Fundação do Vaticano para a América Latina adota critérios mais rígidos na avaliação de projetos
A fundação do Vaticano para a América Latina, ‘Populorum Progressio’, passou a adotar critérios mais rígidos na avaliação dos projetos, recusando, por exemplo, despesas como “veículos de representação”.
A informação foi adiantada ao jornal da Santa Sé, ‘L’Osservatore Romano’, pelo subsecretário do Conselho Pontifício ‘Cor Unum’, organismo que coordena a ação caritativa e social na Igreja Católica.
Monsenhor Segundo Tejado Muñoz, a decisão surge por causa da atual crise económica mundial e como resposta aos pedidos de austeridade por parte do Papa Francisco.
“Queremos estar seguros de colocar o pouco de que dispomos nas mãos certas para a realização do projeto”, precisa.
A fundação foi instituída pelo Papa João Paulo II em fevereiro de 1992, ano que coincidiu com o 5.º centenário da evangelização do continente americano.
Um total de 170 projetos foi financiado nos últimos 12 meses pela ‘Populorum Progressio’: 27 na Colômbia, 22 no Brasil, 16 na Bolívia, 15 no Peru e ainda na Argentina, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
Cada projeto recebe um montante máximo de 15 mil dólares (cerca de 11 mil euros) e os custos com as despesas administrativas não superam os 4,5 por cento do total, valor que o Vaticano diz estar muito abaixo do que é habitual nos casos de ONG.