Dia de Finados ou Fiéis Defuntos – 02 de novembro
O Dia de Finados ou Dia dos Fiéis Defuntos é o dia da celebração da vida eterna das pessoas que já faleceram, de acordo com a Igreja
É celebrar essa vida eterna que não vai terminar nunca. Pois, a vida cristã é viver em comunhão íntima com Deus, agora e para sempre.
Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos; costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio.
No século 4º, já encontramos a Memória dos Mortos na celebração da missa. Desde o século 5º, a Igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava. Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos.
O fundamento de nossa fé é a ressurreição de Jesus Cristo. O texto do evangelho é parte do capítulo 11 do evangelho segundo João, que podemos caracterizar como sendo uma catequese sobre a ressurreição. Com a chegada de Jesus, Marta vai ao seu encontro, enquanto sua irmã Maria permanece sentada. Marta se destaca do grupo, formado pela irmã e pelos judeus, caracterizado pelo luto.
Deixando o grupo para ir ao encontro do Senhor, Marta se dissocia do luto e se coloca do lado do Senhor dos vivos. Diante de Jesus, ela se coloca como uma mulher de fé que confia em Jesus.
A intervenção confiante de Marta é constituída de uma dupla fórmula: a presença de Jesus teria livrado o seu irmão da morte e a presença de Jesus permite reavivar toda a esperança.
“Teu irmão ressuscitará”, diz Jesus. Diante disso, Marta afirma a sua adesão ao credo do judaísmo sobre a ressurreição. Mas, ante a nova afirmação de Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida”, ela supera a fé judaica, para professar: ”Eu creio”.
No dia em que celebramos os mortos, tudo fala de vida, de modo que podemos afirmar, com toda a certeza e alegria, que morrer é viver. A razão disso tudo é a pessoa de Jesus Cristo, morto e ressuscitado, primeiro fruto dentre os que ressuscitam dos mortos, nosso irmão mais velho e vencedor da morte.
De algum modo, a ressurreição de Jesus foi sendo preparada na fé e na esperança do povo, em meio ao qual está o autor do livro da Sabedoria. Ela afirma que a luta do justo pela justiça é cheia de imortalidade. Jesus, aquele para quem a morte não interrompe o amor, por amar sem limites e sem barreiras toda a humanidade representada por Lázaro, ressuscita-o: “Lázaro, saia para fora!”
Ele nos convida a entrarmos nessa ciranda da vida que vence a morte, desamarrando todos os que estão impedidos de viver. São Paulo rompe o circuito fechado do fatalismo, apontando para o horizonte luminoso para onde caminha toda a humanidade.
Jesus diz: “Eu vou preparar a ceia na casa do Pai”. É uma maneira de nos dizer que o nosso lugar estará preparado na vida eterna que, embora não possamos ainda entender, será uma vida bem melhor do que esta.
No mundo, estamos como que num estágio para alcançarmos, por meio de nossas atitudes e ações, o nosso lugar definitivo no Reino dos Ceus.
Que nossos entes queridos, que já se foram deste mundo, encontrem o seu lugar, preparado por Cristo na casa do Pai. Amém.