Com 95 anos, Bento XVI vive recluso desde renúncia
Desde às 17h da quinta-feira 2 de maio de 2013, vivem de maneira inédita dois Papas dentro dos muros vaticanos: um “reinante”, Francisco, e um emérito, Bento XVI, que escolheu viver no mosteiro Mater Ecclesiae.
O local foi construído no início da década de 1990 dentro dos Jardins Vaticanos sob determinação do então líder católico, João Paulo II. Antes de se tornar um convento, a área abrigava uma prédio administrativo da polícia vaticana.
A ideia era ter uma congregação de religiosas dentro da cidade-Estado, em grupos que se revezaram a cada cinco anos, algo que ocorreu entre 1994 a 2012.
Em 2013, o prédio que conta com pomar e jardins passou por uma reforma para abrigar o papa emérito, onde ele vive acompanhado de secretários pessoais, liderados pelo monsenhor Georg Gaenswein, e por religiosos da “Memores Domini”, que cuidam da rotina do local.
Mas, o mosteiro não foi o primeiro local que Joseph Ratzinger viveu depois da inédita renúncia nos tempos modernos, em 11 de fevereiro de 2013, e um período de quatro semanas de preparação do conclave. Em 28 de fevereiro, foi aberta oficialmente a “sede vacante” na liderança da Igreja Católica.
Naquele momento, Bento XVI deixou o Vaticano para se dirigir de helicóptero para Castel Gandolfo, a residência “de férias” dos pontífices, e não ter nenhuma influência na escolha de seu sucessor. Lá, permaneceu até depois da eleição de Francisco, ocorrida em 13 de março de 2013.
No retorno ao Vaticano, em maio, já ocupou o quarto reformado para ele no Mater Ecclesiae, onde permanece recluso desde então.
Raras foram as vezes que Ratzinger deixou o local, sendo que todas as visitas foram realizadas por Francisco e por cardeais no mosteiro.