Papa Francisco elogia Roma e incentiva acolhimento de “fracos” no Jubileu de 2025
O Papa Francisco visitou o Palazzo del Campidoglio, sede da Prefeitura de Roma, e de um de seus miradores contemplou as ruínas históricas dos Fóruns Romanos ao lado do prefeito da capital da Itália, Roberto Gualtieri.
Durante a visita, o Pontífice celebrou a história milenar da “cidade eterna” e elogiou o seu “rosto acolhedor” junto dos turistas, peregrinos e migrantes antes do Jubileu de 2025.
Segundo ele, Roma deve trabalhar em prol dos “últimos”, os membros mais esquecidos e marginalizados de sua comunidade.
“O espírito universal de Roma deve estar a serviço da caridade, do acolhimento e da hospitalidade. Que os peregrinos, os turistas, os migrantes, os que se encontram em dificuldades, os mais pobres, os solitários, os doentes, os presos, os excluídos sejam as testemunhas mais verdadeiras deste espírito”, afirmou.
Francisco disse esperar que “Roma continue a mostrar a sua verdadeira face, uma face acolhedora, hospitaleira, rosto generoso e nobre”.
“É um evento de natureza religiosa, uma peregrinação orante e penitente para obter da misericórdia divina uma reconciliação mais completa com o Senhor. Mas isso não pode deixar de envolver a cidade na atenção e nas obras necessárias para acolher os numerosos peregrinos que a visitarão”, declarou o religioso perante os funcionários municipais e o prefeito.
Jorge Bergoglio garantiu que o Ano Santo, para o qual grande parte da cidade está em construção e quando se espera a chegada de cerca de 30 milhões de fiéis, “também poderá ter um efeito positivo na face da cidade, melhorando a sua aparência. E tornando seus serviços públicos mais eficientes”.
O líder da Igreja Católica foi o protagonista de uma longa visita ao Campidoglio, a segunda depois da realizada em 26 de março de 2019.
Ele chegou de carro por volta das 8h30 (horário local) e foi recebido pelo toque da trombeta. Depois entrou no “Tabularium”, o antigo edifício onde se encontra a atual Câmara Municipal, e parou junto com Gualtieri no primeiro arco.
A visita começou com um encontro privado com o prefeito, que no final apresentou ao argentino seus familiares e membros da secretaria. A reunião pública posteriormente ocorreu na Sala Giulio Cesare.
“A Roma Antiga, pelo seu desenvolvimento jurídico, pela sua capacidade organizativa e pela construção ao longo dos séculos de instituições sólidas e duradouras, tornou-se um farol para muitos povos que procuram estabilidade e segurança”, elogiou o Santo Padre, destacando a “vocação universal” da cidade que foi fundada há quase três milênios.
Por fim, lembrou que ao longo do tempo Roma deixou de ser a “cidade dos Césares”, do império em torno do Mediterrâneo, para ser a cidade “dos papas” após a sua cristianização.
“Tanto é assim que aquele império cresceu com a evangelização de grande parte do mundo: A missão da Igreja não tem fronteiras nesta terra, porque deve fazer com que todos os povos conheçam Cristo, a sua ação e as suas palavras de salvação”, concluiu.