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Homilia do Papa: Não somos faquires. O esforço que fazemos somente abre a porta ao Espírito Santo

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“O esforço do cristão é propenso a abrir a porta do coração ao Espírito Santo”. Este foi o fio condutor da homilia do Papa na Missa celebrada nesta quinta-feira (22) na capela da Casa Santa Marta. Em sua reflexão, Francisco destacou que a conversão para o cristão "é uma tarefa, é um trabalho de todos os dias", que leva ao encontro com Jesus. Por isso, ele deu o exemplo de uma mãe com câncer que faz de tudo para combater a doença.

Inspirado na Carta de São Paulo aos Romanos, Francisco indicou que para passar do serviço da iniquidade à santidade, devemos nos esforçar todos os dias. “São Paulo usa a imagem do atleta, pessoa que "treina para se preparar para o jogo e faz um grande esforço". "Mas se essa pessoa faz todo esse esforço para ganhar um jogo, então, nós que devemos obter a grande vitória do Céu, o que devemos fazer?", questionou o Papa, lembrando que São Paulo nos exorta a prosseguir nesse esforço.

“Padre, podemos pensar que a santidade vem do esforço que eu faço, assim como a vitória do atleta vem por causa do treinamento? Não. O esforço que nós fazemos, este trabalho cotidiano de servir ao Senhor com a nossa alma, com o nosso coração, com o nosso corpo, com toda a nossa vida somente abre a porta ao Espírito Santo. É Ele quem entra em nós e nos salva! Ele é o dom em Jesus Cristo”, reiterou Francisco. “Caso contrário, nos assemelharemos aos faquires: não, nós não somos faquires. Nós, com o nosso esforço, abrimos a porta”.

O Papa também reconhece que é uma tarefa difícil "porque a nossa fraqueza, o pecado original e o diabo sempre nos levam para trás". O autor da Carta aos Hebreus, acrescentou Francisco, “nos adverte contra esta tentação de retroceder”, de “regredir, de ceder”. É preciso “ir avante sempre: um pouco a cada dia” mesmo “quando existe uma grande dificuldade”.

Ao concluir, Francisco contou a história de uma jovem mãe que ele encontrou alguns meses atrás. “Jovem, mãe de família – uma bela família – que tinha um câncer. Um câncer feio. Mas ela vivia com felicidade, agia como se estivesse saudável.

E falando desta atitude, me disse: ‘Padre, faço de tudo para vencer o câncer!’. Assim deve ser o cristão. Nós que recebemos este dom em Jesus Cristo e passamos do pecado, da vida de injustiça à vida do dom em Cristo, no Espirito Santo, devemos fazer o mesmo. Um passo a cada dia. Um passo a cada dia”.

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