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CONSELHOS CRISTÃOS AOS PAIS DE FAMÍLIA

Paramentos Litúrgicos

Alguns conselhos aos amigos e pais de família.

Quando o senhor precisar contratar alguém, para fazer qualquer serviço em vossa casa, em vossa empresa, onde for, evite sempre alguém com quem o senhor tenha alguma intimidade. Prefira sempre alguém que o senhor não conhece pessoalmente. Claro, busque referências sobre a pessoa, se é boa em seu ofício, se é honesta, se é confiável, se cumpre com os prazos no tempo acertado. Mas evite pessoas conhecidas.

Quando se contrata alguém com quem se tem algum grau de intimidade, a pessoa facilmente enrola no serviço, sente-se encorajada, pela intimidade, a praticar várias faltas e negligências, crendo que será desculpada, que a intimidade ou camaradagem servirá para amenizar a sua situação. E isso pode causar sérios prejuízos, pode estimular comportamentos desrespeitosos e coisa pior.

Por tudo isso, evite sempre contratar alguém com quem o senhor possui ou já possuiu alguma intimidade, para qualquer serviço ou trabalho.

E, no andamento de uma obra ou de um serviço, evite toda familiaridade e intimidade com o empregado. Procure estabelecer uma relação formal e séria, sem brincadeiras ou conversas mais livres. O sujeito foi contratado para trabalhar, e é isso que tem que fazer. Limite-se a falar com ele apenas das coisas relacionadas com o serviço ou obra, e sempre que ele fizer qualquer outro comentário alheio, mantenha-se sério ou simplesmente corte a conversa, falando de algo relacionado com o trabalho.

Em relação a prazos e horários, seja rigoroso. Não ceda um milímetro. Faltas, descuidos que causem prejuízos, atrasos, tudo isso deve ser computado e descontado no pagamento final.

Da mesma maneira, não aceite nenhum favor do empregado. Não é bom que ele fique com a impressão de que o senhor deve favor a ele. Dentre outras coisas, ele pode utilizar disso para aliviar a sua consciência, caso pense em tirar alguma outra vantagem qualquer, ou em não cumprir com outros deveres que lhe cabem. Além disso, é justo que uma pessoa receba pelo que trabalhou ou seja ressarcida por qualquer custo que não lhe diga respeito. Portanto, se ele fez mais do que o acordado, se trabalhou algumas horas a mais, se comprou algum material do bolso dele, se estendeu um pouco a obra e fez uma melhoria qualquer, não aceite se ele não quiser cobrar. Simplesmente pague o que ele fez a mais, centavo por centavo.

Tudo isso vale também para serviçais e funcionários que trabalham regularmente em uma casa, uma chácara ou fazenda, uma empresa. Porteiros, motoristas, caseiros, funcionários, jardineiros, etc.

Comporte-se com eles de modo o mais formal possível, desencorajando e cortando intimidades e familiaridades. Faça mesmo questão de ser chamado de ''senhor'', em vez de ''você''. Isso ajuda a conservar o respeito.

Sempre foi sábio e prudente da parte de um patrão despertar a máxima reserva e o máximo respeito dos serviçais, domésticos e empregados. Quando lhes é concedido mesmo um pouco de liberdade, eles facilmente abusam, se utilizam disso para tirar vantagens para si, à custa do patrão, para desrespeitá-lo e mesmo para prejudicá-lo de forma mais séria. Se sempre foi assim, mesmo em épocas em que as pessoas eram mais sérias, decentes e respeitosas, imagine hoje em dia, em que a irreverência e o desrespeito imperam? Hoje, portanto, esse proceder se faz ainda mais necessário que outrora.

As mulheres, as patroas, as donas de casa, as governadoras de um lar, devem ter o mesmíssimo comportamento com empregadas e domésticas, que eventualmente trabalhem em sua casa. Incluindo ainda o cuidado de desencorajar que essas funcionárias ou serviçais criem intimidades ou liberdades com seus filhos ou com suas filhas.

Deve-se, todavia, tratar os domésticos, empregados e serviçais com brandura, respeito e dignidade. Deve-se garantir todos os seus direitos e satisfazer todas as suas necessidades reais e legítimas, tanto materiais quanto espirituais.

Quando se quiser algo deles, mesmo que seja sua obrigação, deve-se pedir gentilmente, e não simplesmente mandar, com rispidez. Em vez de ''Faça isso ou aquilo'', melhor seria ''Por gentileza, faça isso e aquilo''. Falar brandamente com empregados e serviçais, além de demonstrar consideração pela pessoa, faz com que eles cumpram as ordens com mais boa vontade. Tratá-los com dignidade, respeito e consideração, faz com que eles tenham também mais respeito e consideração pelo seu patrão.

E, acima de tudo, nunca se deve esquecer que, ainda que existam nobres e plebeus, reis e vassalos, patrões e operários, ricos e pobres, todos possuem uma alma imortal, criada à imagem e semelhança de Deus, e resgatada pelo preciosíssimo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. E todos, muito em breve, sem distinção de ninguém, serão pasto para os vermes, tanto o homem mais ilustre da terra como o mais ordinário.

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