Discussão

Comecemos a nos perguntar seriamente se nós amamos as pessoas mais simples?

Paramentos Litúrgicos

Comecemos a nos perguntar seriamente se nós amamos as pessoas mais simples?O nosso autor João, na Primeira Carta, continua a pensar em branco e preto. Neste texto ele dá um outro nome aos que vivem na esfera de Satanás: eles são aqueles que odeiam, e imitam a Caim que, de acordo com o texto Bíblico, assassinou seu irmão Abel.

Contrariamente aos Cainítas, isto é, aos descendentes de Caim, existem os filhos de Deus.

Mas o que é que torna alguém imitador de Caim?

O autor da carta é claro: a incapacidade de amar. Com outras palavras, o ódio que se vai construindo ou formando no próprio coração.

Sim, nós todos dizemos, ao menos verbalmente, que amamos. Mas na verdade, amamos mesmo? Comecemos por nos perguntar seriamente se nós amamos as pessoas mais simples e não aquelas que estão do outro lado do Oceano Atlântico, ainda que seja no continente negro, Africano. Por perguntar se nós amamos as pessoas simples com as quais nós convivemos; se tratamos com delicadeza um pobre; se ouvimos com delicadeza uma pessoa que sofre; se nos pomos à disposição dos outros; se vivemos para os outros; se vivemos para fora…

Bem, se respondemos de forma positiva a qualquer um desses itens, então nós por certo, não possuímos o espírito de Caim.

Mas, tenhamos os pés no chão e sejamos realistas. Existem muitas pessoas que vivem e cultivam o espírito de Caim. Não admitirão jamais uma coisa destas, mas podem ser pessoas que amam seletivamente; pessoas que amam egoisticamente; pessoas que amam interesseiramente; pessoas que não são capazes de nenhuma gratuidade na vida e, quando chegam a dar, é sempre com segundas intenções; com a intenção de receber o equivalente ou, quem sabe até mais ou melhor; são pessoas incapazes de ajudar quem quer que seja. Existem, podem crer!

O espírito de Caim, eu diria, de maneira muito diversificada, esconde-se no coração de cada um de nós e, vez por outra, cada um de nós pode e deve confessar: eu imitei Caim ao menos naquele momento; naquele ato; diante daquela pessoa e daquela circunstância; diante daquele fato eu fui cego e não fui capaz de conhecer o coração sofrido daquele irmão e me comportei como Caim; eu o eliminei; eu o cortei.

E muitas vezes isso é feito de tal maneira, que chega a parecer uma ação positiva; uma ação inspirada por Deus.

Não; e não! Se pensarmos a fundo, o espírito de Caim estava reinando naquele momento.

Cada um de nós que se ponha a pensar quantas vezes foi atraído por Caim ou, usando um outro linguajar, que tente descobrir quanto de Caim convive dentro de cada um dos corações.

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