IGREJA CATÓLICA NÃO TEM PARTIDOS, TEM REGRAS – ARTIGO ESCRITO PELA CATEQUISTA MÔNICA ROMANO
Quem não ficou chocado com as cenas da Missa ocorrida na Paróquia dos Santos Mártires em Campo Limpo, zona sul de SP, em plena solenidade de Nossa Senhora Conceição Aparecida? Creio que apenas os protagonistas de tal evento, ou seja, os candidatos à presidência, e o padre Jaime Crowe.
Mas espanta também o número de católicos que se fazem de sonsos e não viram nada demais no ato deles. Declaradamente e publicamente comunistas e ateus, receberem o Corpo de Cristo. Neste país a posição politica já beira o irracional.
Mas não é de hoje que partidos comunistas / socialistas, tomaram as bases da Igreja, o próprio Lula, disse em entrevistas que as CEBs , (Comunidade Eclesial de Base), serviram de trampolim para que ele fosse alçado ao meio politico. As CEBs, principal braço da Teologia da Libertação, que tem em seu expoente, Frei Beto e Leonardo Boff, lembrando que esta teologia já foi condenada por São João Paulo II, e proibida de falar em nome da Igreja.
Mas como obedecer só serve para os fiéis, existem padres que insistem com isso. Não é em vão que o blogueiro Bernardo Kuster, está para lançar o filme/documentário intitulado “Eles Estão no Meio de Nós”, para que o povo saiba o quão maléfico são os efeitos desta teologia que corrói a fé.
Ainda falando no ato ocorrido, muitas foram as heresias ocorridas na missa, e não digo que a presença dos candidatos seja errada, porque não é, a Igreja está aberta a receber qualquer pessoa que seja, o fato é que, era dia de Solenidade à Mãe de Deus, uma Missa por si só apenas Cristo é objeto de toda atenção, não era o padre e muito menos aqueles convidados, qualquer padre minimamente compromissado com a fé católica, sabendo da visita de tais convidados e seus precedentes, deveria tê-los instruídos a não entrar na fila de comunhão e receber indignamente o Corpo de Cristo, pois isso causaria , como causou, escândalo aos fiéis.
“Não damos motivo de escândalo a ninguém, em circunstância alguma, para que o nosso ministério não caia em descrédito”. 2 Co 6,3.
Imagine você, fiel, que é praticante da fé, batizado, que todos os anos renova seu contrato batismal, se esforça para superar seus pecados, quando cai, se arrepende, busca o sacramento da Reconciliação para voltar estar em Comunhão com Cristo, carrega sua cruz diária, é obediente à fé, vê uma pessoa que cospe no rosto de Cristo, defende tudo o que a Igreja condena, sabe que o comunismo é inimigo da Igreja, sabe que aquela pessoa zomba de nossa fé, sequer sabemos se ela é batizada, está lá , na fila de comunhão para receber o que nos é mais caro. É revoltante, e no fim a única coisa que temos do Bispo, é uma nota de advertência ao padre que sabemos é reincidente.
Ao passo que, sabemos também que muitos Bispos proibiram outros e até perseguem padres que ousam falar sobre candidatos e políticos em suas Missas, mas nada fazem com aqueles que insistem em tornar o altar palanque de candidatos sabidamente contrários á fé. Ou seja, dois pesos, duas medidas.
É deve e de todo fiel cristão, se envolver em politica, é dever de todo fiel cristão analisar com correção todas as propostas dos candidatos, pois além de fiéis somos cidadãos e somos responsáveis pelos acontecimentos em nossa sociedade.
A Igreja não tem partidos, mas têm regras que todos devem cumprir, do padre ao fiel. Não deve indicar em qual candidato votar, mas deve orientar quais são as regras para que o fiel tome a decisão mais coerente com aquilo que acredita.
Para o fiel que não sabe, o Catecismo da Igreja Católica não é contra a legítima defesa da vida através da arma de fogo. Porque toda a vida é importante para nós, inclusive a nossa mesma, temos o dever de nos defender, mesmo que seja eliminando àquele que tenta contra nossa própria vida.
O que não devemos fazer vista grossa é para o comunismo que defende uma vida sem Deus, onde Deus sequer tem lugar, para partidos que sabidamente são corruptos e esmagam a possibilidade do pobre se manter, para partidos que sabidamente são favoráveis ao aborto, pois defendemos qualquer vida, da concepção à morte, para partidos que querem destruir a família planejada por Deus, seja por politicas de promoção ao divórcio, orientação sexual e doutrinação estatal. Por fim, por partidos que querem tomar o lugar de Deus e serem “adorados” como o bode de ouro no deserto.
Nunca em minha vida vi eleições tão distintas, e tão distintamente vi, como alguns padres e fiéis estão “adorando” um deus diferente do que é devida toda adoração. Por isso, assim como temos que fazer nossa analise de consciência ao nos confessarmos, façam também esta análise ao ir as urnas votar.
E rezemos para que nossa Igreja seja limpa deste mal que se chama teologia da libertação, que nossa libertação seja nos vermos livre dela.
Mônica Romano é catequista em Belo Horizonte, Minas Gerais, e colaboradora do portal "Catolicismo Romano".