Igreja vai beatificar bispo sírio-católico, martirizado durante o genocídio assírio
No próximo sábado (29), o bispo sírio-católico Flaviano Michele Melki, martirizado durante o genocídio assírio, será proclamado beato durante uma liturgia solene no convento patriarcal de Nossa Senhora da Libertação, em Harissa, no Líbano.
Presidida pelo patriarca sírio-católico, Ignatius Youssef III, a cerimônia também contará com a presença de líderes de outras igrejas cristãs orientais. O decreto de beatificação, assinado pelo papa Francisco, será lido pelo cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.
Melki foi assassinado no dia 29 de agosto de 1915, em Djezireh, na atual Turquia, durante os massacres contra armênios e comunidades cristãs por parte dos chamados "Jovens Turcos". Em abril passado, uma missa do Pontífice pelo centenário do genocídio iniciou uma crise diplomática com Ancara, que não reconhece a matança.
Nascido em 1858, o futuro beato foi ordenado bispo em 1913 e sempre viveu em extrema pobreza, chegando até a vender suas vestes litúrgicas para ajudar os mais necessitados. Em 28 de agosto de 1915, foi preso pelas autoridades otomanas e, em seguida, espancado e decapitado por não renunciar à sua fé e aderir ao Islã.