CONSISTÓRIO: Papa Francisco nomeia novos cardeais e pede olhar atento à realidade
Durante o consistório que nomeou cinco novos cardeais da Igreja Católica, o papa Francisco pediu para que os religiosos se preocupem com os "inocentes que sofrem e morrem por conta das guerras e do terrorismo" e que eles não se afastem da "realidade".
De acordo com Francisco, além de se preocupar com os inocentes, os cardeais devem lutar "contra a escravidão que não cessa de negar a dignidade na época dos direitos humanos" e precisam ter especial atenção aos "campos de refugiados que às vezes parecem mais com um inferno do que com um purgatório".
Os novos cardeais da Igreja são Jean Zerbo, arcebispo de Bamaco, no Mali, Juan José Omella, arcebispo de Barcelona, na Espanha, Louis-Marie Ling Mangkhanekhoun, arcebispo de Pakxé, no Laos, Anders Arborelius, bispo de Estocolmo, na Suécia, e Gregório Rosa Chávez, que atua como bispo auxiliar em San Salvador, El Salvador.
Assim como ocorreu nos demais consistórios, após a celebração, Bergoglio e os novos cardeais foram até a residência do papa emérito Bento XVI.
Com as nomeações, o colégio de cardeais – que tem a missão de escolher um novo Pontífice – conta com 225 religiosos, dos quais, 121 são eleitores em caso de um eventual conclave.
Do total de cardeais, 60 foram nomeados por Francisco em quatro diferentes consistórios, sendo que 49 deles têm direito ao voto.
Seguindo sua missão de "descentralizar" a Igreja Católica, Jorge Mario Bergoglio está "equilibrando" a quantidade de cardeais por continente. Quando assumiu o cargo, em 2013, apenas 22 religiosos no colégio que poderiam votar em um conclave vinha da África, Ásia e Oceania.
Com os últimos consistórios, esse número subiu para 34 – sendo 15 da África, 15 da Ásia e quatro da Oceania. Os demais são dos continentes mais representados: 34 das Américas – sendo 17 da América Latina e 17 do Norte – e 51 da Europa.