Discussão

Papa Francisco, as uniões homossexuais e a deturpação da imprensa nas declarações do Sumo Pontífice

Paramentos Litúrgicos

Leiam atentamente a notícia abaixo (destaques nossos). No final, a Sala de Imprensa da Santa Sé diz explicitamente que o Papa Francisco não quis abordar o tema das uniões sexuais e deu a entender que este será um tema reservado às Conferências Episcopais. Deus tenha misericórdia da Igreja! Nunca é demais recordar que a Congregação para a Doutrina da Fé já se manifestou claramente, há pouco mais de dez anos, sobre os "projetos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais".

Por ACI | Tradução: Fratres in Unum – O Pe. Thomas Rosica, da Sala de Imprensa da Santa Sé, explicou que o Papa Francisco não apoia as uniões homossexuais, como informaram certos meios, que distorceram suas declarações em alusão à uniões civis na entrevista que concedeu aos jornais La Nación (Argentina) e Corriere della Sera (Italia).

O sacerdote disse que “alguns jornalistas interpretaram as palavras do Papa para refletir uma abertura por parte da Igreja às uniões civis. Outros interpretaram suas palavras como se estivesse falando do assunto das uniões do mesmo sexo”.

No diálogo reproduzido nestes jornais, o entrevistador fez ao Papa esta pergunta: “Muitos países regulamentaram a união civil. É um caminho que a Igreja pode compreender, mas até que ponto?”

A resposta do Papa foi: “O matrimônio é entre um homem e uma mulher. Os Estados leigos querem justificar a união civil para regular diversas situações de convivência, impulsionados pela necessidade de regular aspectos econômicos entre as pessoas, como, por exemplo, a previdência social. É preciso ver cada caso e avaliá-los em sua diversidade”.

Segundo Pe. Rosica explicou, “em sua resposta ao entrevistados, (o Papa Francisco) enfatizou a característica natural do matrimônio entre um homem e uma mulher, e, por outro lado, falou também sobre a obrigação de o Estado cumprir suas responsabilidades para com os cidadãos”.

A pergunta original não menciona o caso das uniões homossexuais. Pe. Rosica precisou que a “‘união civil’, na Itália, refere-se à quem está casado pela lei, fora de um contexto religioso”. Na Itália e em vários países do mundo, o matrimônio religioso constitui um enlace distinto ao que tramita no registro civil.

Quanto às perguntas sobre se estas palavras se referiam às uniões homossexuais, o sacerdote disse que “o Papa optou por não entrar em debates sobre o delicado assunto das uniões gays civis”.

Com esta resposta, acrescentou, o Santo Padre “falou em termos muito genéricos, e não se referiu especificamente ao ‘matrimônio’ de pessoas do mesmo sexo como uma união civil”.

“O Papa Francisco simplesmente referiu-se ao tema, não opinou contra as posições das conferências episcopais em vários países, onde o assunto das uniões civis e do matrimônio entre pessoas do mesmo sexo deve ser enfrentado”.

Para concluir, Pe. Rosica disse que “não devemos tentar ler mais nas palavras do Papa do que aquilo que ele disse em termos muito genéricos”. (Fratres in Unum)

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