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Papa Francisco elogia acordo na COP21, mas pede “dedicação”

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Em seu Angelus deste domingo (13), o papa Francisco chamou de "histórico" o acordo aprovado na 21ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP21), mas lembrou que sua implantação exigirá "compromisso e dedicação".

 

Desde que iniciou seu Pontificado, em março de 2013, Jorge Bergoglio colocou a preocupação ambiental como um dos pilares de sua agenda política, chegando até a dedicar uma encíclica ao tema, a "Louvado Seja".

 

"A Conferência sobre o Clima acaba de terminar em Paris, com a adoção de um acordo definido por muitos como histórico. A sua implantação exigirá um compromisso unânime e uma generosa dedicação da parte de cada um", declarou.

 

Francisco também desejou que seja garantida uma "particular atenção" às populações mais vulneráveis e exortou toda a comunidade internacional a prosseguir pelo caminho da solidariedade.

 

No último domingo, também no Angelus, o Papa havia feito um apelo para que os participantes da COP21 realizassem todos os esforços para "atenuar os impactos das mudanças climáticas", mas sem deixar de "lutar contra a pobreza e fazer florescer a dignidade humana".

 

O pacto

 

O acordo de Paris assume o compromisso de "manter o aumento médio da temperatura global bem abaixo dos 2ºC em relação aos níveis pré-industriais e realizar esforços para limitar o crescimento a 1,5ºC, reconhecendo que isso reduziria significativamente os riscos e os impactos das mudanças climáticas".

 

Além disso, estabelece que as partes tenham como objetivo alcançar o pico das emissões de gases causadores do efeito estufa "o mais rápido possível", prosseguindo com uma "rápida redução" após esse momento para se chegar a um "equilíbrio" na segunda metade deste século. No entanto, o texto não fala explicitamente em "neutralidade carbônica" e nem contém datas ou cifras definidas.

 

De acordo com o documento, os países ricos deverão fornecer recursos para financiar o combate às mudanças climáticas nas nações em desenvolvimento. Estão previstos pelo menos US$ 100 bilhões por ano até 2020, número que será revisado em 2025. O pacto também será "juridicamente vinculante", ou seja, terá força de lei nos Estados signatários.

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