Papa Francisco apoia caminhada contra eutanásia em Lisboa, em Portugal
O Papa Francisco exortou, este sábado, a organização e os participantes na 6.ª Caminhada pela Vida em Portugal, nesta edição contra a eutanásia, a "um renovado empenho na promoção dos verdadeiros valores humanos, morais e espirituais".
Numa mensagem enviada a propósito da marcha, que terminou junto da Assembleia da República com o lançamento de uma petição intitulada "Toda a vida tem dignidade", Francisco salienta a importância de "inspirar indivíduos, famílias e a sociedade portuguesa na busca do bem-comum enraizado na concórdia, na justiça e no respeito pelos direitos da pessoa humana, desde a conceção à sua morte natural".
Segundo a agência católica Ecclesia, a mensagem foi remetida pelo "número dois" da Secretaria de Estado do Vaticano, Angelo Becciu,e o papa considera estar em causa "testemunhar a alegria do dom da vida e a beleza da família".
Esta célula base está hoje ameaçada por uma realidade social "onde a organização da vida encalha cada vez mais numa burocracia totalmente alheia aos vínculos humanos fundamentais", escreveu Francisco na recente exortação apostólica, "A alegria do Amor", dedicada à família.
Organizadora da iniciativa, a Federação Portuguesa pela Vida espera que a caminhada se afirme como "um gesto claro de testemunho público de defesa da Vida em todos os estados do seu desenvolvimento".
Na petição, os promotores querem que a Assembleia da República "rejeite toda e qualquer proposta que vá no sentido de conferir ao Estado o direito a dispor ou apoiar a eliminação de Vidas Humanas, ainda que com o alegado consentimento da pessoa".
O documento considera que "a eutanásia é sempre um homicídio apoiado pelo Estado (pretensamente através de algum profissional de saúde) ou um suicídio assistido pelo Estado, e que a este não cabe criar o direito de alguém ser morto por outrem, nem validar esta opção como legítima perante o coletivo".