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CRIADA PROVÍNCIA ÚNICA DOS JESUÍSTAS NO BRASIL

Paramentos Litúrgicos
Organizada no Brasil em três províncias (Meridional, Centro-Leste e Nordeste) e uma região missionária na Amazônia, desde 2003 a Companhia de Jesus analizava a unificação das estruturas da Congregação no país. Em fevereiro de 2014 foi iniciado o noviciado único, em Feira de Santana (BA), marco histórico para a concretização do Provincialado do Brasil.

Em entrevista ao Blog do Camarotti (Portal G1), o provincial da Companhia de Jesus no Brasil, padre Carlos Palácio, explicou que "no século XIX, quando houve o reestabelecimento da Companhia de Jesus no Brasil, dois fatores influenciaram a estrutura atual".

Segundo ele, " as diferentes missões de grupos de jesuítas de outros países por regiões brasileiras (acompanhando, muitas vezes, os migrantes europeus) e as dimensões continentais do Brasil" foram os fatores que obrigaram a estrutura vigente até então. Para padre Carlos Palácio "era muito difícil pensar o Brasil como uma única província".

De acordo com a matéria, desde 2005 a nova estruturação já vinha sendo debatida internamente na conferência dos provinciais jesuítas no Brasil. Atualmente a sede do Provincialado é na cidade do Rio de Janeiro (RJ) com a possibilidade de transferir-se para Brasília (DF).

No Brasil a nova estrutura vai congregar 560 jesuítas, dentre eles, 370 sacerdotes. No dia 07 de fevereiro deste ano acontece em Feira de Santana (BA) a inauguração do noviciado único do Brasil. A missa de admissão foi presidida por padre Carlos Palácio em intenção dos 16 primeiros membros do noviciado único (na foto).

Provincialado

A primeira finalidade da criação do Provincialado foi o governo das casas interprovinciais de formação, que já existiam desde 1980. No horizonte mais amplo estava também a questão de um planejamento apostólico comum, na esteira das orientações da Congregação Geral 34ª. (1995), que sugeriam a criação de novas estruturas e formas de governo para favorecer a colaboração interprovincial.

Bicentenário de Restauração

“Dois períodos de uma mesma história, num mesmo Espírito” é o lema comemorativo da Restauração da Ordem. A supressão da Companhia de Jesus em todo o mundo, em 1773, à exceção da Rússia, interrompeu um pouco mais de dois séculos de muito vigor, elã e criatividade apostólicas da Ordem religiosa fundada por Inácio de Loyola.

Quando ela foi restaurada canonicamente, em 1814, pelo Papa Pio VII, a Companhia não precisou ser refundada, porque o Espírito, herança dos Exercícios Espirituais, permanecia nos jesuítas da Rússia e na partilha dos que viviam no anonimato, quem sabe, nutrindo a esperança de ver a justiça triunfar sobre o ódio que motivou a extinção da Companhia de Jesus.

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