Artigos/Curiosidades

Purgatório, Sufrágios e Indulgências – Estudo detalhado

Paramentos Litúrgicos

O que é o Purgatório?

Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham assegurada a salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a pureza necessária para contemplar a Deus face a face.

A Santa Igreja, baseando-se na Sagrada Escritura e na Tradição, definiu basicamente nos Concílios de Florença e de Trento o que devemos acreditar sobre este assunto. Trata-se, portanto, de um dogma.

*** *** **

As almas do Purgatório já não são capazes de adquirir méritos, isto é, não podem fazer nada para apressar o seu encaminhamento para a visão beatífica. Logo, necessitam de nós, que temos à disposição os Tesouros da Redenção, constituído pelos Méritos infinitos de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos.

“Entre o último suspiro, e a eternidade, há um abismo de misericórdia”. (São Francisco de Sales)

O Purgatório, segundo a Doutrina católica

Algumas passagens da Sagrada Escritura dão conta desua existência. Em 2 Macabeus 12, 39-46 – “…puseram-se em oração para pedir que o pecado cometido fosse cancelado”. “…ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos de seu pecado”.

Em Mateus 5, 25-26 – “…dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”.
Em Mateus 12, 31-32 – “…não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro”.
No Apocalipse 21, 27 – “Nela jamais entrará algo de imundo”.

Por que motivos podemos ir para o Purgatório?

Todo pecado dá origem a duas penas: eterna e temporal. Pela verdadeira contrição e pelo Sacramento da Confissão, somos absolvidos da pena eterna. Quando nos confessamos de um pecado mortal, temos perdoada a pena eterna, mas não a temporal. Por isso também o sacerdote manda cumprir uma penitência ao fiel, indicando assim, que ele deve pagar algo pelo mal praticado.

Como Deus é infinitamente bom e justo, tudo o que fazemos de bem, leva em conta, diminuindo os castigos e penas que nossos pecados cometidos, mesmojá perdoados da pena eterna, acarretam-nos nesta vida e, depois, no Purgatório.

A Igreja estabelece, oficialmente, pelo poder que tem de ligar e de desligar, que certas ações boas nos merecem — desde que praticadas sob as condições estabelecidas — o perdão parcial ou total das penas temporais devidas aos pecados que cometemos, e que já confessamos: são as indulgências.

O perdão total da pena temporal é a chamada indulgência plenária. As demais são indulgências parciais.

Que são indulgências parciais? Que significa isso?

Significa que, se o fiel praticar uma boa obra, nas condições indicadas, e receber, graças a isso, por exemplo, uma indulgência de trezentos dias, essa boa obra que praticou equivale a ter feito uma penitência, ou a ter jejuado a pão e água, durante trezentos dias. Concebe-se isso, porquanto o que vale numa penitência ou sacrifício não é a quantidade de dias de sacrifício e jejum, mas o amor a Deus com que se faz algo.

RESUMO SOBRE O ALCANCE DAS INDULGÊNCIAS

Noutras palavras, havendo a confissão auricular [feita ao padre] dos pecados mortais, é certo que ficamos livres da pena eterna (inferno). Todavia, permanece a pena temporal, o dever da penitência e da reparação pelo mal que fizemos. Fica pendente, pois, uma dívida que devemos pagar à Justiça de Deus, nesta vida ou no Purgatório.

Pelas Indulgências podemos diminuir e até apagar toda a pena temporal.

Assim podemos resumir os motivos que nos levam ao Purgatório:
1º – pelos pecados veniais não remidos ou perdoados neste mundo;
2º – pelas inclinações viciosas deixadas em nossa alma pelo hábito do pecado;
3º – pela pena temporal devida a todo pecado mortal ou venial cometido depois do batismo e não expiado ou expiado insuficientemente nesta vida.

Como são os sofrimentos (penas)?

1º Sofrimento – Pena dos Sentidos
“Reuni todas as penas que os homens têm sofrido, sofrem e sofrerão, desde o princípio do mundo até o fim dos tempos; juntai todos os tormentos que os tiranos e os algozes têm feito sofrer aos mártires: será uma pálida imagem dos tormentos do Purgatório; e, se as pobres encarceradas fosse permitida a escolha, prefeririam aqueles suplícios durante mil anos a ficarem no Purgatório mais um dia”.
Santa Catarina de Gênova

“A dor não é o golpe que recebe, mas a sensação dolorosa desse golpe”.
São Tomás de Aquino

“O fogo que envolve é o mesmo que atormenta os condenados no inferno, e esse fogo, oh, é terrível!”
São Tomás de Aquino

“As penas do Purgatório são passageiras, não são eternas, mas creio que são mais terríveis e insuportáveis que todos os males desta vida”.
São Gregório Magno

“Como deve ser maravilhoso o Céu, pois Deus exige uma purificação tão dolorosa das almas”.
Santa Catarina de Sena

2º Sofrimento – Pena do Dano

É a separação forçada de Deus ou uma força irresistível, que a cada instante afasta bruscamente de Deus a alma que, a cada momento, por instinto de sua natureza, corre a se unir com Ele. Imaginemos uma mãe que, chamada pelo filho prestes a ser devorado por uma fera, fosse retida por uma força invencível no momento em que se precipitasse em seu socorro. Para as almas esta sensação é uma constante.

3º Sofrimento – Impotência de se acudirem a si próprias

É a impotência absoluta, não podem nem fazer penitência, nem merecer, nem satisfazer à Justiça Divina, nem ganhar uma indulgência, nem receber os Sacramentos.
Mais uma vez é importante lembrar que nós podemos ajudá-las a se libertarem.

4º Sofrimento – O conhecimento dos seus pecados

As almas do Purgatório veem as coisas de Deus diferente de nós, esclarecidas pela Divina Luz; compreendem, pois, o respeito, o amor, a obediência que deviam a Deus, e ainda, a ingratidão dos pecados que cometeram. Essa ingratidão oprime essas almas de tantos remorsos, que elas sentem a necessidade de sofrer para expiar tanta falta de amor, e ainda, a esse sentimento se une o pensamento de que teriam podido facilmente evitar em vida as faltas que as fazem sofrer.

5º Sofrimento – O esquecimento em que caem

As almas sofrem com o esquecimento dos seus; pedem o repouso, o refrigério e a luz, e não rezamos por elas o quanto deveríamos, para libertá-las desse estado.

6º Sofrimento – Incerteza do tempo de permanência no Purgatório

Na eternidade não há mais tempo. O tempo não é como o nosso, por isso elas sofrem sem saber quando vão se libertar. Um minuto nosso para elas é uma eternidade.

“Eu temo, temo do bom conceito que meus amigos têm feito de mim; entendendo que eu já estou no Céu, sem querer me deixarão ficar no Purgatório”.
São Francisco de Sales

“De boa vontade eu ficaria cem mil anos no Purgatório, pois teria a certeza do Paraíso”.
São Bernardino de Sena

O estado das almas do Purgatório nos ensinamentos de São Francisco de Sales

” 1º – As almas do Purgatório estão numa contínua união com Deus e perfeitamente submissas à vontade de Deus. Não podem deixar esta união divina e nunca podem contradizer a divina vontade, como nós neste mundo.
2º – Elas se purificam com muito amor e com toda boa vontade, porque sabem que isso é da vontade de Deus. Sofrer para fazer a vontade de Deus é uma alegria para elas.
3º – Elas querem ficar na maneira que Deus quer e quanto tempo Ele quiser.
4º – São impecáveis e não podem experimentar o mais leve movimento de impaciência, nem cometer uma imperfeição sequer.
5º – Amam a Deus mais do que a si próprias, e mais do que todas as coisas, e com um amor muito puro e desinteressado.
6º – São consoladas pelos Anjos.
7º – Estão seguras da sua salvação e com uma segurança que não pode ser confundida.
8º – As amarguras que experimentam são muito grandes, mas numa paz profunda e perfeita.
9º – Se, pelo que padecem, estão como numa espécie de inferno, quantoà dor, é como que um paraíso de doçura, tanto quanto a caridade mais forte do que a morte.
10º – Feliz estado, mais desejável que temível, pois estas chamas do Purgatório são chamas do Amor!”

“Falam só das penas daquele lugar e nunca da felicidade e da paz que desfrutam as almas que lá estão. É verdade que os sofrimentos são extremos e as maiores e mais terríveis dores desta vida não se podem comparar a eles, mas também as satisfações interiores são tais e tantas que nenhuma prosperidade e alegria da terra a elas se podem igualar”.
São Francisco de Sales

“Sim, o tormento delas é tão grande que nenhuma língua humana pode exprimi-lo, mas as suas delícias são de tal modo inebriantes que só a felicidade dos eleitos pode dar uma ideia”.
Santa Catarina de Gênova (“Tratado do Purgatório”)

Motivos pelos quais devemos socorrer as almas do Purgatório:

1º – O serviço que prestamos a Deus e a glória que Lhe proporcionamos

Imaginemos o que experimentaria o coração de uma mãe se, tendo conhecimento de que seu filho foi condenado à prisão por muitos anos, de repente deparasse com ele, trazido por um amigo que o ajudou a se libertar.
E ainda, a glória que lhe proporcionamos, pois fomos criados para glorificar a Deus, e cada alma liberta do Purgatório, imediatamente voa ao Céu e glorifica incessantemente ao Senhor Deus Todo Poderoso.

2º – O serviço que prestamos a nós mesmos

Obtemos, certamente, um protetor no Céu: as almas por nós ajudadas a se libertarem serão eternamente reconhecidas no Paraíso. No Céu, há amor e reconhecimento.
Constituímos no Céu um representante nosso que, em nosso nome, adora, louva e glorifica o Senhor — enquanto estamos em vida ocupados em trabalhos e fadigas, elas adoram a Deus também em nosso nome.
“Tudo quanto peço a Deus pela intercessão das almas do Purgatório me é concedido”.
Santa Tereza D’Ávila

“Quando quero obter com segurança uma graça, recorro às almas padecentes e a graça que suplico sempre me é concedida”.
Santa Catarina de Bolonha

3º – As principais virtudes que assim praticamos

Socorrendo as almas do Purgatório praticamos a caridade em toda sua extensão.
Se ajudamos ao nosso próximo no dia-a-dia, em diversas circunstâncias, também devemos fazê-lo às almas do Purgatório, e ainda mais, porque sabemos que não podem socorrer a si mesmas.

4º – O julgamento que nos espera após a morte

É obra de caridade rezar por quem precisa.
“Tudo o que fizerdes aos meus pequeninos, é a Mim que o fazeis”, disse-nos Nosso Senhor.
“Tudo o que damos por caridade às almas do Purgatório converte-se em graças para nós, e, após a morte, encontramos o seu valor centuplicado”
Santo Ambrósio.

Nós podemos rezar por nós e por elas, mas as almas do Purgatório não podem ajudar a si mesmas. Nós podemos pagar as suas dívidas, para que alcancem a liberdade.
E ainda, não nos devemos esquecer de que um dia poderemos estar no Purgatório.

O que nos leva ao Purgatório?

A Tibieza e o Pecado Venial

“A tibieza é o hábito não combatido do pecado venial, ainda que seja um só”. (Santo Afonso)

A tibieza mina o espírito, sem que as pessoas percebam, enfraquece-nos espiritualmente, amortece as energias da vontade e do esforço. Afrouxa a vida cristã. É um sistema de acomodações na vida espiritual do cristão.
Há muitos sinais de tibieza, mas o que a caracteriza é o pecado venial deliberado e habitual.
Tudo quanto ofende a Deus Nosso Senhor nunca é leve ou coisa sem importância para uma alma fervorosa.
O pecado venial é uma ofensa a Deus, e nele há:
Três circunstâncias agravantes:
1ª – Uma injúria à Majestade Divina.
2ª – Revolta contra a Autoridade de Deus.
3ª – Ingratidão contra a Bondade Eterna.
“O hábito dos pecados veniais tira dos nossos olhos a malícia do pecado grave, e em breve não receamos passar das faltas mais leves aos maiores pecados”. (São Gregório)
Depois da morte, as menores penas que nos esperam é algo maior do que tudo que se possa padecer neste mundo.
“As menores faltas são punidas severamente”. (Santo Anselmo)

O que devemos fazer?

Eis as palavras de Santo Agostinho:
Devemos, pois socorrer os falecidos:
1º – Em razão do parentesco de sangue.
2º – Por gratidão, aos benfeitores nossos.
3º – Por justiça.
4º – Por caridade.

O Santo Cura d’Ars, São João Maria Batista Vianney, era um devoto fervoroso das almas do Purgatório. Pedira a Deus a graça de sofrer muito. Os sofrimentos do dia, ele os oferecia pela conversão dos pecadores; e os da noite, pelas almas do Purgatório.

“Se soubéssemos como é grande o poder das boas almas do Purgatório (em nosso favor) sobre o Coração de Jesus, e se soubéssemos também quantas graças poderíamos obter por intercessão delas, é certo, não seriam tão esquecidas”.
São João Batista Vianney

Como podemos ajudá-las?

Um dia, Santa Gertrudes rezava com fervor pelos falecidos, quando Nosso Senhor lhe fez ouvir estas palavras:
“Eu sinto um prazer todo especial pela oração que me fazem pelos fiéis defuntos, principalmente quando vejo que a compaixão natural se junta à boa vontade de a tornar mais meritória. A oração dos fiéis desce a todo instante sobre as almas do Purgatório, como um orvalho refrigerante e benéfico, como um bálsamo salutar que adoça e acalma suas dores, e ainda as livra das suas prisões mais ou menos rapidamente, conforme o fervor da devoção com que é feita”.
E ainda noutra ocasião:
“Muitíssimo grata me é a oração pelas almas do Purgatório, porque por ela tenho ocasião de libertá-las das suas penas e introduzi-las na glória eterna”.

OS SUFRÁGIOS

Podemos socorrer as almas do purgatório e até livrá-las, com orações, indulgências, esmolas, boas obras, e principalmente com a Santa Missa.
Chamam-se sufrágios as obras boas que se fazem em favor das benditas almas do purgatório.
Os sufrágios são espécie de súplicas, que a justiça divina aceita, conforme assim disponha.
Por isso, uma alma nem sempre obtém infalivelmente todos os efeitos dos sufrágios, que lhe são particularmente aplicados.
A Igreja aprova que se repitam os sufrágios para uma mesma alma.
Fazem muito mal todos os que não se lembram de aliviar com sufrágios as almas dos finados.
Alguns só procuram que o enterro seja bem suntuoso e nada, ou poucoou nada fazem para alívio da alma.
O dogma dos sufrágios é motivo de alegria, não só para os ricos, mas também para os pobres.
Os ricos fazem muito bem em ordenar sufrágios; isto lhes abreviará muito as penas do purgatório.
Os pobres têm uma mãe terníssima: a Santa Igreja, que roga especialmente por eles, por serem seus filhos mais queridos, tendo recebido menos benesses nesta terra.
A devoção às santas almas do purgatório é utilíssima, porque faz praticar muitas obras boas, causa grande gozo no céu e ajuda muitíssimo a conseguir a salvação de quem pratica essa devoção.

Oração
Aplicando as indulgências recebidas na oração em sufrágio, para a liberdade das almas do Purgatório.
Aqui vemos a importância das indulgências, através delas pagamos à Justiça Divina o que devemos, ou as oferecemos pelas almas para que possam assim pagar o que devem à Justiça Divina, e entrar no gozo celeste.

Salmo 129 (130) – De Profundis
É um dos sete Salmos Penitenciais, e é uma oração indulgenciada.
Orações canônicas do Breviário ou Divino Ofício, Orações Oficiais da Igreja

“A oração é a chave de ouro que abre o Céu”. (Santo Agostinho)

Sofrimento

“Aliviemos as almas do Purgatório, aliviemo-las por tudo o que nos penaliza, porque Deus tem cuidado em aplicar aos mortos os méritos dos vivos”. (São João Crisóstomo)

Podemos aceitar os nossos sofrimentos com amor e humildade, oferecendo-os em sacrifício pelas almas, afim de que elas sofram menos. É meritório para nós (santificação) e para as almas (alívio dos sofrimentos) oferecer a Nosso Senhor Jesus Cristo a cruz de cada dia pelos nossos falecidos. Quem não tem a sua cruz?
É bom lembrar que, aceitando os sofrimentos da vida, em espírito de reparação, estaremos diminuindo as penas que poderemos experimentar se formos para o Purgatório. Não sabemos o nosso futuro.

Ato Heróico

Quando fazemos um ato de penitência e oração, como, por exemplo, rezar um Santo Terço de joelhos, há neste ato, três frutos diferentes:
fruto meritório – que não o podemos perder, é o mérito pessoal de quem o pratica, nos dá um acréscimo de graça e de glória;
valor satisfatório do ato – que é a penitência, o sacrifício, e este é para as almas, um Ato Heroico.
força impetratória— que é a da oração enquanto oração que nos obtém as graças.

“É o ato que consiste em oferecer à Divina Majestade, em proveito das almas do Purgatório, todo o valor satisfatório das obras que fizemos durante a vida, e todos os sufrágios que forem aplicados pela nossa alma depois da morte”.
Este ato há de ser feito em perpétuo, isto é, por toda a vida continuando após a morte — mas não obriga sob a pena de pecado, a pessoa pode voltar atrás, não comete pecado mortal nem venial.
Pelo Ato Heroico não renunciamos ao mérito de nossas boas obras, isto é, ao fruto meritório, que nos dá nesta vida um acréscimo da graça e da glória no Paraíso. Este merecimento é nosso e não o podemos ceder aos outros.
Contudo, tudo o mais que fizermos, será em proveito das almas do Purgatório; isto é, desde que FAÇAMOS O ATO HEROICO, todas as indulgências que lucramos são das almas. Só a indulgência plenária na hora da morte não é aplicável aos falecidos. O Ato Heroico não impede de rezar nas próprias intenções e pelos falecidos.
O Ato Heróico não nos impede de utilizar o valorimpetratório da oração por alguma alma em particular, mas a entrega que se faz em favor das almas sofredoras, mediante esse ato — por meio do qual cedemos o valor satisfatório—, é feito, em geral, por todas as almas, e não em favor de uma ou outra em particular.
É um engano pensar que se perde muito com o Ato Heróico; ao contrário, lucra-se mil vezes mais. Deus se deixa vencer em generosidade? JAMAIS.
Esse Ato é cheio de mérito, é um ato perfeito, que nos leva ao esquecimento de nós mesmos para favorecer a nossos irmãos católicos e praticar a caridade. “A caridade cobre uma multidão de pecados”, ensina-nos a fé. Esse heroísmo de caridade será recompensado com superabundância de graças em vida e de glória na eternidade.
Para realizá-lo, não é prescrita uma oração em especial, pode ser feito espontaneamente.

Missas Gregorianas

Consiste em providenciar a celebração de trinta Santas Missas individuais, isto é, por uma só alma e não por diversas na mesma Santa Missa, em trinta dias consecutivos, se por acaso nestes dias forem os três últimos dias da Semana Santa (sexta-feira ao domingo), a interrupção não altera o prosseguimento, as Santas Missas destes dias podem ser celebradas depois em seguida. Todavia, não é necessário que as Santas Missas sejam celebradas pelo mesmo sacerdote, numa mesma igreja e altar.
O essencial é que sejam celebradas trinta Santas Missas por um falecido, em trinta dias consecutivos.

“Deus acolhe com mais fervor a oração pelos mortos, do que a que nós lhe dirigimos pelos vivos”.
São Tomás

Exercícios de piedade nas segundas – feiras e no Mês de Novembro

Como nos ensina a Tradição cristã, o costume de fazer piedosos exercícios pelas almas do Purgatório nas segundas-feiras durante o ano todo, e também durante todos os dias do mês de Novembro, neste mês rezamos em especial pelas almas do Purgatório, nestes dias pratiquemos em sufrágio das almas o quanto pudermos; assistir à Santa Missa, receber a Sagrada Comunhão, dar esmolas, fazer a Via Sacra, visitar os doentes, enfim, temos à nossa disposição muitas maneiras de sufragá-las.

Santa Missa

É o maior, mais poderoso e eficaz sufrágio que possamos oferecer a Deus pelos falecidos. É o mesmo Sacrifício do Calvário, na Santa Missa se oferece o próprio Deus para reparar as faltas de toda a humanidade. Pode haver maior sufrágio que a Santa Missa?
Distinguem-se quatro frutos principais do Santo Sacrifício:

Um fruto geral, aplicado a todos os fiéis vivos e falecidos (desde que no grêmio da Santa Igreja Católica);
Um fruto especial — aplicado aos que assistem atualmente à Santa Missa;
Um fruto especialíssimo – aplicado aos que mandam celebrar a Santa Missa e
Um fruto ministerial – que pertence ao celebrante e é alienável.

“Vale mais assistir devotamente uma Santa Missa por nós em vida, ou dar espórtula para se celebrar, do que várias Missas após a morte”. (Santo Anselmo)

“A cada Santa Missa celebrada com devoção, saem muitas almas do Purgatório. E não sofrem tormento algum durante a Missa aplicada por elas”. (São Jerônimo)

“Os anjos não somente assistem ao Sacrifício da Santa Missa, senão que no fim acodem voando às portas do Purgatório para libertar às almas, às quais aplica Deus a virtude do Santo Sacrifício que se acaba de celebrar”. (São João Crisóstomo)

“Nenhuma língua humana pode exprimir os frutos de graças que atrai o oferecimento do Santo Sacrifício da Missa”.
(São Lourenço Justiniano)

“Toda Santa Missa diminui teu Purgatório; toda Santa Missa alcança-te um grau de glória no Céu”.
(São Bernardo)

“A Santa Missa é o sol que dissipa as trevas do Purgatório”.
(São Francisco de Sales)

“Na hora da morte, as Santas Missas às quais tiveres assistido, serão a tua maior consolação. Um dos fins da Santa Missa é alcançar para ti o perdão dos teus pecados. Em cada Santa Missa podes diminuir a pena temporal devida aos teus pecados…”.
(Santo Agostinho)

Comunhão

Sim, depois da Santa Missa, não há sufrágio melhor e mais poderoso para socorrer as pobres almas que a Santa Comunhão.
Escreveu São Boaventura: “Que a caridade te leve a comungar, porque nada há tão eficaz para proporcionar descanso aos que padecem no Purgatório”.

A comunhão dignamente recebida é um meio especialíssimo para o sufrágio das almas do Purgatório, pois, na Sagrada Comunhão, nós oferecemos o próprio Deus.
Podemos também oferecer a Comunhão Espiritual pelas almas sofredoras.

Penitência e Boas Obras

A penitência, além de nos ser necessária, é muito meritória, e podemos oferecê-la em sufrágio das almas do Purgatório.
Oferecer alguns momentos de sede, de vez em quando, para matar a sede que as almas do Purgatório têm de Deus.
Mortificar a curiosidade nas leituras, em querer saber tudo, para reparar os pecados cometidos pelas almas por esta falta de mortificação. Dominar a gula, os vícios, etc.
Fazer atos de humildade para reparar o orgulho cometido por tantas almas que sofrem.
Reservar um pouco dos rendimentos para providenciar a celebração da Santa Missa, e para outros atos de caridade em sufrágio das almas do Purgatório.
Assim, tiraremos duplo proveito: a nossa santificação e o alívio das almas sofredoras.

“Uma pequena penitência livremente praticada nesta vida é preferível, aos olhos de Deus, a uma grande penitência imposta na outra”. (São Boaventura)

Via Sacra

É também um excelente meio de sufrágio para as almas sofredoras, a meditação da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo recorda-nos o Preciosíssimo Sangue derramado pela salvação das almas, e nos faz pedir pelo Sangue de Cristo a libertação das almas do Purgatório.

“Se quereis crescer de virtude em virtude, atrair para vossa alma graça sobre graça, entregai-vos muitas vezes ao piedoso exercício da Via Sacra”. (São Boaventura)

Esmolas

Socorramos os pobres e necessitados, oferecendo as indulgências recebidas em sufrágio das almas do Purgatório.
Já no Antigo Testamento observamos esta prática.
O anjo disse a Tobias:
“A esmola salva da morte, apaga os pecados, tira a alma das trevas, faz-lhe achar graças diante de Deus e lhe assegura a vida eterna”. (Tobias 4, 8-11)

Água Benta

O Venerável padre Domingos de Jesus, segundo o costume da Ordem Carmelitana, tinha uma caveira sobre a mesa de sua cela. Certo dia, ao ter aspergido essa caveira com água benta, a mesma começou a bradar em voz alta suplicando: Mais água benta! Porque ela alivia o ardor das chamas horrivelmente dolorosas!
A oração da Igreja intercede por meio da água benta; graças a isso as almas do Purgatório tanto anseiam pelo uso desta em seu favor.

Nossa Senhora – Um a parte especial à sua Intercessão...

“Eu sou a Rainha do Céu, eu sou a Mãe da misericórdia, o caminho por onde voltam os pecadores a Deus. Não há pena no Purgatório que não se alivie e que por mim não se torne menor do que si o fora sem mim”.
Nossa Senhora à Santa Brígida

“Cada ano, nas grandes festas, a Mãe de Deus desce ao Purgatório e liberta muitas almas do sofrimento, levando-as para a glória, sobretudo nas festas da Páscoa, do Natal e da Assunção”.
Venerável Dionizio Cartuziano

Escapulário de Nossa Senhora do Carmo

Relata a história que, na noite do dia 16 de julho de 1251, o Prior Geral dos Carmelitas, São Simão Stock, um homem considerado por todos os Irmãos como de intensa oração, de entrega total, devoção e amor à Mãe do Carmelo, a Virgem Maria, mergulhado na oração, dirigiu-se a Virgem Maria e pediu-lhe a proteção da “Senhora” sobre seus vassalos, em tempos de perseguição e dificuldades. Pediu-lhe que ajudasse a seus Irmãos, porque estes sempre se mantinham fiéis a seu serviço e agora necessitavam de sua ajuda. Neste momento, segundo a tradição, rezou esta famosa oração que até hoje os Carmelitas cantam solenemente nas festas:
“Flor do Carmelo, vide florida.
Esplendor do Céu. Virgem Mãe incomparável.
Doce Mãe, mas sempre Virgem,
Sede propicia aos carmelitas, Ó Estrela do Mar”.
Durante esta oração, apareceu-lhe a própria Virgem Maria, rodeada de anjos.
Entregou-lhe o Escapulário que tinha em suas mãos e lhe disse:
“Recebe, meu filho muito amado, este Escapulário de tua Ordem, sinal de meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas: quem com ele morrer, não se perderá. Eis aqui um sinal da minha aliança, salvação nos perigos, aliança de paz e de amor eterno”.
E ainda:
“Eu, como terna Mãe dos confrades carmelitas, descerei ao Purgatório no primeiro sábado depois da sua morte e os livrarei e os conduzirei ao Monte Santo da vida eterna”.

Normas Práticas no uso do Escapulário:

O escapulário é imposto só uma vez por um sacerdote, com a imposição passa-se a fazer parte da grande família carmelitana, participando de toda a vida espiritual do Carmelo.
Por ser confeccionado com tecido, o escapulário desgasta-se facilmente; por isso recomenda-se que seja substituído por um novo quando necessário. Este também deverá receber a benção sacerdotal.
O escapulário compromete com uma vida autêntica de cristãos que se conformam às exigências evangélicas, recebem os Sacramentos, professam uma especial devoção à Santíssima Virgem, expressa ao menos com a recitação diária de três Ave-Marias.

O Escapulário do Carmo não é:

Uma garantia automática de salvação;
É PRECISO ESFORÇAR-SE PARA PRATICAR TODOS OS MANDAMENTOS.

Indulgência

Relembrando…

Todo pecado dá origem a duas consequências:
A culpa e a pena (pena eterna + pena temporal).
Pela verdadeira contrição e pelo Sacramento da Reconciliação, ficam perdoadas a culpa e a pena eterna.
Todavia, fica-nos o dever da penitência e da reparação do mal que cometemos. Fica uma dívida (referente à pena temporal) que devemos pagar à Justiça de Deus, nesta vida ou no Purgatório.
Pelas indulgências podemos diminuir e até apagar toda a pena temporal.
Tiramos do Tesouro da Igreja, formado pelos méritos superabundantes de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos, o que precisamos para pagar as dívidas à Justiça Divina, e isto, podemos realizar devido a Comunhão dos Santos.

RESUMO

A Igreja, pelo Tesouro da Igreja Universal formado pelos méritos superabundantes de Nosso Senhor Jesus Cristo, pelos méritos da Bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos, aplica para o bem dos fiéis neste mundo e para alívio das almas do Purgatório, as Indulgências.
É uma graça de Deus, que ocorre devido o dogma da solidariedade dos fiéis, dos que estão na graça de Deus, isto é da Comunhão dos Santos.

Comunhão dos Santos: O que é?

Todos os católicos são membros de Cristo. Formamos o Corpo Místico de Cristo, estamos todos unidos em Jesus Cristo, como os membros unidos à cabeça, isto é, podemo-nos auxiliar uns aos outros nesta sublime união em Cristo e por Cristo. É o admirável mistério da Comunhão dos Santos.

Quem são os fiéis unidos e solidários?
São os justos no Céu, os que se salvaram e estão na posse de Deus;
são os justos que padecem no Purgatório e
são os justos que peregrinam na vida terrena.
Formam eles as três Igrejas:
a Igreja Triunfante, os fiéis já no triunfo eterno da glória;
a Igreja Padecente, os fiéis que se purificam nas chamas do Purgatório e
a Igreja Militante, somos nós que combatemos neste mundo.
Agora vamos aprender sobre as Indulgências…

O que é Indulgência?

É a remissão, diante de Deus, da PENA TEMPORAL devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa (com uma verdadeira contrição e pelo Sacramento da CONFISSÃO), que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja.
A Indulgência é parcial ou plenária, conforme liberta, em parte ou no todo, da pena temporal devida pelos pecados.
E ainda, qualquer fiel pode lucrar indulgências parciais ou plenárias para si mesmo ou aplicá-las aos falecidos como sufrágio.
Vale esclarecer que ninguém pode lucrar indulgências em favor de outras pessoas vivas.
É ainda, importantíssimo ressaltar que as indulgências não nos dispensam de fazer penitência e a confissão humilde de nossos pecados.

O que é preciso fazer para ganhar a Indulgência?

Três pontos básicos são necessários para se ganhar a indulgência:
Para que alguém seja capaz de lucrar indulgências, deve ser batizado, não estar excomungado e encontrar-se em estado de graça, pelo menos no fim das obras prescritas. Em estado de pecado grave não se lucram indulgências.

A intenção de lucrar as mesmas significa que basta termos a intenção (obra do pensamento e do desejo), e que podemos formular logo pela manhã a intenção de lucrar todas as indulgências anexas às orações e boas obras que praticarmos naquele dia.
Praticar as exigências (condições) prescritas quando for o caso.

Indulgência Parcial
A condição determinada pela Igreja para a indulgência parcial é a de simplesmente com o coração contrito, executar a obra indulgenciada.

Indulgência Plenária
Para a indulgência plenária, “além da repulsa de todo afeto a qualquer pecado, até venial, é necessária a execução da obra enriquecida da Indulgência e o cumprimento das três condições (norma 23) seguintes:
1º – Confissão Sacramental
Com uma só Confissão podem ganhar-se várias Indulgências em dias diferentes.
2º – Comunhão Eucarística
É necessária uma Comunhão para cada Indulgência.
3º – Oração nas intenções do Sumo Pontífice [PAPADO] É necessário rezar para cada Indulgência.
Recitar um Pai Nosso e uma Ave-Maria, mas podem os fiéis acrescentar outras orações conforme sua piedade ou devoção (norma 23 parágrafo 5).
As três condições podem cumprir-se em vários dias, antes ou depois da execução da obra prescrita; convém, contudo, que a Sagrada Comunhão e a oração nas intenções do Sumo Pontífice [PAPADO] se pratiquem no próprio dia da obra prescrita (norma 23 parágrafo 3).
A indulgência plenária só se pode ganhar uma vez ao dia, contudo o fiel em artigo de morte pode ganhá-la, mesmo que já a tenha conseguido neste dia (norma 21 e parágrafos).
Ainda é importante ressaltar que…
Para lucrar a indulgência plenária anexa à igreja ou oratório, é a visita aos mesmos e neles se recitam o Pai Nosso e o Creio, a não ser em caso especial em que se marque outra coisa, mas podem os fiéis acrescentar outras orações conforme sua piedade ou devoção (norma 22), e ainda o cumprimento das três condições (norma 23).

Concessões

Concede-se indulgência parcial ao fiel que, no cumprimento de seus deveres e na tolerância das aflições da vida, ergue o espírito a Deus com humilde confiança, acrescentando alguma piedosa invocação, mesmo só em pensamento.
“Vigiai e orai para não cairdes em tentação”.
Mateus 26, 41
Concede-se indulgência parcial ao fiel que, levado pelo espírito de fé, com o coração misericordioso, dispõe de si próprio e de seus bens no serviço dos irmãos que sofrem falta do necessário.
“Tive fome e me destes de comer…”.
Mateus 25, 35-36 e 40
Concede-se indulgência parcial ao fiel que se abstém de coisa lícita e agradável, em espírito espontâneo de penitência.
“Se pelo espírito mortificares as obras do corpo vivereis”.
Romanos 8,13
E ainda…

Orações e Atos Indulgenciados

Muito importante!
Antes de enumerá-las é importante sugerir a leitura do Manual das Indulgências, pois algumas práticas exigem determinadas condições para recebê-las.
Recitar atos de virtudes teologais e de contrição.
Adoração ao Santíssimo Sacramento.
Oração ao Santo Anjo.
Oração do Angelus e Rainha do Céu.
Oração Alma de Cristo.
Bênção Papal
Visita ao Cemitério
Comunhão Espiritual
Oração do CREDO
Adoração da Santa Cruz
(Salmo 129 (130)) Oração De Prufundis
Dedicação ao ensino ou aprendizado da doutrina cristã
Oração Eis-me aqui, ó bom e dulcíssimo Jesus (DIANTE DO CRUCIFIXO)…

Participar com devoção do solene rito que costuma encerrar o Congresso Eucarístico
Rezar Ladainhas, em especial do Santíssimo Nome de Jesus, do Sagrado Coração de Jesus, do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, de Nossa Senhora, de São José e de Todos os Santos
Rezar o Magnificat
Rezar o Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria
Salmo 50, o Miserere
Assistir devotamente às novenas públicas que se fizerem antes das solenidades do Natal, de Pentecostes e da Imaculada Conceição
Usar devotamente objetos de piedade bentos ritualmente por qualquer sacerdote ou diácono
Rezar Ofícios breves
Recitar orações aprovadas pela autoridade eclesiástica, pelas vocações sacerdotais e religiosas
Se entregar a oração mental com piedade
Assistir atenta e devotamente à sagrada pregação da Palavra de Deus
Fazer a 1ª Comunhão ou assistir a essa cerimônia
Assistir devotamente à 1ª Celebração da Santa Missa de um sacerdote
Rezar o Rosário de Nossa Senhora (pode ser rezada a terça-parte, isto é, o Terço, mas as cinco dezenas devem ser recitadas juntas).
Ler a Sagrada Escritura, com a veneração devida, e a modo de leitura espiritual.
Rezar a Salve Rainha
Recitar no dia da celebração litúrgica de qualquer Santo, em sua honra, a oração tomada no Missal ou outra aprovada pela autoridade eclesiástica
Fazer o Sinal da Cruz devotamente proferindo as palavras costumeiras: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Oração SUB TUUM PRAESIDIUM (À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus….
Recitar com piedade O TANTUM ERGO (Tão Sublime Sacramento… )
Rezar O VENI CREATOR (Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis…)
Fazer piedosamente o exercício da Via-Sacra
Visitar com devoção a igreja paroquial na festa do titular
Renovar as promessas do Batismo
Visitar piedosamente uma igreja ou oratório, quando aí se faz a Visita Pastoral
Invocações Breves (recitadas ou só concebidas na mente):
Jesus
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo
Bendito seja Deus
Seja como Deus quiser
Ajudai-me, Senhor
Atendei à minha oração
Tende piedade de mim
Perdoai-me, Senhor
Não permitais que eu me separe de vós
Ave Maria
Coração de Jesus, confio em vós.
Doce Coração de Maria, sede a minha salvação
Enviai, Senhor, operários à vossa messe
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo
Graças e louvores sejam dados a todo momento ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento
Jesus, Maria, José
Jesus manso e humilde de coração, fazei nosso coração semelhante ao vosso.
Meu Senhor e meu Deus!
Nós vos adoramos e vos bendizemos, porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo
Pai, em vossas mãos entrego meu espírito
Rogai por nós Santa Mãe de Deus para que sejamos dignos das promessas de Cristo
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós
Senhor, aumentai a nossa fé
Todos os Santos e Santas de Deus, rogai por nós
Ainda é importante ressaltar…

O dia em nos recordamos em especial dos falecidos é o Dia de Finados – 2 de Novembro.

Sobre a visita ao cemitério…
O fiel que visitar devotamente um cemitério e rezar, mesmo em espírito, pelos defuntos, concede-se indulgência somente aplicável às almas do Purgatório. Esta indulgência será plenária (cumprindo as três condições), cada dia, de 1 a 08 de novembro; nos outros dias do ano será parcial.

“Nenhum sacrifício é mais agradável a Deus do que o zelo pela salvação dos homens…” E também: “O valor do mundo inteiro não se pode comparar com o valor de uma só alma”.
São Gregório Magno

“Hoje, traze-me as almas que se encontram na prisão do Purgatório e mergulha-as no abismo da minha misericórdia; que as torrentes do meu Sangue refresquem o seu ardor. Todas essas almas são muito amadas por mim, pagam as dívidas à minha Justiça; está em teu alcance trazer-lhes alívio. Tu tiras do Tesouro da minha Igreja todas as indulgências e oferece-as por elas. Oh, se conhecesses o seu tormento, incessantemente oferecerias por elas a esmola do espírito e pagarias as suas dívidas à minha Justiça”.

Novena em sufrágio pelas almas do purgatório

Pelo sinal † da Santa Cruz, livrai-nos Deus † Nosso Senhor, dos nossos † inimigos. Em nome do Pai † do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Oração
(Para todos os dias da novena.)

Ó Pai Eterno! Pai amantíssimo, Pai Clementíssimo, que impelido pela Vossa misericórdia, amastes o homem até o ponto de por ele sacrificar o Vosso Filho unigênito para que todos os que neles creem não pereçam— mas tenham a vida eterna —, Vós permitireis que sofram por muito tempo no purgatório essas almas queridas, filhas vossas e esposas de Jesus Cristo, que as redimiu com o seu Sangue? Tende piedade dessas aflitas prisioneiras, e libertai-as de suas penas e tormentos. Compadecei-Vos igualmente de minha pobre alma, libertando-a do cativeiro do pecado. E, se a Vossa justiça, não satisfeita ainda, pede reparação pelas culpas que em vida cometeram, ofereço-Vos todos os atos bons que eu faça durante esta novena. Ah! De nada, ou muito pouco valem meus atos, é verdade; mas eu vo-los apresento unidos aos merecimentos de Jesus, às dores de Sua Mãe Santíssima, e às virtudes heroicas de quantas almas justas têm vivido no mundo. Compadecei-Vos assim dos vivos como dos mortos, e concedei-nos a todos a graça de gozar um dia de vossa misericórdia no Céu. Amém.
Peçamos agora a Jesus e a sua Mãe santíssima por todas as almas do purgatório particularmente pelas de nossos parentes, benfeitores, amigos e inimigos, e por quem temos obrigação de pedir. Não esqueçamos de que tudo quanto fizermos para aliviar as suas penas redundará em proveito nosso. Ofereçamos a Deus em seu favor as seguintes súplicas:
A Nosso Senhor Jesus Cristo, para que, pelas dores de sua paixão, tenha misericórdia das almas do purgatório.

Ó dulcíssimo Jesus! Pelo suor de sangue que derramaste no Horto das Oliveiras, tende piedade das almas do purgatório.
Ó dulcíssimo Jesus! Pelas dores da Vossa crudelíssima flagelação, tende piedade das almas do purgatório.
Ó dulcíssimo Jesus! Pelas dores da vossa coroação de espinhos, tende piedade das almas do purgatório.
Ó dulcíssimo Jesus! Pelas dores que padecestes levando até o Calvário a Cruz às costas, tende piedade das almas do purgatório.
Ó dulcíssimo Jesus! Pelas dores da vossa acerbíssima agonia na Cruz, tende piedade das almas do purgatório.
Ó dulcíssimo Jesus! Pela imensa dor que padecestes ao separar-se Vossa alma do corpo, tende piedade das almas do purgatório

ADENDO

Ganha-se Indulgência Plenária

DESTAQUE: • No dia de Finados. 2 de Novembro: Visita a uma igreja, reza, pelo menos, de um Credo, Padre Nosso [por uma alma ou pelas almas em geral], confissão e comunhão (do mês), oração pelo Papa (pode ser Padre Nosso, Ave Maria e Gloria). Além disso, pode-se lucrar indulgência plenária desde o dia 1° até dia 8 de Novembro. Condições: visita a um cemitério, rezar pelos falecidos, oração pelo Papa, confissão e comunhão mensal.
PODE-SE REZAR CREDO, PATER, AVE, GLORIA, SALVE-RAINHA PELAS INTENÇÕES DO PAPADO;
EM SEGUIDA, CREDO, PATER, AVE, GLORIA, SALVE-RAINHA POR UMA ALMA (OU VÁRIAS) DO PURGATÓRIO.
*** *** ***

• Recitando o terço numa igreja ou capela, ou um grupo de pessoas em família.

• Fazendo a leitura da Bíblia por meia hora.

• Fazendo o exercício da Via Sacra numa igreja, percorrendo as 14 estações.

• Fazendo a leitura da Paixão e Morte de Jesus Cristo, por 15 minutos, (se não puder fazer a Via Sacra.)

• Fazendo a Renovação das Promessas do Batismo, na data do próprio Batismo. Pode-se usar qualquer fórmula.

• Visita e adoração ao Santíssimo por meia hora.

• Estando presente na Primeira Comunhão de crianças.

•Visita à igreja paroquial, no dia do Padroeiro.

• No dia de Finados. 2 de Novembro: Visita a uma igreja, reza de um Credo, Pai Nosso, confissão e comunhão (do mês), oração pelo Papa (pode ser Pai Nosso, Ave Maria, ou qualquer outra oração.)
Além disso, pode-se lucrar indulgência plenária desde o dia 1° até dia 8 de Novembro. Condições: visita a um cemitério, rezar pelos falecidos, oração pelo Papa, confissão e comunhão mensal.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo