", encerrou, por sua vez, dom Orani, às 21h20.
A amizade estreita fazia com que Estela, já idosa e vivendo sozinha com a filha, se sentisse à vontade para recorrer a Bergoglio sempre que necessitava de um favor. Quando sua filha sofreu um assalto na rua, a professora ligou para o arcebispo, que prontamente enviou um funcionário da catedral para ajudá-la a registrar queixa e a tirar novos documentos. "Ele era como um filho para ela. Toda vez que se referia a Bergoglio, ela levava as mãos ao peito, e falava com muito carinho", diz Monica Quiroga, sobrinha de Estela. "Quando ele se tornou cardeal, ela ficou orgulhosíssima."
Mônica conta que um dia a campainha do sobrado onde Estela morava tocou. Era um emissário de Bergoglio querendo saber notícias sobre o estado de saúde da professora. Provavelmente, ele mandou que alguém fosse até a casa dela porque ninguém atendia o telefone. A professora tinha morrido dias antes. Bergoglio estava em Roma. O funeral de Estela reuniu sete pessoas. Por santas razões, faltou o filho que ela nunca teve.