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Médicos católicos da Espanha pedem continuidade da defesa dos bebês ainda não nascidos

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A Federação Internacional de Associações de Médicos Católicos (FIAMC) é contrária à mudança da reforma da lei que limita o aborto, "por considerá-la um passo atrás em comparação com a reforma inicial anunciada pelo ministro da Justiça". Por este motivo, os médicos lançaram um comunicado em que expressam uma série de razões para o seu desacordo quanto ao novo anúncio.

Eles explicam, em primeiro lugar, que a Lei Orgânica espanhola de Proteção dos Direitos do Concebido e da Mulher Grávida, tal como anunciada em dezembro do ano passado, "implica uma melhora quanto à lei de 2010, porque volta a considerar o aborto como um delito e retira a sua consideração como direito". Mas "a malformação do feto não pode ser considerada como uma premissa válida para se abortar, porque significa um grave atentado contra as pessoas com deficiências".

A FIAMC aborda ainda a problemática das pressões mercantilistas e ideológicas em favor do aborto e afirma que "foi transferida para a população a ‘necessidade’ do aborto, mas esta ‘necessidade’ não existe, como se verifica em vários países onde o aborto é proibido ou muito restrito".

Os médicos católicos afirmam que "o aborto pode ter graves consequências psicológicas para a mãe". Segundo vários estudos, "observa-se em muitas mulheres que abortaram um estado depressivo e desordens psicológicas diversas", o que é conhecido como “síndrome pós-aborto”. Eles advertem que, embora estes efeitos prejudiciais para a saúde psíquica da mãe não sejam levados em consideração, "eles podem chegar a ser muito traumáticos".

O comunicado indica que em países como a Espanha, com boa assistência obstétrica, "a proibição do aborto não elevaria a mortalidade materna, como às vezes se alega, mas sim ajudaria muitas mulheres a escolherem outras vias de solução para o ‘problema’ de uma gravidez não desejada". A gravidez indesejada, na Espanha, "está muito ligada à incultura da contracepção e da regulação natural da fertilidade", complementam.

Por fim, os médicos da FIAMC reasseguram, com base na própria experiência internacional científica e assistencial durante 60 anos, a tese da não necessidade de uma lei do aborto.

A FIAMC é a Federação Internacional de Associações de Médicos Católicos, nascida do Secretariado Internacional das Sociedades Nacionais de Médicos Católicos, criada em 1966 e formada por cerca de oitenta associações médicas profissionais dos cinco continentes.

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