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Missão do padre é ser “Semeador da Palavra Divina”

Paramentos Litúrgicos

”A missão do Padre é ser SEMINATOR VERBI, semeador da palavra. Esta missão recebeu-a ele de Cristo e do Bispo. De Cristo, quando disse: ‘Ide e ensinai todas as gentes’.

Do Bispo, quando lhe conferiu os poderes sacerdotais e a obrigação de pregar. Mas nem a missão de Cristo nem a ordem do Bispo comunicam a ciência e a doutrina, de que o Padre deve estar adornado para pregar. Esta deve ele procurá-la com o estudo e a graça de Deus.

Antigamente, os Levitas formavam, geralmente, o corpo dos sábios do seu tempo. Esta superioridade, porém, foi decaindo, e o clero veio a deixar o campo livre aos inimigos da Igreja para difundir os seus erros e heresias. Uma das causas, que mais concorreu para a implantação do protestantismo nos países do Norte da Europa, foi a incúria e incapacidade dos sacerdotes católicos em combater as falsidades dos reformadores luteranos.

Quando, no século XVI, a onda da heresia ameaçava submergir a nau da Igreja, o Papa Júlio III declarou, que os males, que afligiam a cristandade, provinham da ignorância lamentável do Clero, e que o meio de obstar a tantos males era fundar Seminários, onde se desse aos sacerdotes uma sólida e vasta formação teológica. (…)

Nosso Senhor disse de seus Apóstolos e seus sucessores, que eram a luz do mundo. Ora esta luz só pode ser a ciência. Assim como o sol dissipa as trevas da noite, o sacerdote com a sua doutrina afugenta as trevas da ignorância e ilumina as inteligências com a luz da eterna Verdade. (…)

Para ser bom Semeador da Palavra Divina é preciso que o Padre possua muita e boa semente. A ciência do Pregador deve, pois, ser vasta e profunda. Será vasta, se abranger, quanto possível, os vários ramos do conhecimento humano. Mas antes de se expandir pelos campos da ciência natural, deve ser eminente na ciência eclesiástica, sem ser estranho a nenhuma de suas faculdades. (…)

Todo o conhecimento se torna necessário ao Pregador para amenizar as suas prédicas; ou seja um exemplo a propósito, uma anedota inocente, um fato da História Antiga e Moderna, um prodígio da Vida dos Santos, e mil outros sucessos, que possam interessar o auditório.

Além de vasta, a ciência do Pregador deve ser profunda. Será profunda, se chegar a ver a verdade ainda em seus pontos mais obscuros; se possuir a verdade não pela rama e superficialmente, mas penetrar as suas mais íntimas causas e razões fundamentais.”

Pe. Alexandrino Monteiro. ”O Homem de Deus”. Edit. Mensageiro da Fé, Salvador, 1953

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