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Papa Bento XVI diz que diplomacia é base para uma “coexistência pacífiica”

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O papa Bento XVI afirmou que a diplomacia representa uma das bases de uma "coexistência pacífica" ao receber em audiência a comunidade da Pontifícia Academia Eclesiástica, a escola diplomática do Vaticano. 

"A verdadeira habilidade do diplomata", observou, não está "como tal erroneamente se crê, na astúcia ou naquelas atitudes que representam antes de tudo as degenerações da prática diplomática", mas na "lealdade, coerência e profunda humanidade" do diplomata, afirmou o Papa. 

O Pontífice recomendou que, "no exercício de um ministério tão delicado, o cuidado pela própria vida espiritual, a prática das virtudes humanas e a formação de uma cultura sólida caminham juntos e se sustentam reciprocamente". 

Para o Santo Padre, tais atributos "permitem manter um profundo equilíbrio interior, em um trabalho que exige, entre outros, a capacidade de abertura ao outro, equanimidade de julgamento, distância crítica das opiniões pessoais, sacrifício, paciência, constância e às vezes também firmeza no diálogo com todos". 

Ele destacou que "o respeito pelo enviado [embaixador] constitui uma das formas mais altas de reconhecimento, por parte de uma autoridade soberana, do direito a existir, em um plano de igual dignidade, de outros sujeitos além de si". "Acolher, portanto, um convidado com interlocutor, receber-lhe a palavra, significa colocar as bases da possibilidade de uma coexistência pacífica", concluiu. 

Joseph Ratzinger recordou em seu discurso a "longuíssima tradição" da diplomacia vaticana e sua contribuição "a plasmar, na era moderna, a fisionomia mesma das razões diplomáticas entre os Estados", e versou sobre o papel das representações da Igreja Católica. 

Um diplomata da Santa Sé, "em primeiro lugar, é um sacerdote, um bispo, um homem que já escolheu viver a serviço de uma Palavra que não é a sua", disse o líder máximo da Igreja Católica. E, por ser "um servidor da Palavra de Deus" tem a "missão específica de se fazer portador da palavra do Papa, do horizonte do seu ministério universal e da sua caridade pastoral, em relação às Igrejas particulares e às instituições nas quais é legitimamente exercitada a soberania no âmbito estatal ou das organizações internacionais", afirmou. 

O discurso de Bento XVI foi ouvido por cerca de 40 alunos da Pontifícia Academia Eclesiástica na sala do Consistório. Momentos antes, o Papa havia recebido representantes da Conferência Episcopal da Índia e o embaixador da Costa do Marfim.

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