Papa Francisco escreve para o presidente da China e o convida a visitar o Vaticano
O papa Francisco enviou uma carta pessoal ao presidente da China, Xi Jinping, através de dois emissários argentinos: Ricardo Romano, expoente do peronismo, e José Luján, representante da Academia Chinesa das Ciências junto ao Mercosul. As informações são do site argentino Infobae.
Segundo o site, a iniciativa seria resultado de um longo encontro realizado em 3 de setembro, na Casa Santa Marta, do qual participaram o papa, os emissários, o cardeal secretário de Estado do Vaticano, dom Pietro Parolin, e o secretário vaticano para as Relações com os Estados, dom Dominique Mamberti.
Durante as conversações dedicadas à paz e à justiça no mundo, o papa teria dito: "Eu sou um clínico. Eu disse que desejo ir à China, mas, nos temas da Ásia, o cirurgião é o cardeal Parolin".
A carta assinada pessoalmente pelo pontífice convida de modo formal o presidente Xi Jinping a visitar o Vaticano a fim de dialogar sobre a paz no mundo. Segundo as declarações de Romano, destacou-se no intercâmbio de opiniões em Santa Marta a necessidade de estabelecer vínculos com Pequim "para contribuir na tomada de decisões de caráter multipolar a fim de se garantir um grau maior de governabilidade a serviço de uma sociedade mundial mais fraterna e com mais equidade social".
Em Pequim, três dias depois, o governo chinês designou um diplomata com longa experiência latino-americana, organizador das viagens do presidente Xi Jinping pela América e homem de sua total confiança, para receber "um documento oficial vaticano, selado e lacrado", das mãos de José Luján e Ricardo Romano.