Últimas Notícias

Papa Francisco convida a “aprender’ com as “discípulas mulheres” de Jesus

Paramentos Litúrgicos

O Papa celebrou a Vigília Pascal neste sábado (4) à noite na Basílica de São Pedro, convidando os católicos a aprender com as "discípulas" de Jesus o conhecimento do mistério da fé.

"Faz bem, nesta vigília noturna, ter tempo para refletir sobre a experiência das mulheres discípulas de Jesus", disse ele, ressaltando que elas foram as primeiras a visitar o sepulcro de Jesus e encontrá-lo vazio, enquanto que os homens permaneceram no Cenáculo.

"As mulheres discípulas de Jesus nos ensinam o mistério da ressurreição de Cristo", frisou. Esta menção em italiano das "discepole" é incomum, como se o Papa quisesse enfatizar o papel das mulheres em uma Igreja dominada por homens.

A celebração da Vigília Pascal, que lembra a ressurreição de Jesus, é o ponto mais alto do ano cristão para os 1,2 bilhão de católicos.

 

Para essa cerimônia muito solene e transmitida ao vivo para todo o mundo, o Papa entrou segurando uma vela na basílica após a bênção do fogo na praça. A grande nave imersa na escuridão foi acesa para significar a ressurreição de Cristo.

Francisco administrou, como é habitual, os sacramentos do batismo e confirmação para dez catecúmenos de idades e nacionalidades diversas.

Uma queniana de 66 anos, um cambojano de treze anos, quatro italianos, três albaneses e um português foram escolhidos para receber a água do batismo das mãos de Francisco.

O Papa, em uma homilia sem referências às crises ao redor do mundo, explicou ainda que o mistério da Páscoa "não é um fato intelectual", mas acessível através de uma atitude de humildade: "Para entrar neste mistério, é preciso humildade para descer do pedestal do nosso ego tão orgulhoso, de nossa presunção; ter a humildade de redimensionar, reconhecendo que somos na verdade criaturas, com qualidades e defeitos, pecadores que precisam de perdão".

Compreender o mistério da Páscoa, acrescentou, também demanda "não ter medo da realidade: não se fechar sobre nós mesmos, para não fugir daquilo que nós não entendemos, não fechar os olhos para os problemas, não negá-los, não eliminar os pontos de interrogação".

É preciso procurar sempre "um sentido imprevisível, uma resposta não trivial às perguntas" que questionam "a nossa fé, a nossa lealdade e nossa razão", recomendou o pontífice.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo