Monsenhor Georg Gaenswein defende casamento indissolúvel
Em meio ao Sínodo que discute novas posições da Igreja em relação à família, o secretário particular do papa emérito Bento XVI e prefeito da Casa Pontifícia, Georg Gaenswein, afirmou que o matrimônio é indissolúvel e que quem estabelece uma nova união contradiz aquilo que é indicado por Deus.
"A Igreja deve ter coragem de exprimir as suas convicções porque, do contrário, não faria um serviço à verdade", declarou o religioso em entrevista à revista italiana "Chi".
O relator-geral do Sínodo dos Bispos sobre a Família, cardeal Peter Erdo, defendeu a inclusão dos divorciados no catolicismo.
Para ele, aqueles que se separam e se casam novamente no civil têm "necessidade e direito de serem acompanhados por seus pastores". A reunião está sendo realizada no Vaticano e termina no dia 19 de outubro.
No entanto, para Gaenswein, permitir a comunhão a divorciados é uma questão "muito delicada".
"Está em jogo o matrimônio sacramental, que, segundo a doutrina católica, é indissolúvel, assim como o amor de Deus pelo homem. Quem começa uma nova união contradiz com a sua escolha aquilo que é indicado pelo Senhor. Mas, claro, apenas Deus conhece a consciência de cada um", ressaltou.
Além disso, o monsenhor declarou que os "atos" dos gays são "contrários à lei natural", embora tenha reconhecido que homossexuais devem ser acolhidos com "respeito, compaixão e delicadeza". "Contra eles deve-se evitar qualquer discriminação."