Jovens chineses são impedidos de ver o Papa Francisco
Apesar de ter permitido a passagem do avião papal pelo espaço aéreo chinês, o governo de Pequim impediu a saída de jovens e sacerdotes de seu país para ver o Papa em Seul, na Coreia do Sul.
Segundo o portal AsiaNews, "os padres receberam telefonemas de funcionários do Ministério de Relações Religiosas que os ameaçaram com 'problemas' caso não voltassem rapidamente à sua Pátria. Além da perda de passaporte ou anulação de visto, outros problemas burocráticos para os familiares desses padres poderiam ser aplicadas", informaram fontes sul-coreanas ao Asia News. Já o grupo de jovens barrados na saída do país eram seminaristas de Pequim.
Apesar de não haver dados oficiais, a comunidade chinesa na Coreia do Sul conta com centenas de milhares de pessoas. Destas, ao menos 50 mil são católicas. Da mesma maneira, muitos sacerdotes sul-coreanos prestam serviços na China, sobretudo nas comunidades de coreanos.
Ontem (13), na abertura da Jornada da Juventude em Daejon, não foram vistas bandeiras chinesas entre os jovens. Todavia, de acordo com a AsiaNews, um grupo de 100 chineses conseguiu chegar à Coreia do Sul.
A visita do Papa segue até a segunda-feira (18).
Telegrama para Xi Jinping
Apesar da tensão, o Pontífice – enquanto sobrevoava a China – enviou um telegrama ao presidente chinês, Xi Jinping, expressando a "cordialidade" do mandatário e do povo chinês e pedindo "a divina benção pela paz e pelo bem-estar da nação". O governo chinês ainda não respondeu a mensagem.