Papa Francisco diz que há mais mártires que nos primeiros séculos da Igreja
O Papa Francisco declarou que há mais mártires cristãos hoje do que nos primeiros séculos da Igreja, dizendo que eles são vítimas de calúnia, "obra de Satanás".
Em sua missa diária na capela de Santa Marta, no Vaticano, o papa deu ênfase aos mártires cristãos que havia mencionado um dia antes no Angelus para 80 mil fiéis reunidos na Praça de São Pedro.
"O tempo dos mártires não está terminado. Podemos mesmo dizer que a Igreja tem mais mártires do em seus primeiros séculos (de existência). A Igreja tem muitos homens e mulheres que estão sendo caluniados, perseguidos, que foram massacrados pelo ódio a Jesus: um foi assassinado porque ensinava catecismo, outro porque carregava a cruz. Em muitos países, são difamados, perseguidos. São nossos irmãos e irmãs que sofrem neste tempo dos mártires", insistiu.
Falando aos empregados do serviço de telefonia do Vaticano, o papa condenou tais "calúnias, obra de Satanás", que os cristãos sofreram.
"Somos todos pecadores. Mas a calúnia é outra coisa! A calúnia quer destruir a obra de Deus nas pessoas! A calúnia nasce de uma coisa muito ruim! Ele usa mentiras para ir para frente! Não duvide! A calúnia é pior do que um pecado, é uma expressão direta de Satanás!"
Francisco pediu à Virgem Maria para "proteger os cristãos neste tempo de crise espiritual".
De acordo com vários estudos publicados nos últimos meses, os cristãos de todas as denominações em todo o mundo são os fiéis mais perseguidos. Esta situação é especialmente verdadeira no mundo muçulmano devido a ascensão do fundamentalismo islâmico.
Mas outros tipos de discriminação e violência existem, por exemplo, por parte de extremistas hindus contra a minoria cristã na Índia.