Missa Tridentina

DAS DISPOSIÇÕES PARA SE OFERECER O SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA

Paramentos Litúrgicos
DISPOSIÇÕES MATERIAIS

A que se refere o termo “material”, objeto do estudo deste §1?

R. “Material”, aqui, se refere aos edifícios destinados à celebração do sacrifício da Missa, ou seja, as igrejas, incluindo tudo o que nelas contém para tal, como os altares, e tudo relativo a eles. Neste parágrafo não iremos tratar dos vasos, dos tecidos sagrados, dos ornamentos, do incenso e dos demais objetos do culto.

Qual foi o primeiro templo especificamente usado para o sacrifício da Missa?

R. O primeiro templo especificamente utilizado para o sacrifício da Missa foi o Cenáculo, lugar “amplo e bem adornado” (Lc 22) para a celebração da Eucaristia, a pedido de Jesus Cristo – Deus.

Por que Nosso Senhor exigiu um local “amplo e bem adornado”?

R. O mesmo Jesus Cristo, que nasceu num estábulo, pois não tinha onde repousar sua cabeça, e que morreu na cruz, ordenou a seus discípulos que procurassem um local “amplo e bem adornado”, para justificar a majestade e riqueza das nossas igrejas.

Qual foi o primeiro altar do sacrifício da Missa?

R. O primeiro altar em que se realizou o sacrifício de Cristo foi o Calvário.

Nos tempos de perseguição, onde se realizava o sacrifício da Missa?

R. Em geral, na época de perseguição dos cristãos, o sacrifício da Missa era realizado nas casas de alguns fiéis privilegiados, ou escondidos em cavernas, bosques, calabouços ou catacumbas.

Quando foram construídas as primeiras igrejas para a celebração solene e pública do sacrifício da Missa?

R. Logo após o término das perseguições foram construídas as primeiras igrejas para a celebração pública da liturgia da Missa, em honra do verdadeiro Deus. Posteriormente, em todas as partes, a piedade e arte de cada século contribuíram para a grandeza e riqueza das construções, sempre erigidas, fundamentalmente, para a celebração do sacrifício da Missa.

Dentre os diversos estilos arquitetônicos das igrejas, qual foi o mais significativo quanto à piedade e grandeza devidas a Deus?

R. Foi o estilo gótico que consagrou a Deus suas majestosas catedrais, com suas elegantes cúpulas e formas grandiosas. Também os elevados campanários nas pequenas aldeias, rompendo com graça a uniformidade da paisagem, anunciavam por toda parte o tabernáculo de Deus entre os homens.

A construção das igrejas seguia alguma regra específica?

R. Sim; seguia uma tradição específica, conforme o testemunho do autor das “Constituições apostólicas”.

Que recomendava aquela tradição referente à construção de igrejas?

R. Havia uma série de recomendações quanto:
A – a forma: que deveria ser ampla e semelhante a uma nave — daqui vem o nome do corpo principal do templo;
B – a orientação: deveria estar voltada para o Oriente — origem da luz, simbolizando Nosso Senhor, Luz do mundo;
C – a sacristia: ao lado do altar, onde se colocariam os objetos do culto, incluindo os paramentos litúrgicos;
D – a cátedra, ou sedia, do bispo: localizada no fundo da catedral, com os assentos para os sacerdotes à sua direta e à sua esquerda;
E – o altar: no meio do santuário, como são vistos nas igrejas românicas;
F – o santuário: fechado por uma balaustrada;
G – a frente do altar: local para os clérigos menores, seguidos dos fiéis, onde havia o púlpito para as leituras e sermões.

Como se dispunham os fiéis na catedral?

R. Os homens ficavam de um lado e as mulheres do outro, para melhor conveniência do ósculo da paz. Viria depois local reservado aos catecúmenos e aos penitentes públicos

Quantas portas havia nas igrejas primitivas?

R. Em geral havia três portas: a principal, ou grande porta, à frente do edifício; a porta menor, que separava os fiéis dos catecúmenos e penitentes públicos; e a chamada porta santa, que fechava a parte do santuário, e que servia de balaústre para a mesa da comunhão.

Que semelhanças há entre aquelas igrejas primitivas e as atuais?

R. Há inúmeras, como por exemplo:
1 – a Cruz externa, sobre o edifício ou sobre o campanário, indicando o sacrifício que se renova no templo católico;
2 – os sinos, como a voz do sacerdote, convocando os fiéis;
3 – as pias de água benta: ao lado da entrada, lembrando a pureza exigida na oblação;
4 – os confessionários: como meios para, através do sacramento da penitência, ou confissão, recuperarmos a graça de Deus, perdida pelos pecados;
5 – a cruz na frente do altar: indicando aos fiéis que devem unir o sacrifício do seu coração à imolação da grande vítima do mundo;
6 – local para o coro e o órgão;
7 – capelas laterais, possibilitando a multiplicidade de Missas;
8 – relicários, imagens que nos lembram a glória dos santos e que já consumaram seu sacrifício;
9 – finalmente, e acima de tudo, o altar, que é o ponto central das nossas igrejas.

Que significa a palavra ‘altar’?

R. A palavra ‘altar’ deriva de ‘altus ’ significando ‘elevado’. Entre os gregos, o termo utilizado era thusiasterion, que significa ‘ lugar da imolação’.

Que afirmou S. Gregório sobre o altar do sacrifício?

R. S. Gregório nos diz que o altar do sacrifício é de pedra comum, semelhante a que usamos para levantar muros, porém devidamente abençoado e consagrado ao Senhor.

Havia altares sobre túmulos?

R. Sim, às vezes erguiam altares sobre túmulos de mártires, e sua forma externa era de uma sepultura. Mas, como dizia Sto. Agostinho, o altar era somente para Deus, embora contendo os restos mortais de mártires. Disto surgiu o costume de se colocar relíquias de santos nos altares, costume que não só nos apresenta uma imagem do céu, onde S. João viu no altar as almas dos mártires (Apc 6), mas nos mostra também um espetáculo digno dos anjos e dos homens: Jesus Cristo, vítima universal oferecida a Deus sobre o corpo das suas vítimas, estimulando os fiéis ao sacrifício das suas vidas, pelo menos moralmente.

Todos os altares são iguais?

R. Não. Os altares são diferenciados segundo a forma de sua consagração ou da sua finalidade, havendo, basicamente, três tipos de altares:
A – Fixo: quando a pedra inteira é consagrada;
B – Portátil: quando foi consagrada somente a pedra central;
C – Privilegiado: altar em que se permite celebrar missas de defuntos mesmo nos dias proibidos em outros altares, ou que gozam de indulgências temporais ou perpétuas específicas.

Por que o altar está sempre acima do nível do solo?

R. O altar deve ficar acima do nível do solo, elevado pelo menos por um degrau ou base, para corresponder ao significado literal e místico do seu próprio nome e da sua finalidade.

Como a elevação do altar acima do solo corresponde a sua finalidade?

R. Como a oração é a elevação da alma a Deus, assim também é o sacrifício celebrado no altar, sinal público da mais excelente oração, que deve ser oferecido num lugar elevado para nos lembrar que devemos nos separar da terra, e nos elevarmos para o céu, aproximando-nos espiritualmente do trono da misericórdia de Nosso Senhor.

O que deve ser colocado no centro do altar?

R. No centro do altar deve ser colocado um tabernáculo, no qual se conservam as hóstias consagradas para a comunhão dos fiéis, ou levadas aos enfermos, e a hóstia que é exposta à adoração nos ofícios públicos.

O que se coloca nas laterais do altar, ao lado do tabernáculo?

R. Tanto à direita como à esquerda do tabernáculo, colocam-se pequenos degraus, com flores, e candelabros com velas. Pelo menos duas velas devem estar acesas durante a santa celebração, multiplicando-se conforme a solenidade dos dias.

Como o altar deve ser revestido?

R. O altar deve ser coberto por três toalhas bentas, sobre as quais coloca-se um missal apoiado em pequena estante, e três quadros denominados cânones do altar (sacras), um ao centro, contendo o texto que é recitado no meio do altar em momentos em que o sacerdote não possa ler comodamente o missal; o da direita, contém as orações da infusão do vinho e da água no cálice e o salmo do Lavabo; o terceiro, à esquerda, contém o último Evangelho segundo S. João.
Nas Missas solenes e cantadas coloca-se ainda no altar o livro das epístolas e dos Evangelhos, e antigamente os instrumentos para o ósculo da paz.

Por que se acendem luminárias durante a Missa?

R. A origem deste costume se encontra no início da era cristã, no tempo das perseguições, em que os fiéis, obrigados a celebrar os santos mistérios em lugares escuros e antes do raiar do dia, precisavam acender tochas que, às vezes, eram multiplicadas como sinal de alegria.

Há referência desse costume na Escritura?

R. Sim. S. Lucas, nos Atos dos Apóstolos, 20, 7- 8, nos revela que, no local onde S. Paulo pronunciou um extenso discurso aos fiéis no primeiro dia da semana (domingo) havia uma grande quantidade de luminárias. Aí lemos: “E, no primeiro dia da semana, tendo-nos reunido para a fração do pão, Paulo, que devia partir no dia seguinte, falava com eles, e prolongou o discurso até a meia-noite. E havia muitas lâmpadas no Cenáculo, onde estávamos reunidos”.
Além disso, Eusébio nos diz que, na noite de Páscoa, além da iluminação das igrejas, o imperador Constantino ordenava acender todo o tipo de tochas em todas as ruas da cidade, para que aquela noite fosse mais brilhante que o dia mais claro (Euséb., História Ecles., 1. 5, c. 7).
Assim, o costume das luzes durante a celebração da Missa é uma lembrança da mais remota Antiguidade, e como manifestação da alegria espiritual dos fiéis naquele santo momento.

O costume de acender luzes não surgiu, portanto, da pura necessidade natural de iluminação?

R. Não, pois, nos séculos III e IV, apesar da profunda paz reinante, na qual a Igreja podia celebrar livremente, e com grandiosidade, cerimônias mais solenes, sempre se acendiam lampadários durante o dia.

Há alguma referência histórica sobre esse tema?

R. Sim, por exemplo, quando o herege Vigilâncio se atreveu a acusar a Igreja de superstição porque pessoas piedosas acendiam velas durante o dia nos túmulos dos mártires, S. Jerônimo lhe respondeu indignado, referindo-se aos ofícios eclesiásticos: “Nós não acendemos luzes durante o dia senão para mesclar de alguma alegria as trevas da noite; para velar com a luz, e evitar dormirmos como vós, na cegueira das trevas” (S. Jerônimo, Epist. ad Vigilant).

Por que o testemunho de S. Jerônimo é importante para esse assunto?

R. Porque ninguém como ele poderia estar melhor informado sobre esse costume, pois ele havia visitado toda a Gália (França) e percorrido todo o Oriente e Ocidente. Assim, podemos dizer, sob sua autoridade, que não se acendiam luzes durante o dia porque haviam sido usadas no decorrer da noite, mas que nas igrejas do Oriente se acendiam luzes por motivos místicos: “Em todas as igrejas do Oriente, diz ele, se acendem velas durante o dia quando se lê o Evangelho, não para ver claro, mas como sinal da alegria e como símbolo da luz divina, luz da qual diz o salmo: vossa palavra é a luz que ilumina meus passos” (Id.)
Esse mesmo motivo místico, que levou os fiéis a acender velas durante a leitura do Evangelho, determinou o costume posterior de mantê-las acesas durante a celebração do sacrifício em que Nosso Senhor, que é a verdadeira luz dos homens, está realmente presente; no qual o pontífice e o sacerdote, em suas elevadas funções, representam esta divina e evangélica claridade.

Por que a Igreja sempre aprovou esses costumes?

R. A Igreja sempre aprovou esses costumes simbólicos porque eles são ensinamentos simples e edificantes para o povo.

Há outros exemplos da utilização da luz como símbolo da fé?

R. Sim, por exemplo, o antigo costume de se colocar nas mãos do recém batizado um círio, e S. Cirilo de Jerusalém, no ano 550, dizia que estes círios acesos são símbolos da fé que se deve conservar com todo o cuidado.

Por que se abençoa e se acende o círio pascal?

R. Há mais de 1200 anos se benze e se acende o círio pascal para que a benção desta luz nos permita a contemplar a sagrada ressurreição, ou seja, o brilho luminoso da nova vida de Jesus Cristo, como afirma o 4º Concílio de Toledo, no ano 633, ao censurar as igrejas que não observavam esta cerimônia.

Por que se levam círios na festa da apresentação de Jesus no Templo, e purificação de Nossa Senhora?

R. Levam-se círios na comemoração daquelas festas para que os fiéis possam participar da alegria de Simeão ao tomar o Menino Jesus em seus braços, expressando que Ele era a alegria das nações e para indicar que devemos nos consumir diante do Senhor, unidos em Jesus Cristo, como se consome a vela que levamos.

Por que se acendem velas nas cerimônias fúnebres?

R. No século IV, os corpos dos fiéis que haviam falecido na fé eram levados à igreja, em procissão com círios acesos. S. Paulo, S. Simeão Estilista e o próprio imperador Constantino, assim foram conduzidos para indicar, com este solene séquito de luminárias, que eles eram verdadeiros filhos da luz.
A quantidade de velas que ardiam, dia e noite, no túmulo dos mártires, conforme nos dizem S. Paulino e Prudêncio, brilhavam em homenagem à luz celestial de que usufruíam aqueles santos e que fazem a alegria dos cristãos: “Nasce a luz para os justos, e a alegria para os retos de coração” (Salmo 96, 11).
Da mesma forma, os círios acesos durante o dia nas igrejas foram sempre considerados símbolos da verdadeira luz, conforme nos diz S. Jerônimo e Sto. Isidoro (Etym., 1. 7, c. 12).

Que diziam S. Pedro e S. Paulo utilizando a luz como símbolo?

R. S. Pedro dizia: todos vós sois filhos da luz e do dia; e S. Paulo: antes vós éreis trevas, mas, agora, sois a luz no Senhor: andai como filhos da luz.

O que nos diz o Micrólogo sobre a luz nas missas?

R. Afirma que nós nunca celebramos a missa sem luz, não para dissipar o escuro, visto que é dia, mas para figurar e anunciar a luz eterna e divina cujos sacramentos e gloriosos mistérios celebramos.

Haveria ainda algum outro motivo para se acender luzes durante a Missa?

R. Sim. A Igreja acolhe também este costume por sua relação ao espetáculo testemunhado por S. João no céu, quando viu o Filho do Homem entre sete candelabros de ouro. Os círios acesos nos advertem que devemos nos comportar como filhos da luz com a prática de atos de caridade, de justiça e de verdade.
 PREPARAÇÕES INTERIORES
Preparação particular dos sacerdotes indicadas nas rubricas

Que significa o termo ‘rubrica’?

R. Deu-se o nome de ‘rubrica’ às observações escritas em letras vermelhas no sacerdotal, texto utilizado pelos sacerdotes como preparação da Santa Missa, e no próprio Missal. Esta expressão vem do antigo direito romano, cujos títulos, regrasou decisões principais, eram escritas com caracteres em vermelho (rubro). As rubricas da Missa prescrevem o modo de recitá-la, para que fossem mais facilmente distinguidas no texto.

Quando foram ordenadas as rubricas do Missal?

R. No final do século XV, pelo mestre de cerimônias Burcard, durante o pontificado dos Papas Inocêncio VII e Alexandre VI, sendo impressas pela primeira vez no Missal em 1485, em Roma, e no sacerdotal alguns anos depois, sob o pontificado de Leão X. Posteriormente, durante o Concílio de Trento, em 1570, o Papa S. Pio V reordenou e distribuiu as rubricas nos títulos do Missal.

Que prescreve a rubrica no sacerdotal?

R. A primeira prescrição aos sacerdotes é que eles devem se confessar caso seja necessário.

Por que essa regra?

R. Porque ela é consequência direta do preceito do apóstolo que disse: quem comer o pão da vida e beber o cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo; ou seja, o sacerdote deve estar em estado de graça, que é também prescrito a todos as fiéis para receberem o sacramento da Eucaristia. O estado de graça não abrange somente a disposição do sacerdote e dos fiéis, mas também inclui o discernimento conveniente entre o corpo de Nosso Senhor e o alimento que a providência concede indistintamente a justos e pecadores.

Qual é a segunda rubrica para a preparação do sacerdote?

R. Ela prescreve também que o sacerdote deva ter rezado pelo menos as matinas e as laudes, conjunto de orações do ofício noturno e da manhã.

Por que se exige dos sacerdotes pelo menos tais orações antes da Missa?

R. Sempre foram feitas longas orações vocais antes da Missa para excitar aqueles desejos que, como diz Sto. Agostinho na Epist. ad Probam, produzem mais efeito quanto mais se animam. Este costume, que é a preparação remota do santo sacrifício, remonta à antiguidade, pois já no século VI sabemos que Sto. Atanásio celebrava as vigílias na igreja quando teve que partir para o desterro. O motivo da celebração deste ofício, praticado por Sto Atanásio, é que ele devia recitar na igreja a Sinaxe, ou seja, a assembléia para o sacrifício, costume que ainda conserva resquícios em certas catedrais em que será celebrada Missa solene.

Por que a rubrica estabelece explicitamente a condição ‘pelo menos’?

R. Pelo menos, porque se a Missa é celebrada mais tarde exige-se então a recitação dos demais ofícios decorridos entre laudes (5h da manhã) e a Missa.

Que outra rubrica é prescrita ao sacerdote antes da Missa?

R. Outra rubrica ordena ao sacerdote aplicar algum tempo à oração. De fato, não basta a oração pública: a oração mental deve sempre estar unida à oração vocal.

Que considerações deve fazer o sacerdote nessa preparação?

R. O sacerdote deverá considerar:
A – a excelência e a majestade dos mistérios dos quais ele será o ministro, e sua profunda indignidade em celebrá-lo;
B – dirigir sua atenção à oferenda do santo sacrifício e levar a este trono de misericórdia a mais viva fé, a pureza mais escrupulosa e o amor mais ardente a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Antigamente, em algumas catedrais em que seriam celebradas missas solenes com a presença de grande número de assistentes, o celebrante passava a semana anterior em retiro, para que essa contrita preparação não fosse perturbada pelo movimento natural e ruído das pessoas.

Quais eram as orações marcadas pela rubricas?

R. Havia muita variedade. Assim, no século X, o sacramental de Tréveris, indica os três primeiros salmos, seguidos da ladainha aos santos. No século XI, o Micrólogo indica os quatro primeiros salmos, como se encontram nos missais e breviários. A Igreja deixa à devoção de cada sacerdote a escolha das orações para sua preparação, para alimentar melhor sua fé e a sua piedade.
 PREPARAÇÕES EXTERIORES

Qual é o primeiro dever exterior do sacerdote?

R. O sacerdote deve preparar o que deverá ler no Missal, para entendê-lo e recitá-lo melhor, bem como para evitar enganos que poderão prejudicar a atenção e o acompanhamento dos assistentes, fazendo-os cansar, ao procurar a correta sequência do texto.

Que outro ato externo o sacerdote deve cumprir como preparação à celebração do santo sacrifício da Missa?

R. Antes do sacrifício, o sacerdote deve lavar suas mãos na sacristia, regra seguida em todas as épocas e povos. A lei antiga (Ex. 30, 18) a determinava expressamente, e os cristãos jamais a descuidaram, como recomendavam S. Cirilo e S. Crisóstomo. Além disso, S. Cesáreo ordenava a todos os participantes que lavassem suas mãos para receber a eucaristia, como respeito ao santo sacrifício.

Que visava a Igreja ao prescrever aquela ablução?

R. A Igreja prescrevia lavar as mãos como sinal externo da pureza interior necessária para entrar no santuário, como pede a oração pronunciada durante aquele ato: “Senhor, tornai minhas mãos puras, para que eu possa servir sem mancha alguma corporal ou espiritual.”

Que mais é prescrito ao sacerdote como preparação externa do santo sacrifício?

R. O sacerdote deve preparar o cálice como observa a rubrica do Missal.

Como deve ser o cálice?

R. O cálice deve ser uma taça de prata, dourado, consagrado pelo bispo e que serve para a consagração do vinho em sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Em que consiste a preparação do cálice?

R. Esta preparação consiste em ordenar:
A – o cálice, que deverá ser bem lavado e secado;
B – o purificatório, isto é, o lenço que cobre o cálice, que serve para enxugar e purificar no altar as taças do sacrifício, e que é como um pano sagrado da mesa divina;
C – a patena, pequena bandeja arredondada, de prata dourada, consagrada como o cálice, na qual será colocada a Hóstia, corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo; ela é disposta sobre o cálice e sobre o purificatório;
D – o pão, também chamado de hóstia ou vítima, que é a matéria destinada a converter-se no corpo do nosso Salvador; este pão, de farinha sem levedura, de forma redonda e fino, coloca-se inicialmente na patena que é coberta pela palio, lenço bento, para cobrir o cálice durante a Missa, evitando, assim, que nada caia dentro dele. A palavra pallia, vem de pallium, que significava capa ou cobertura;
E – o pano que cobre todo o cálice, do mesmo tecido e cor dos paramentos;
F – finalmente, a bolsa que se coloca sobre o altar, à esquerda do cálice, que contém o lenço sagrado, denominado corporal, termo oriundo da palavra latina corpus, que é o quarto pano estendido para receber o corpo de Cristo e as partículas que poderiam eventualmente se desprender da hóstia consagrada.
Após essa preparação, o sacerdote e seus auxiliares se revestem com os paramentos específicos para rezar a Missa.

Por que há variedade de cor nos paramentos do sacerdote, dos seus auxiliares, e na ornamentação do altar, no decorrer do ano?
R. Assim como acontece nas comemorações civis, que são realizadas com diferentes trajes conforme sua natureza, assim também nas comemorações religiosas os fiéis usam de ornamentos específicos na celebração do mais santo dos mistérios. Isso para melhor demonstrar aos fiéis, através da sensibilidade, a particular natureza da comemoração: dias festivos, como o Natal, a Páscoa, com paramentos claros; comemorações fúnebres, como as da Paixão, com paramentos pretos, ou seja, para realçar exteriormente o brilho ou a gravidade das funções divinas.

Quem estabeleceu os paramentos para as funções divinas?

R. Foi o próprio Deus, no antigo Testamento, quem determinou os diferentes vestuários sagrados que deveriam ser utilizados pelos ministros conforme a natureza do culto a ser prestado. S. Jerônimo, ao comentar o que diz Ezequiel sobre o culto divino:
“Não devemos entrar no Santo dos Santos, nem celebrar os sacramentos do Senhor trajando roupas comuns de uso diário… A religião divina tem um traje para o ministério e outro para o uso comum”.

É absolutamente necessário, para a celebração dos santos mistérios, o brilho externo dos paramentos sacerdotais e ornamentos do altar?

R. Evidentemente, não, pois não há dúvida alguma que os santos mistérios, infinitamente grandes em si, não necessitam de nenhum brilho externo. Assim, por exemplo, no tempo das perseguições o santo sacrifício era oferecido com uma consciência pura da sua natureza, sem o uso de paramentos específicos, devido às circunstâncias extremamente perigosas para os cristãos. Porém, os homens precisam de sinais externos, visíveis e sensíveis, para lembrá-los interiormente da grandeza invisível dos mistérios.

Por que a Igreja utiliza paramentos e ornamentos extremamente ricos?Não bastariam o asseio corporal e a simplicidade dos paramentos?

R. A Igreja nunca receou celebrar os mistérios com majestade e riqueza porque tudo o que é excelso e valioso no mundo, vem de Deus e deve ser consagrado para sua glória, conforme afirmou o profeta “O ouro e a prata me pertencem, diz o Senhor”, (Ageu, 2-9) representando a glória do templo do Desejado pelas nações.
Além disso, há inúmeras passagens na Sagrada Escritura nos revelando como o próprio Deus determinou paramentos específicos e ricos para as diversas cerimônias, bem como o uso de ouro e prata nos ornamentos do Templo, como, por exemplo, Êxodo, 28 / 38 /39; I Reis 9 ; II Crônicas 3 e 5; Esdras 8; Malaquias 3, etc.
Por isso a Igreja logo ergueu e adornou também ricamente templos tão grandiosos, majestosos tão logo os imperadores e reis abraçaram ou deram liberdade ao cristianismo.

Há registros históricos desses acontecimentos?

R. Sim, e muitos, como por exemplo:
A – lemos em Teodoreto que o imperador Constantino deu a Macário, bispo de Jerusalém, uma túnica tecida em ouro para que ele a usasse ao ministrar o sacramento do Batismo;
B – Optato de Mileva escreveu que o imperador enviou muitos ricos ornamentos para as igrejas;
C – S. Gregório Nazianzeno realça o brilho dos paramentos dos sacerdotes;
D – Eusébio, bispo de Cesárea (313), fala dos paramentos dos bispos como de trajes que os enobreciam;
E – o sacerdote Nepociano tinha tanto respeito e estima pela túnica que usava para oferecer o santo sacrifício, que a deixou por testamento a S. Jerônimo.

Como foi estabelecido o traje específico do sacerdote para a celebração da Missa?

R. Inicialmente, o uso de traje específico para a Missa foi observado por devoção. Posteriormente, os Papas e os Concílios ordenaram aos sacerdotes de celebrarem o santo sacrifício somente com paramentos consagrados para esta santa ação, e proibiram, sob severas penas, de servirem-se deles para o uso comum.

Por que os paramentos da Missa devem ser abençoados pelo bispo?

R. Para mostrar claramente o elevado e único fim a que são destinados.

Como era a benção dos paramentos da santa Missa?

R. Segundo a liturgia de S. Jerônimo, os gregos os abençoavam cada um em particular, com o sinal da cruz, acompanhado de oração específica, sempre que os vestiam. Assim também faziam os latinos antigamente, e ainda nos nossos dias dizem orações semelhantes todas as vezes que os impõem.

Como eram, inicialmente, os paramentos utilizados pelos sacerdotes?
R. No início os paramentos eram semelhantes ao vestuário comum, mas, como estes sofreram algumas mudanças, assim também os paramentos sagrados passaram por alterações, sendo hoje bem distintos uns dos outros.

Que é preciso analisar para se entender os paramentos utilizados atualmente?
R. Para uma visão mais profunda dos paramentos é preciso estudar sua origem, as alterações que foram estabelecidas tanto para o asseio como para a comodidade, os objetivos da Igreja em ordenar e regulamentar seu uso, e as orações pronunciadas pelos sacerdotes ao vesti-los.

Quais são as peças dos paramentos sacerdotais para a celebração da Missa?

R. As peças dos paramentos para a celebração da santa Missa são:
1 – O amito;
2 – A alba;
3 – O cíngulo;
4 – O manípulo;
5 – A estola;
6 – A casula;
7 – A estola dos diáconos;
8 – A dalmática;

O que é o amito?

R. Amito, originário da palavra latina amicere, que significa cobrir, é um lenço introduzido no século VIII para cobrir o pescoço, preservar a voz e consagrá-la ao Senhor para cantar seus louvores. Em Roma, no século X, foi considerado como um capus que ficava cobrindo a cabeça do sacerdote enquanto este se paramentava, e o deixava cair sobre seu pescoço imediatamente antes de começar a Missa.

Qual é o procedimento atual do sacerdote ao vestir o amito?

R. O sacerdote toma o amito e pronuncia as seguintes palavras: “ Colocai Senhor o capacete da salvação em minha cabeça.” Segundo o missal romano, embora o amito seja colocado na cabeça e imediatamente no pescoço, o sacerdote deve sempre lembrar-se do sinal que ele indica, como sendo o capacete e a armadura contra os ataques do demônio e de guarda da sua voz. A partir de então, entrar em profundo recolhimento e guardar o mais rigoroso silêncio para celebrar o santo sacrifício.

O que é a alba?

R. A alba, assim chamada devido à sua cor branca, era uma larga túnica de linho usada por pessoas distintas, no Império Romano.

Por que a Igreja passou a usá-la como paramento litúrgico?

R. Como explica S. Jerônimo (Adv. Pelag., 1, 1), a Igreja passou a usá-la para indicar a dignidade da casa de Deus, e porque sua cor branca simboliza a suma pureza dos que seguem na terra o cordeiro sem mancha, e no céu, os anjos, representados e revestidos também com túnicas brancas.

Que oração acompanha o vestir a alba?
R. Ao vestir a alba, o sacerdote pede a Deus para torná-lo branco (puro) no sangue do cordeiro e merecer participar das alegrias celestiais.

Que é o cíngulo?

R. O cíngulo é um cinto em forma de cordão com que o sacerdote cinge a cintura, pedindo a Deus que coloque um cinto em seus rins, para conservar sua pureza.

Que é manípulo?

R. Manípulo, originário do termo mappula, significa pequeno lenço, chamado também de sudarium (enxugar o suor), na França e Inglaterra. Da palavra mappula se formou o termo manípula, encontrado nos antigos pontificais do século IX, ainda que é verossímel também que aquele termo tenha sua origem na palavra manus, mão, porque se usava preso ao braço ou à mão esquerda.

Qual sua função no paramental litúrgico?

R. O manípulo substituiu o orarium, ou a estola, quando esta não serviu mais para enxugar o pescoço e o rosto. Com o passar do tempo, o manípulo passou a ser cada vez mais ornamentado, e no século XII já não servia mais para a sua finalidade original. Assim, a partir de 1195, o cardeal Lotário, futuro papa Inocêncio III, fala do manípulo, não mais para enxugar o corpo, mas para enxugar a alma e o coração, para afastar o temor dos trabalhos, suores e lágrimas evangélicas e infundir o amor às boas obras.

Com que oração o sacerdote o veste hoje?

R. Há mais de seiscentos anos os sacerdotes repetem a seguinte oração ao vestir o manípulo: “Mereça eu, Senhor, usar o manípulo das dores e lágrimas para receber com alegria a recompensa do trabalho”. Essa oração se fundamenta no Salmo 125, 6: “Os que semeiam entre lágrimas, com alegria ceifarão. Vão andando e choram, levando as sementes para espalhar. Quando voltarem, virão com alegria, trazendo os seus punhados.” Manípulos, no Salmo, significa também feixes, punhado.

O termo manípulos, neste Salmo, tem outros sentidos?
R. Sim. No Salmo acima há dois significados para aquela palavra: o primeiro, indica o punhado que carregavam nas mãos ao partirem para a semeadura; o outro, do punhado que os colhedores traziam ou o seu fruto.

Que simbolizam esses dois significados?

R. Que neste mundo se planta com trabalho e sofrimentos; e que no outro, se carrega com alegria os frutos daquele trabalho, para o qual a Igreja nos anima.

Que é a estola?

R. Estola, antigo orarium, era um lenço grande e fino, usado por pessoas abastadas para enxugar o rosto. Geralmente, era utilizado por pessoas que falavam em público (daí o termo orare, oratio, significando discurso) e, por isso, era levado também pelo bispo, pelo sacerdote e pelo diácono, nunca, porém, pelos ministros das ordens menores que não tinham o poder de anunciar a palavra de Deus.

Quando passou a ser empregado, nos moldes de hoje, como paramento pela Igreja?
R. Embora, pela tradição ele tenha sido sempre empregado na Igreja, desde o século VI há muitas pinturas relativas à Igreja grega e à latina em que se nota a estola, de seda e larga, como usada nos nossos dias. A Igreja sempre a viu como um traje de honra e de autoridade espiritual.

Com que oração o sacerdote veste a estola?

R. O sacerdote veste a estola com a seguinte oração: “Dai-me, Senhor, a túnica da imortalidade que perdi pelo pecado com a queda do nosso primeiro pai”.

Que é a casula?

R. Casula era um grande manto redondo, muito largo, com uma abertura para passar a cabeça, cobrindo todo o corpo, traje comum que todos os homens usavam como manto, durante os sete primeiros séculos da era cristã. Depois o povo deixou de usá-la, sendo
conservado somente pelas pessoas consagradas a Deus, como último paramento vestido pelo sacerdote para celebrar a santa Missa.

Há quanto tempo os sacerdotes utilizam a casula para a celebração da Missa?

R. Há mais de mil anos a Igreja entrega a casula aos sacerdotes ao ordená-los, como traje específico para oferecer o santo sacrifício.

Que simboliza a casula?

R. A casula simboliza a caridade que deve cobrir o sacerdote o jugo amável de Nosso Senhor Jesus Cristo que o sacrificador deve realizar com graça e alegria. A casula tem a cruz desenhada às costas.

Que oração recita o sacerdote ao vestir a casula?

R. A casula traz desenhada às costas a cruz. O sacerdote, que deve fundar sua glória em levar a cruz de Cristo, ao vestir a casula, diz: “Senhor, que dissestes: meu jugo é suave e meu peso é leve, fazei que eu o porte de modo a merecer a sua graça”.

O que é a estola dos diáconos?

R. Os diáconos, que auxiliam ao sacerdote no altar durante a celebração da santa Missa, além do amito, da Alba, do manípulo e do cíngulo, vestem uma estola própria, e a dalmática.

Qual a origem dessa estola?

R. A estola dos diáconos teve a mesma origem da estola dos sacerdotes; um lenço fino e largo, colocado sobre o ombro esquerdo, assim como era usado pelos servidores romanos em suas festas solenes. S. Crisóstomo dizia que as pontas da estola dos diáconos flutuantes ao vento imitavam as asas dos anjos, e representavam a sua atividade (Hom. De filio pródigo). O IV Concílio de Toledo, em 633, determinou aos diáconos que só usassem um orarium no ombro esquerdo e, prendendo as extremidades no lado direito, sob a dalmática.

Que era a dalmática?
R. Era uma túnica com mangas curtas e próprias para facilitar os movimentos dos que a usavam.

Qual a origem da dalmática?

R. A dalmática era um vestuário usado na Dalmácia, daí seu nome; foi introduzida em Roma no século II.

Como Sto. Isidoro considerava a dalmática?

R. Sto. Isidoro, no século VI, considerava a dalmática como veste sagrada, branca e adornada com bainhas em púrpura. Por isso ela se tornou um traje solene, devendo inspirar uma santa alegria, conforme a expressão do pontifical (De ordin. Diac.). Além da dalmática, os diáconos usam também a estola.

Por que os sacerdotes e ministros devem usar tais paramentos?

R. Tais paramentos são utilizados pelos sacerdotes e ministros para atender os desejos da Igreja de se revestirem de justiça (Ps 131), ou seja, do conjunto de virtudes convenientes ao seu ministério.

Qual deve ser o vestuário dos fiéis durante a celebração do Santo Sacrifício da Missa?

R. A Igreja recomenda aos fiéis que devem se aproximar daquelas virtudes próprias do sacrifício que oferecem através do celebrante a Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, o amito deve lembrá-los da decência dos vestidos e do recolhimento e do silêncio na casa de Deus; a Alba e o cíngulo, devem lembrar a pureza e a modéstia; o manípulo lembra a santa vida e as boas obras da fé que devem unir à santa vítima; a estola, a dignidade da sua vocação que convida a sacrificar na terra e a reinar no céu; a casula, lembra o fogo da fé e da lei de Deus com que devem subir ao altar e de praticar no mundo todos os atos da sua vida; enfim, o vestuário deve mostrar para a alma a grandeza do sacrifício, o seu tempo de preparação e a abundância de frutos que dele devem usufruir.

Por que os paramentos são de diferentes cores?

R. As cores também devem acompanhar o estado de espírito com que a Igreja celebra as diversas festividades. Assim, já no início do século IV, a cor era a branca, pelos mesmos motivos expostos quando tratamos da Alba, e algumas vezes se usou a cor vermelha, ou a púrpura, que entre os gregos era sinal de luto. O branco indicava a pureza do cordeiro sem mancha, e a púrpura, o luto. Usava-se o branco nas solenidades e festas comuns, e o vermelho nos dias de jejum e nas cerimônias fúnebres.
Porém, logo se passou a usar a cor preta para simbolizar o luto, a exemplo do patriarca Acácio de Constantinopla que, para demonstrar a aflição e a dor que sentira pela promulgação do edito do imperador Basilisco contra o Concílio de Calcedônia, se cobriu de preto e revestindo assim também o altar e a cátedra patriarcal.

Além das cores branca e vermelha, que outras cores a Igreja latina utilizava?
R. Além daquelas cores, a Igreja latina utilizava também paramentos azuis para que os fiéis pensassem no céu, como dizia Ivon de Chartres. No século XII, porém, a Igreja latina passou a usar paramentos em cinco cores diferentes para celebrar comemorações específicas.

Quais foram as cinco cores utilizadas usadas pela Igreja latina após o século XII?

R. Foram as seguintes cores: branca, vermelha, verde, violeta e preta.

Que significado tinha cada uma daquelas cores?

R. Cada cor era usada para lembrar aos fiéis as diversas disposições da alma segundo a natureza da festividade comemorada. Assim, cada cor significava:
1- Branca: simbolizava a alegria, o brilho e a pureza; utilizada nos dias comemorativos dos mistérios gozosos e gloriosos de Nosso Senhor Jesus Cristo, nas festas dedicadas à Nossa Senhora e à maior parte dos santos;
2- Vermelha: lembrava o espírito de sacrifício, a efusão do sangue, o ardor da caridade; usada na Sexta-feira Santa; no dia de Pentecostes, na festa dos Apóstolos e dos mártires;
3- Verde: indicava aos fiéis a fecundidade do campo e da riqueza proveniente das ações espirituais; utilizada a partir do domingo da Santíssima Trindade até o Advento;
4- Violeta: símbolo da penitência; usada no tempo do Advento, da Sexagésima (60 dias antes da Páscoa) e da Quaresma;
5- Preta: como sinal de luto da Igreja e dos seus filhos, no tempo da Paixão e nas Missas fúnebres.

Por que os ornamentos dos paramentos litúrgicos são sempre dourados?

R. Os ornamentos dos paramentos são sempre dourados pois esta cor figura todas as classes de cores.

Que lição fundamental a Igreja nos dá através dos seus diversos paramentos litúrgicos?

R. Qualquer que seja o costume estabelecido nesse campo, devemos sempre acatar e reverenciar a Igreja como a esposa de Nosso Senhor Jesus Cristo, de quem se escreveu: “A rainha está à vossa direita, adornada com admirável variedade”.

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