O duro golpe em Francisco com a vitória de Milei
Os esquerdistas vivem de política: só falam em política, só comem política, só bebem política… não há outro horizonte na mente maquiavélica desses que vivem em função de obter o poder a todo o custo! E o Papa Francisco não foge à regra. Como pontífice, Francisco se tem comportado mais como político vestido de branco, assumindo para si e impondo para a Igreja uma agenda política, cheia de temas revolucionários: ecologia e migrantes, feminismo e gaysismo, além, é claro, de suas indiretas contínuas aos inimigos do front oposto e das lacrações teatrais em torno de um genocida, como Fidel Castro, ou de um criminoso, como Lula, ou de um ditador, como Morales. Por isso, podemos imaginar o quanto tenha doído para o papa “do fim do mundo” a vitória de Javier Milei, que não apenas é um candidato de direita e cheio de excentricidades, mas que se manifestou de modo inequívoco contra o Papa Francisco, chamando-o de “representante do Maligno na terra”, declarando nada menos que “o Papa intervém na política, tem grande influência e mostrou que tem uma forte afinidade com ditadores e assassinos, como Castro ou Maduro e, portanto, está ao lado de ditaduras sangrentas” e, sem meias palavras, chamando-o pelo epíteto de “comunista”. Com o total de 76% da população católica, era de se esperar que a avaliação do candidato acerca do pontífice argentino viesse em seu desfavor, inclusive porque os padres das villas argentinas fizeram questão de rezar uma missa pública em desagravo ao Papa, por sua honra ofendida.
Ademais, o próprio Francisco não se esquivou de dar o troco, xingando indiretamente a Milei de “Flautista de Hamelin”: “Tenho muito medo desses flautistas de Hamelin porque são encantadores. Se fossem de serpentes, não me importaria, mas são encantadores de gente e terminam afogando-as. Há gente que acredita que é possível sair de uma crise dançando ao som da flauta, com salvadores que surgiram de um dia para o outro. Não, a crise deve ser assumida e superada, sempre para cima”. As intervenções de Bergoglio, porém, não tiveram minimamente influência sobre o resultado eleitoral. E a vitória acachapante do seu antagonista pode ser interpretada de muitas formas, inclusive desde a perspectiva eclesial. Mais do que uma vitória da direita, o quadro eleitoral comprovou uma derrota da esquerda, dada a mobilização internacional para tentar impedir a eleição de Milei, confrontada altivamente pela população argentina, exausta da miséria e das falcatruas dos políticos da situação, sem esquecer Cristina Kirshner, que mereceu até levar um beijo de Francisco. O quadro mostra uma Argentina hostil a Francisco. A sua recusa repetitiva de ir à sua Pátria, mais do que devida a uma alegada patriofobia, é sinal de que ele é bem consciente que a sua ambiguidade mal disfarçada conseguiu obter a unanimidade da antipatia de todos os lados. Agonizante, a Igreja da Argentina não suporta a vergonha de ter um de seus filhos como o papa que envergonhou não apenas a sua nação, mas também toda a América Latina, pelo seu discurso desgastado, típico das teologias da libertação, que agora pretende configurar toda a Igreja em sua estrutura.
Assim como a influência de Francisco foi nula na Argentina, é nula em todo o orbe católico. Ninguém se importa com o que ele escreve nem com o que ele diz. Na base da Igreja, a vida continua como se ele não existisse, centrada naquilo que importa: os sacramentos, a oração e a pregação da doutrina. Justamente no “dia dos pobres”, Francisco perdeu. Com ele, perde toda a esquerda católica, perdem os teólogos da libertação, perdem os bispos carreiristas, que se descolaram da realidade para poderem impunemente bajular o pontífice argentino. Essa derrota da esquerda católica demonstra eloquentemente que o pontificado de Francisco, dure quanto durar, já acabou. Doravante, ele fala apenas para a sua corte, que diminui a cada dia, deixando-o cada vez mais isolado. O povo católico argentino mandou um recado ao mundo: vamos na contramão de Francisco. Deve ser triste, num crepúsculo de pontificado, ver terminar-se a própria carreira no ostracismo popular… Bento XVI renunciou ao pontificado amado e aplaudido. Bergoglio o deixará não sob vaias, mas sob a completa indiferença de um povo que já está cansado do seu discurso vazio, com odores de naftalina, da naftalina dos anos 70. Deve ser muito triste uma derrota política tão expressiva, ainda mais porque Bergoglio, como todo esquerdista, vive de política e considera-a a coisa mais importante de sua vida.
(Por Fratres in Unum)