Condenação à morte de Tarek Aziz não favorece Iraque
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 27 de outubro de 2010. A Santa Sé considera que a condenação à forca de Tarek Aziz, vice-primeiro-ministro adjunto do Iraque (1979-2003) e assessor próximo de Saddam Hussein, não ajudará na reconciliação do país.
Foi o que explicou o padre Federico Lombardi, S.J., diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, em uma nota com a qual o Vaticano reage à sentença da alta corte do Iraque.
“A posição da Igreja Católica sobre a pena de morte é conhecida. Espera-se, portanto, que a sentença contra Tarek Aziz não se aplique, precisamente para favorecer a reconciliação e a reconstrução da paz e da justiça no Iraque, depois dos grandes sofrimentos passados”, afirma o comunicado.
O padre Lombardi acrescenta que “pelo que se refere a uma possível intervenção humanitária, a Santa Sé costuma não intervir de maneira pública, mas pelos meios diplomáticos à sua disposição”.
Mikhail Yuhanna, mais conhecido como Tarek Aziz, 74 anos, batizado no seio da Igreja caldeia, a confissão cristã mais numerosa do país, de rito oriental e em comunhão com Roma, era encarregado de representar o Estado iraquiano em reuniões diplomáticas.( Zenit)