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O abuso não tolhe o uso

Paramentos Litúrgicos

Ainda que demônios em pessoa frequentassem a Missa Tridentina**, um católico romano não amá-la e não defendê-la, quando atacada, é fazer-se diabolicamente um apátrida espiritual, um errante, um pródigo; é não amar a sua própria tradição e – o que é pior – ser conivente com quem demole a casa que abrigou a sua família desde tempos imemoriais.

O católico romano que louva ritos orientais*** e, ao mesmo tempo, é indiferente à avacalhação estética, teológica e litúrgica do seu próprio rito é como quem despreza os pais, o que não se faz sem grave culpa.

O católico romano que não ama a sua magnífica liturgia, a qual foi reabilitada como “rito extraordinário”, para não ferir as revolucionárias susceptibilidades dos que, na prática, a proscreveram, é Esaú no ato de vender a Jacó a sua primogenitura por um mísero prato de comida.

Que futuro pode ter esse católico romano que dá de ombros ao seu passado, senão louvar a grama do vizinho e viver sem identidade própria?

** É óbvio que a Missa Tridentina não nasceu no Concílio de Trento, mas passou a ser assim chamada por referência à sua solene elevação à condição de forma litúrgica perfeita no referido Concílio. É uma analogia!

*** Um católico romano que, neste grave momento, elogia a postura dos orientais está apenas jogando a sua covardia para debaixo do tapete. Como esse pobre-diabo acha que os orientais reagiriam se tocassem na sua liturgia?

(Por Sidnei Silveira)

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