Ordem católica quer salvar cidade cristã devastada pelo Estado Islâmico
Os Cavaleiros de Colombo, uma das maiores ordens de cavalaria católicas do mundo, doará US$ 2 milhões para recuperar Karemlash, cidade de maioria cristã situada no norte do Iraque e libertada das mãos do Estado Islâmico (EI) no fim de 2016.
O dinheiro será usado para obras de reestruturação e para permitir o retorno de centenas de famílias que fugiram das perseguições do EI contra minorias religiosas. A iniciativa é uma parceria com a Arquidiocese de Irbil, cidade curda que abriga a maior parte dos deslocados internos cristãos no Iraque.
“Os terroristas profanaram as igrejas e os túmulos e saquearam e destruíram as casas”, afirmou o cavaleiro supremo Carl Anderson, segundo o jornal italiano “La Stampa”, durante a 135ª convenção anual da ordem, cuja sede fica em Connecticut, nos Estados Unidos.
“Agora garantiremos que centenas de famílias cristãs expulsas de suas casas voltem e asseguraremos um futuro multiétnico para o Iraque”, acrescentou. A ação é semelhante a outra feita recentemente pelo governo da Hungria, que doou US$ 2 milhões para restaurar a cidade cristã de Teleskov, também no Iraque, permitindo o retorno de 1 mil famílias.
Os Cavaleiros de Colombo estão solicitando a paróquias e indivíduos doações de US$ 2 mil, o custo aproximado para reassentar um núcleo familiar. Desse modo, serão necessárias 1 mil doações para se chegar ao objetivo de US$ 2 milhões.
Desde 2013, o fundo criado pela ordem para apoiar refugiados cristãos já colaborou com mais de US$ 13 milhões, principalmente no Iraque e na Síria. Suas denúncias também foram cruciais para que, em 2016, o então secretário de Estado dos EUA, John Kerry, falasse em “genocídio” contra minorias religiosas no Oriente Médio.
Com cerca de 1,9 milhão de membros, a entidade foi fundada em 1882 e seu nome homenageia o navegador genovês Cristóvão Colombo