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Papa Francisco critica corrupção e armas de destruição em massa

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Em mensagem para o Dia Mundial da Paz, celebrado todo 1º de Janeiro, o papa Francisco voltou a destacar a necessidade de "políticos eficazes" e de "medidas para o desarmamento nuclear e químico". "Diante de uma grande quantidade de armas em circulação, haverá sempre pretextos para iniciar hostilidades", escreveu o Papa na mensagem divulgada hoje (12) pela Santa Sé e que leva como título "Fraternidade, fundamento e via para a paz".

"Faço um apelo a favor da não proliferação de armas e do desarmamento, da parte de todos, começando pelo nuclear e químico. Renunciarem às armas e vão ao encontro do diálogo, do perdão e da reconciliação", pediu Francisco, que foi eleito ontem pela revista norte-americana Time como "Pessoa do Ano". Voltando a criticar a corrupção política e as organizações criminosas, dois temas que têm sido constantes em seus discursos, o Papa afirmou que é função dos políticos "assegurar o acesso aos capitais, aos serviços, aos recursos educativos, sanitários e tecnológicos". "Se de um lado há a redução da pobreza absoluta, do outro lado não podemos deixar de perceber um aumento da pobreza relativa, ou seja, da desigualdade entre as pessoas e grupos que vivem em uma determinada região", observou Francisco. "Desse modo, são necessárias políticas eficazes que promovam o princípio da fraternidade", completou.

De acordo com Francisco, a crise econômica mundial leva à "busca" por novos modelos de desenvolvimento e "mudanças nos estilos de vida", de modo que cada vez mais seja necessária uma vida sóbria e sem luxos. "A crise atual pode ser uma ocasião propícia para a recuperação da virtude da prudência e da justiça", comentou o Papa. Ele também disse que a máfia e a corrupção, "hoje capilarmente difundidas na sociedade", "ofendem gravemente a Deus, prejudicaram os irmãos e danificam a criação, ainda mais quando possuem conotações religiosas".

"A política deve agir de modo transparente e responsável" para "favorecer a fraternidade e gerar a paz, criando um equilíbrio entre liberdade e justiça, responsabilidade pessoal e solidariedade, bem individual e bem comum", recomendou o Pontífice. "Os cidadãos devem se sentir representados pelos poderes públicos". Desde quando assumiu a liderança da Igreja Católica, em março, após a renúncia de Bento XVI, o Papa tem feito apelos por um mundo e uma Igreja mais simples e fraternos.

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