Papa Bento XVI elogia papel das mulheres na Igreja
O papa Bento XVI elogiou recentemente na audiência geral no Vaticano o trabalho que as mulheres tiveram durante a história da Igreja Católica em seu trabalho com os "mais frágeis, pobres e necessitados".
Elas "deram uma contribuição fundamental para a vida da Igreja Católica e da sociedade com seu especial trabalho reforçado pela sua atenção especial para aqueles mais frágeis, pobres e necessitados", apontou o Pontífice.
Joseph Ratzinger também convidou hoje os fiéis a "orarem com os mortos" para completar a própria purificação e para que "assim possam alcançar a comunicação com Deus".
Em seu discurso para cerca de 9.000 peregrinos na sala Paulo VI, o Santo Padre tratou sobre o purgatório, sobre o qual não apresentou explicitamente sua concepção, mas relatou que "místicos fizeram uma experiência dos mistérios divinos em cujo amor e consciência se compenetraram" e isso "ajudou os mesmos teólogos a entender realmente os mistérios da fé, por exemplo para entender o que é o purgatório".
O líder máximo da Igreja Católica questionou se o purgatório é um lugar físico ou um local interior, e afirmou que conhece-lo pode ser uma "experiência de intimidade com Deus na oração que passamos a conhecer e transforma nossos corações em amor".
Ele dedicou a ocasião à Santa Catarina de Gênova, que viveu entre 1477 e 1510 e foi considerada uma das maiores místicas, canonizada em 1943 como a padroeira dos hospitais italianos.
Sua vida, segundo Bento XVI, "fala da jornada de purificação da alma a Deus partindo de sua experiência de profunda dor pelos pecados cometidos", quando foi forçada a abandonar o confessionário, oprimida pela "visão" de seus próprios pecados.
Foi uma experiência "de um fogo em chamas, o fogo que purifica", continuou o Papa. Na visão do purgatório que Santa Catarina de Gênova teve, "não se pode descrever os tormentos e pode descrever uma via de purificação, mas se parte da experiência do próprio pecado".
