Papa Francisco diz que a misericórdia é saber rezar uns pelos outros
O Papa Francisco falou sobre duas obras: uma espiritual de “rezar pelos vivos e pelos mortos”, e outra corporal, enterrar os mortos.
À primeira vista, afirmou Francisco, enterrar os mortos pode parecer estranho, mas se pensarmos em tantas regiões atribuladas pelo flagelo da guerra, enterrar os mortos se torna tristemente uma obra muito atual. Às vezes, significa colocar em risco a própria vida, como foi o caso do velho Tobi, no Antigo Testamento; outras vezes, exige uma grande coragem, como no caso de José de Arimatéia, que providenciou um sepulcro para Jesus, após a sua morte na Cruz.
“Para os cristãos, a sepultura é um ato de piedade, mas também de fé e esperança na ressurreição dos mortos”, explicou Francisco. Por isso, somos chamados também a rezar pelos defuntos, primeiramente porque reconhecemos o bem que essas pessoas nos fizeram em vida e, depois, para encomendá-las à misericórdia de Deus. “Todos ressuscitaremos e todos permaneceremos para sempre com Jesus”, recordou o Papa, que recomendou que não se esqueça de rezar pelos vivos.
Trata-se de uma manifestação de fé na Comunhão dos Santos, que nos ensina que os batizados, encontrando-se unidos em Cristo e sob a ação do Espírito Santo, podem interceder uns pelos outros.