Diretor nega que filme sobre Papa Francisco será religioso
"Chama-me de Francisco" (em livre tradução do italiano), filme de Daniele Luchetti sobre a vida de Jorge Mario Bergoglio, "não será um filme religioso, mas sobre uma pessoa para quem a religião foi motivo de vida, esperança e força", disse o diretor.
Luchetti, conhecido por "Meu irmão é Filho Único" (2007), ainda disse que não quis se encontrar com o Papa, que será interpretado por Rodrigo de La Serna, de "Diários de Motocicleta", antes da filmagens para não ser influenciado por sua personalidade como é hoje.
"A primeira vez que prestei atenção em Bergoglio foi quando disse aquela frase sobre os gays". Ao voltar de uma viagem ao Brasil, em 2013, o papa Francisco disse a jornalistas: "Quem sou eu para julgar os gays", causando polêmica em todo o mundo.
"Fiquei comovido, pois entendi que a esta abertura da Igreja se seguirão outras igualmente fortes", apontou.
O produtor Pietro Valsecchi explicou, que Bergoglio não será mostrado como "um santinho" durante a juventude.
"O desafio é ir além de uma figura já quase santificada para relatar o ser humano e os pontos de inflexão de sua vida".
A produção, que deve chegar aos cinemas no final do ano, está sendo rodada em Roma. Após 17 semanas, filmagem será encerrada no próximo mês, depois de passar por locações como Buenos Aires e o interior argentino e Alemanha.
"Era importante lançar a obra pouco antes do Jubileu e do aniversário do Papa", ambos em dezembro, acrescentou Valsecchi.