Pensando em Igreja, me vem à imagem de Maria, de sua dedicação de seu amor maternal, de sua castidade, sua submissão, sua sabedoria, sua liberdade e sua liderança.
Quando Deus fez Eva, pensou em dar uma companheira ao homem, uma auxiliar, não para ser subjugada por ele, mas para cooperar, pois sua alma é igual a dele. Eva também foi criada a imagem e semelhança de Deus.
Eva foi corrompida; corrompeu Adão. Por Eva o pecado entrou no mundo, por Maria a Salvação. Maria cooperou de todas as formas possíveis para a missão de Jesus, não se sentiu especial por isto, aliás, quanta humildade, e porque foi humilde, é exaltada.
Maria é a mãe da Igreja, e deveria também ser modelo para nós mulheres. O papel das mulheres na Igreja é o de cooperação, de auxílio. Homens e mulheres são diferentes, mas se completam justamente nesta diferença.
Vejo com certa tristeza o discurso de certos movimentos feministas, e existem grupos de feministas dentro da própria Igreja Católica. “Católicas pelo direito de Decidir”! Me desculpem os que têm opinião ao contrário, mas não se tratam de mulheres católicas, tratam-se de mulheres infiltradas no seio da Igreja como objetivo de destruir a fé.
Uma mulher verdadeiramente católica, não apoia o aborto, não apoia esta competição com o homem, respeita seu marido como o cabeça da família, sobre esta última citação, lembro-me de uma vez estar participando de um dos muitos encontros com casais, e compartilhando a opinião sobre determinado trecho da Carta de São Paulo aos Efésios 5, 22-32
“Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor, pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos.
Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável.
Da mesma forma, os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo.
Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja,
pois somos membros do seu corpo. "Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne".
Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja”.
Algumas delas ficaram enfurecidas com o trecho, julgando-o machista, eis que alguém surge com a frase mágica “ ok, o homem é a cabeça e a mulher é o pescoço”. E não é assim mesmo que acontece? Vejamos o exemplo de Maria nas Bodas de Caná , Jo 2, Maria verificou que os noivos não tinham mais vinho, ela foi ao encontro da única pessoa que poderia resolver o problema, seu filho Jesus, que mesmo sabendo que ainda não era a hora de se apresentar, não negou o pedido feito por sua mãe.
Uma mulher sábia, não precisa competir com seu marido para conseguir atingir seus objetivos, não precisa ganhar mais que ele, não precisa trabalhar mais que ele, para mostrar que tem valor, ela só precisa ter sabedoria. Não precisa andar atrás do homem, mas a seu lado, em condições de igualdade, cada um com sua função. Se perderem tempo competindo, a única coisa que vão encontrar é a infelicidade.
Da mesma forma, não deve o homem desprezar uma mulher. Não deve querer subjugá-la, deve antes, amá-la. “ como Cristo amou a Igreja”. É função do homem proteger a mulher, e se preciso dar a vida por ela.
Na Igreja não se deve ter competição de sexo, também não deve haver discriminação, mas algumas coisas devem estar em conformidade com o que pede o Magistério. Não faz sentido pedir a ordenação de mulheres ao sacerdócio, a função da mulher é outra. Temos nossas limitações físicas, temos nossos sentimentos e apegos, temos nossa sensibilidade.
Mas não pensem que as mulheres são seres frágeis, desprovidos de força, pois não são. Temos força para trazer a vida ao mundo, temos força para defender a prole, Maria lutou contra o dragão e o venceu. Ester libertou seu povo do cativeiro. Santa Catarina de Sena convenceu o Papa a voltar para sua sede em Roma, e tantas outras que mostram bravura em defesa da fé Cristã, sem precisar tomar o lugar do homem, antes, orienta-lo.
Vejo algumas jovens de hoje, tão desorientadas, quanto ao futuro, parece que não contaram para elas que existe um Deus que as ama, e têm uma missão para elas. A única coisa que parecem ter escutado é a ditadura do mundo, que a mulher tem que ser bonita, magra, independente e ter muito sucesso econômico, pois só assim serão felizes. Mas é uma felicidade vazia.
Poucas são as jovens que querem se casar, ter filhos, construir uma família, que querem servir à Igreja e a Deus. Deus??? Que Deus??? Não ouviram falar em Deus. Talvez por isso muitas, se apresentam como um pedaço de carne à venda. Pode estar fazendo 10 graus de temperatura que estão de "short" e "top". Não estão preocupadas com a castidade, com a pureza. Casar??? Por qual motivo? Hoje em dia não existe mais este papo de casar; nós ficamos com quem nos agrade e se der certo nós vamos ficando, caso contrário procuramos outro. Ter filhos? De jeito nenhum! O corpo é meu, eu é que decido o que fazer com ele. Se eu não quiser ser mãe, eu aborto. E por aí vai.
A mulher que usa da sabedoria de Deus e os conselhos da Palavra com certeza obterá sucesso em sua vida. Ela não vai acertar sempre, vai cair algumas vezes, mas vai ter força para se levantar e começar de novo. Ela vai conseguir o companheiro certo para acompanhá-la na sua jornada, vai ter os filhos no bom caminho. Vai poder dizer como São Paulo 2Tm 4,7- “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.”
Mônica Romano é catequista em Belo Horizonte, Minas Gerais e colaboradora do Portal Catolicismo Romano.